Constâncio pressiona Governo para travar grandes obras
Margarida Peixoto
07 Mai 2010
O Governador do Banco de Portugal está de saída. Mas, antes de partir para Frankfurt, deixou um recado ao Governo.
Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, "acharia normal" que José Sócrates decidisse adiar as grandes obras públicas. Depois dos partidos da direita e do Presidente da República, ontem foi a vez do futuro vice-presidente do Banco Central Europeu admitir que esta poderia ser uma das opções a tomar para reduzir o défice orçamental.
"Não me pronuncio sobre medidas concretas que competem ao Governo, mas é evidente que, na situação de tensão e dificuldades financeiras, tudo tem de ser ponderado", reconheceu Vítor Constâncio. "Tem de se reforçar o Programa de Estabilidade e Crescimento, tem de se reduzir mais o défice e se isso implicar o adiamento de despesas para o futuro, com certeza que vai nessa direcção", explicou o governador.
A pressão sobre o Governo para adiar as grandes obras públicas - como a linha de alta-velocidade que liga Lisboa a Madrid, o novo aeroporto ou a terceira travessia sobre o Tejo - aumenta de dia para dia. Primeiro, esta era apenas uma das reivindicações do maior partido da oposição, que apesar do acordo de entendimento que fechou com o Sócrates, continuava insistir na necessidade de adiar estes projectos. "O país precisa de parar para pensar e redefinir prioridades. Não podemos gastar o que não temos", disse já Pedro Passos Coelho, líder do PSD.
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Constâncio pressiona Governo para travar grandes obras
Margarida Peixoto
07 Mai 2010
O Governador do Banco de Portugal está de saída. Mas, antes de partir para Frankfurt, deixou um recado ao Governo.
Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, "acharia normal" que José Sócrates decidisse adiar as grandes obras públicas. Depois dos partidos da direita e do Presidente da República, ontem foi a vez do futuro vice-presidente do Banco Central Europeu admitir que esta poderia ser uma das opções a tomar para reduzir o défice orçamental.
"Não me pronuncio sobre medidas concretas que competem ao Governo, mas é evidente que, na situação de tensão e dificuldades financeiras, tudo tem de ser ponderado", reconheceu Vítor Constâncio. "Tem de se reforçar o Programa de Estabilidade e Crescimento, tem de se reduzir mais o défice e se isso implicar o adiamento de despesas para o futuro, com certeza que vai nessa direcção", explicou o governador.
A pressão sobre o Governo para adiar as grandes obras públicas - como a linha de alta-velocidade que liga Lisboa a Madrid, o novo aeroporto ou a terceira travessia sobre o Tejo - aumenta de dia para dia. Primeiro, esta era apenas uma das reivindicações do maior partido da oposição, que apesar do acordo de entendimento que fechou com o Sócrates, continuava insistir na necessidade de adiar estes projectos. "O país precisa de parar para pensar e redefinir prioridades. Não podemos gastar o que não temos", disse já Pedro Passos Coelho, líder do PSD.