É injusto reter subsídios só na Função Pública, diz Cavaco

10-10-2014
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É injusto reter subsídios só na Função Pública, diz Cavaco

Rita Paz

19 Out 2011

O Presidente da República diz que a medida, ao não afectar o sector privado, viola “um princípio básico de equidade fiscal".

O Presidente da República teme que os sacrifícios pedidos aos pensionistas já ultrapassem o razoável. "Receio que possamos estar no limite dos sacrifícios. Receio que para os pensionistas, por exemplo, já possamos ter ultrapassado o limite", sublinhou Cavaco à margem do Congresso da Ordem dos Economistas.

O chefe de Estado volta assim a frisar que "há limites para os sacrifícios", lembrando que mudou o Governo mas "não mudei de opinião. Já o disse anteriormente e posso dizê-lo outra vez: é a violação de um princípio básico de equidade fiscal", afirmou o Presidente da República, referindo-se à retenção, até 2013, dos subsídios de Natal e de férias de funcionários públicos e pensionistas.

Na abertura do IV Congresso Nacional dos Economistas, Cavaco defendeu ainda que "ninguém pode hipotecar as gerações futuras" e que "a forma como cada um assumir as suas responsabilidades será determinante para o futuro de todos", reconhecendo que subsistem "naturalmente dúvidas" sobre o resultado dos sacrifícios que estão a ser exigidos.

"Subsistem naturalmente dúvidas sobre o resultado do caminho que percorremos actualmente, até porque o sucesso, em boa parte, não depende só de nós. Depende da conjuntura internacional e da capacidade que a União Europeia demonstrar para resolver a crise financeira da zona Euro", salientou o chefe de Estado. Por outro lado, acrescentou, "importa evitar que se instale a ideia de que não se faz tudo o que podia ser feito para dinamizar a economia e combater o desemprego".

A garantia da sustentabilidade financeira do país, assume, passa por "uma reforma profunda do Estado", condição "essencial para que Portugal mantenha um quadro favorável" no panorama internacional.

"Essa reforma exigirá um novo consenso político na sociedade portuguesa, transcendendo a responsabilidade do Governo actual e obrigando a um compromisso de todos, incluindo os partidos da oposição, os representantes do poder regional e local, os órgãos superiores da administração pública e os principais agentes do mundo laboral e dos sectores da Saúde, da Educação e da Justiça", explicou.

É injusto reter subsídios só na Função Pública, diz Cavaco

Rita Paz

19 Out 2011

O Presidente da República diz que a medida, ao não afectar o sector privado, viola “um princípio básico de equidade fiscal".

O Presidente da República teme que os sacrifícios pedidos aos pensionistas já ultrapassem o razoável. "Receio que possamos estar no limite dos sacrifícios. Receio que para os pensionistas, por exemplo, já possamos ter ultrapassado o limite", sublinhou Cavaco à margem do Congresso da Ordem dos Economistas.

O chefe de Estado volta assim a frisar que "há limites para os sacrifícios", lembrando que mudou o Governo mas "não mudei de opinião. Já o disse anteriormente e posso dizê-lo outra vez: é a violação de um princípio básico de equidade fiscal", afirmou o Presidente da República, referindo-se à retenção, até 2013, dos subsídios de Natal e de férias de funcionários públicos e pensionistas.

Na abertura do IV Congresso Nacional dos Economistas, Cavaco defendeu ainda que "ninguém pode hipotecar as gerações futuras" e que "a forma como cada um assumir as suas responsabilidades será determinante para o futuro de todos", reconhecendo que subsistem "naturalmente dúvidas" sobre o resultado dos sacrifícios que estão a ser exigidos.

"Subsistem naturalmente dúvidas sobre o resultado do caminho que percorremos actualmente, até porque o sucesso, em boa parte, não depende só de nós. Depende da conjuntura internacional e da capacidade que a União Europeia demonstrar para resolver a crise financeira da zona Euro", salientou o chefe de Estado. Por outro lado, acrescentou, "importa evitar que se instale a ideia de que não se faz tudo o que podia ser feito para dinamizar a economia e combater o desemprego".

A garantia da sustentabilidade financeira do país, assume, passa por "uma reforma profunda do Estado", condição "essencial para que Portugal mantenha um quadro favorável" no panorama internacional.

"Essa reforma exigirá um novo consenso político na sociedade portuguesa, transcendendo a responsabilidade do Governo actual e obrigando a um compromisso de todos, incluindo os partidos da oposição, os representantes do poder regional e local, os órgãos superiores da administração pública e os principais agentes do mundo laboral e dos sectores da Saúde, da Educação e da Justiça", explicou.

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