Líbia a ferro e fogo é a nação que se segue na revolta árabe

10-10-2014
marcar artigo

Líbia a ferro e fogo é a nação que se segue na revolta árabe

António Sarmento

22 Fev 2011

Na Líbia, as forças leais a Kadhafi defendem a todo o custo a capital Tripoli. No Bahrain há hoje mais uma manifestação e na Argélia e Marrocos a situação continua tensa.

O mundo árabe é uma espécie de cocktail explosivo e a receita para a bomba parece fácil: mensagens através do Facebook, Twitter e SMS. E, quando o cocktail rebenta no meio da cidade, os presidentes começam a tremer. Foi assim na Praça Tahir, no Egipto, na Praça do Palácio, na Tunísia e na Praça Pérola, no Bahrain. Agora, os líbios querem o mesmo. Ontem, várias cidades deste país, como Benghazi e Syrte caíram nas mãos dos manifestantes, aproveitando a deserção de muitos membros do exército.

De acordo com várias ONG, os confrontos entre a população e as forças de segurança, entretanto enviadas, já provocaram entre 300 a 400 mortos. Uns atacam com paus e pedras, enquanto os outros optam pela lei da bala. Tripoli ainda consegue ser um bastião da resistência pró-Kadhafi. Um grupo de manifestantes tentou dirigir-se para a Praça Verde, no centro de Tripoli, mas os militares conseguiram afastá-los do objectivo ao atingi-los com gás lacrimogéneo. Só que ninguém sabe por quanto tempo é que será possível manter o bastião da cidade inviolável.

Ontem, a situação na capital era de máxima tensão. De acordo com as agências noticiosas encontravam-se vários cadáveres espalhados pelas ruas da cidade e ouviam-se tiros em muitos bairros da capital - o canal Al Jazeera noticiou ainda que um avião militar sobrevoou a capital líbia e disparou contra os manifestantes. O Governo português enviou um avião C130 para retirar os portugueses que vivem neste país do Norte de África.

O rastilho de pólvora, que começou na Tunísia e rapidamente alastrou ao Egipto, continua a fazer vítimas. Em Marrocos, por exemplo, foram encontrados cinco mortos nos escombros de um edifício bancário em al-Hoceima, uma das cidades marroquinas onde se exigem reformas e limites ao poder do rei Mohammed VI.

Líbia a ferro e fogo é a nação que se segue na revolta árabe

António Sarmento

22 Fev 2011

Na Líbia, as forças leais a Kadhafi defendem a todo o custo a capital Tripoli. No Bahrain há hoje mais uma manifestação e na Argélia e Marrocos a situação continua tensa.

O mundo árabe é uma espécie de cocktail explosivo e a receita para a bomba parece fácil: mensagens através do Facebook, Twitter e SMS. E, quando o cocktail rebenta no meio da cidade, os presidentes começam a tremer. Foi assim na Praça Tahir, no Egipto, na Praça do Palácio, na Tunísia e na Praça Pérola, no Bahrain. Agora, os líbios querem o mesmo. Ontem, várias cidades deste país, como Benghazi e Syrte caíram nas mãos dos manifestantes, aproveitando a deserção de muitos membros do exército.

De acordo com várias ONG, os confrontos entre a população e as forças de segurança, entretanto enviadas, já provocaram entre 300 a 400 mortos. Uns atacam com paus e pedras, enquanto os outros optam pela lei da bala. Tripoli ainda consegue ser um bastião da resistência pró-Kadhafi. Um grupo de manifestantes tentou dirigir-se para a Praça Verde, no centro de Tripoli, mas os militares conseguiram afastá-los do objectivo ao atingi-los com gás lacrimogéneo. Só que ninguém sabe por quanto tempo é que será possível manter o bastião da cidade inviolável.

Ontem, a situação na capital era de máxima tensão. De acordo com as agências noticiosas encontravam-se vários cadáveres espalhados pelas ruas da cidade e ouviam-se tiros em muitos bairros da capital - o canal Al Jazeera noticiou ainda que um avião militar sobrevoou a capital líbia e disparou contra os manifestantes. O Governo português enviou um avião C130 para retirar os portugueses que vivem neste país do Norte de África.

O rastilho de pólvora, que começou na Tunísia e rapidamente alastrou ao Egipto, continua a fazer vítimas. Em Marrocos, por exemplo, foram encontrados cinco mortos nos escombros de um edifício bancário em al-Hoceima, uma das cidades marroquinas onde se exigem reformas e limites ao poder do rei Mohammed VI.

marcar artigo