1,5 mil milhões de euros separam Lurdes Rodrigues e Nuno Crato

10-10-2014
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1,5 mil milhões de euros separam Lurdes Rodrigues e Nuno Crato

Ana Petronilho

12 Mar 2012

Ex-ministra da Educação pronuncia-se sobre a polémica da Parque Escolar e contraria vários pontos da auditoria.

Entre as contas de Nuno Crato e as da ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, quanto à Parque Escolar, há 1,5 mil milhões de euros de diferença. De acordo com a ministra de José Sócrates - titular da pasta da Educação quando a empresa pública responsável pela requalificação da rede escolar foi lançada - os 940 milhões de euros referidos por pelo actual ministro como orçamento inicial da empresa, e são a base para o cálculo da derrapagem de 447% anunciado pelo Governo, não podem ser tidos como referência. Isto porque, explica ao Económico Lurdes Rodrigues (que pela primeira vez comenta o caso e se diz "perplexa") "esse valor teve como base uma avaliação muito preliminar feita pela Direcção Regional de Educação de Lisboa e ninguém sabia quanto iria custar o programa."

Para a ex-ministra, tal como para o Partido Socialista, o valor que se pode ter como referência são os 2,4 mil milhões de euros de investimento previsto para 322 escolas, em 2008. Tendo sido este o cálculo definido "quando foi aprovado pela primeira vez o plano de negócios" da Parque Escolar. Ora, tomando estes dados por base, a previsão de investimento de 3.168 milhões de euros, que o ministro explicou ser necessário para completar o programa, haveria um aumento de 718 milhões de euros sobre o investimento inicial de 2,4 mil milhões. Ou seja, uma derrapagem de 30% e não 447%.

No entanto, tanto Lurdes Rodrigues como Isabel Alçada, que lhe sucedeu na tutela, asseguram que "não houve derrapagem" mas sim "uma abrangência e aprofundamento das obras e do programa", como explicou Isabel Alçada ao Económico. Ambas dizem "não perceber os cálculos do ministro."

1,5 mil milhões de euros separam Lurdes Rodrigues e Nuno Crato

Ana Petronilho

12 Mar 2012

Ex-ministra da Educação pronuncia-se sobre a polémica da Parque Escolar e contraria vários pontos da auditoria.

Entre as contas de Nuno Crato e as da ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, quanto à Parque Escolar, há 1,5 mil milhões de euros de diferença. De acordo com a ministra de José Sócrates - titular da pasta da Educação quando a empresa pública responsável pela requalificação da rede escolar foi lançada - os 940 milhões de euros referidos por pelo actual ministro como orçamento inicial da empresa, e são a base para o cálculo da derrapagem de 447% anunciado pelo Governo, não podem ser tidos como referência. Isto porque, explica ao Económico Lurdes Rodrigues (que pela primeira vez comenta o caso e se diz "perplexa") "esse valor teve como base uma avaliação muito preliminar feita pela Direcção Regional de Educação de Lisboa e ninguém sabia quanto iria custar o programa."

Para a ex-ministra, tal como para o Partido Socialista, o valor que se pode ter como referência são os 2,4 mil milhões de euros de investimento previsto para 322 escolas, em 2008. Tendo sido este o cálculo definido "quando foi aprovado pela primeira vez o plano de negócios" da Parque Escolar. Ora, tomando estes dados por base, a previsão de investimento de 3.168 milhões de euros, que o ministro explicou ser necessário para completar o programa, haveria um aumento de 718 milhões de euros sobre o investimento inicial de 2,4 mil milhões. Ou seja, uma derrapagem de 30% e não 447%.

No entanto, tanto Lurdes Rodrigues como Isabel Alçada, que lhe sucedeu na tutela, asseguram que "não houve derrapagem" mas sim "uma abrangência e aprofundamento das obras e do programa", como explicou Isabel Alçada ao Económico. Ambas dizem "não perceber os cálculos do ministro."

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