‘Short sellers’ ganham milhões com a queda da bolsa

10-10-2014
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‘Short sellers’ ganham milhões com a queda da bolsa

Rui Barroso

17 Ago 2011

As acções do BCP têm sido das mais castigadas na bolsa nacional pela prática do ‘short selling’ ou venda a descoberto.

O PSI 20 tem sido um paraíso para os ‘short sellers'. A descida das cotações permitiu aos investidores que utilizam e lucram com estratégias que apostam na queda das cotações realizarem mais-valias potenciais de 60 milhões de euros desde o início do ano, segundo estimativas do Diário Económico baseadas nos comunicados enviados à CMVM. E não foi difícil para os ‘short sellers' fazerem dinheiro, já que, em 2011, apenas uma cotada do PSI 20, a Jerónimo Martins, consegue evitar as desvalorizações.

O regulador exige que, quando os interesses a descoberto ultrapassassem o equivalente a 0,5% do capital de uma cotada, tal tenha de ser comunicado ao mercado. Além disso, a CMVM exige a comunicação quando o aumento ou diminuição dessas posições ultrapassem limiares de 0,1%. As estimativas do Diário Económico têm como base esses comunicados, mas podem não reflectir a real dimensão do ‘short selling' na bolsa nacional, já que existem negócios que não atingem os limiares definidos pela CMVM para comunicar ao mercado.

A cotada onde os ‘short sellers' estão mais activos é o BCP, o título com maior liquidez do PSI 20. O banco já teve interesses a descoberto relevantes de seis entidades este ano. No total, os seis fundos que apostaram na queda dos títulos do banco, que desvalorizam 50,75% em 2011 e passaram por um aumento de capital, têm nesta altura mais-valias potenciais de 51,8 milhões de euros. Contactado, o BCP optou por não fazer comentários sobre o impacto das actividades dos ‘short sellers' no desempenho do banco.

Além do BCP, os outros títulos da bolsa nacional que têm ou já tiveram em 2011 interesses a descoberto relevantes são a EDP Renováveis, a Portugal Telecom, o BPI e a Altri. No entanto, estes títulos deram menos dinheiro a ganhar aos ‘shorts'.

‘Short sellers’ ganham milhões com a queda da bolsa

Rui Barroso

17 Ago 2011

As acções do BCP têm sido das mais castigadas na bolsa nacional pela prática do ‘short selling’ ou venda a descoberto.

O PSI 20 tem sido um paraíso para os ‘short sellers'. A descida das cotações permitiu aos investidores que utilizam e lucram com estratégias que apostam na queda das cotações realizarem mais-valias potenciais de 60 milhões de euros desde o início do ano, segundo estimativas do Diário Económico baseadas nos comunicados enviados à CMVM. E não foi difícil para os ‘short sellers' fazerem dinheiro, já que, em 2011, apenas uma cotada do PSI 20, a Jerónimo Martins, consegue evitar as desvalorizações.

O regulador exige que, quando os interesses a descoberto ultrapassassem o equivalente a 0,5% do capital de uma cotada, tal tenha de ser comunicado ao mercado. Além disso, a CMVM exige a comunicação quando o aumento ou diminuição dessas posições ultrapassem limiares de 0,1%. As estimativas do Diário Económico têm como base esses comunicados, mas podem não reflectir a real dimensão do ‘short selling' na bolsa nacional, já que existem negócios que não atingem os limiares definidos pela CMVM para comunicar ao mercado.

A cotada onde os ‘short sellers' estão mais activos é o BCP, o título com maior liquidez do PSI 20. O banco já teve interesses a descoberto relevantes de seis entidades este ano. No total, os seis fundos que apostaram na queda dos títulos do banco, que desvalorizam 50,75% em 2011 e passaram por um aumento de capital, têm nesta altura mais-valias potenciais de 51,8 milhões de euros. Contactado, o BCP optou por não fazer comentários sobre o impacto das actividades dos ‘short sellers' no desempenho do banco.

Além do BCP, os outros títulos da bolsa nacional que têm ou já tiveram em 2011 interesses a descoberto relevantes são a EDP Renováveis, a Portugal Telecom, o BPI e a Altri. No entanto, estes títulos deram menos dinheiro a ganhar aos ‘shorts'.

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