SNS entrará em ruptura daqui a cinco anos
Catarina Duarte
21 Fev 2011
O equilíbrio das contas da Saúde é indispensável para a redução do défice, alerta estudo de Augusto Mateus.
O diagnóstico é crítico: sem medidas reformistas o sistema de Saúde entrará em ruptura nos próximos cinco anos. O alerta é deixado pelo ex-ministro da Economia, Augusto Mateus.
Na opinião deste economista, coordenador do estudo "Sustentabilidade e Competitividade da Saúde em Portugal", a que o Diário Económico teve acesso, o sistema de saúde caminha a passos largos para a insustentabilidade e não sobreviverá aos próximos cinco anos. "Não é possível sustentar este sistema por mais cinco anos. Não há solução de continuidade", acredita Augusto Mateus.
Ainda assim, a reforma do sistema de saúde pode chegar demasiado tarde: "os ganhos das medidas reformistas podem não atingir dimensão suficiente para assegurar a sustentabilidade financeira", alerta o estudo.
Os dados mostram que a despesa pública em Saúde cresceu, nos últimos anos, a um ritmo superior ao do crescimento da economia nacional. O mesmo estudo mostra que a despesa total em saúde quase duplicou, nos últimos 30 anos, para 9,9% do PIB em 2007, sendo que 7,1% desta despesa é suportada pelo Estado. Números que agravam o diganóstico. É que a consolidação do défice orçamental depende em grande parte do equilíbrio das contas da saúde, defende o ex-ministro.
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SNS entrará em ruptura daqui a cinco anos
Catarina Duarte
21 Fev 2011
O equilíbrio das contas da Saúde é indispensável para a redução do défice, alerta estudo de Augusto Mateus.
O diagnóstico é crítico: sem medidas reformistas o sistema de Saúde entrará em ruptura nos próximos cinco anos. O alerta é deixado pelo ex-ministro da Economia, Augusto Mateus.
Na opinião deste economista, coordenador do estudo "Sustentabilidade e Competitividade da Saúde em Portugal", a que o Diário Económico teve acesso, o sistema de saúde caminha a passos largos para a insustentabilidade e não sobreviverá aos próximos cinco anos. "Não é possível sustentar este sistema por mais cinco anos. Não há solução de continuidade", acredita Augusto Mateus.
Ainda assim, a reforma do sistema de saúde pode chegar demasiado tarde: "os ganhos das medidas reformistas podem não atingir dimensão suficiente para assegurar a sustentabilidade financeira", alerta o estudo.
Os dados mostram que a despesa pública em Saúde cresceu, nos últimos anos, a um ritmo superior ao do crescimento da economia nacional. O mesmo estudo mostra que a despesa total em saúde quase duplicou, nos últimos 30 anos, para 9,9% do PIB em 2007, sendo que 7,1% desta despesa é suportada pelo Estado. Números que agravam o diganóstico. É que a consolidação do défice orçamental depende em grande parte do equilíbrio das contas da saúde, defende o ex-ministro.