HP tenciona separar negócio de PC e impressoras

10-10-2014
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HP tenciona separar negócio de PC e impressoras

Sara Piteira Mota

06 Out 2014

A divisão da empresa representa uma inversão na estratégia original da CEO, Meg Whitman. A operação deverá ser anunciada ainda hoje.

A norte-americana Hewlett-Packard vai dividir-se em duas empresas, segundo a edição do ‘Wall Street Journal'. Se a separação avançar, de um lado da empresa fica a área de negócio reservada aos computadores pessoais e às impressoras, de outro ficam os equipamentos de hardware para empresas e as operações de serviços financeiros e de software.

De acordo com o jornal a medida faz parte do plano de reestruturação da empresa, que visa travar a queda nas vendas. Meg Whitman, actual presidente da HP, tem vindo a trabalhar num plano de reestruturação da empresa há vários anos para travar a queda nos resultados financeiros. Apesar de as acções estarem a subir desde o início do ano passado, continuam muito abaixo dos valores a que chegaram na década de 1990, em pleno boom tecnológico.

A separação deverá tornar-se efectiva em 2015 e constitui uma reviravolta no caminho definido por Meg Whitman. Quando a actual presidente assumiu, em 2011, o controlo da multinacional optou por inverter a decisão do seu antecessor no cargo, Leo Apotheker, o qual pretendia separar a unidade de PC. Na altura, a executiva argumentou que aquele negócio era fundamental na sustentação dos relacionamentos de longo prazo com os clientes.

Segundo fontes próximas do processo, a operação será anunciada pela empresa norte-americana ainda hoje. A separação será feita através de uma distribuição de acções aos accionistas - uma operação sem implicações fiscais -, durante o próximo ano.

Com a ruptura, a HP dará origem a duas empresas cotadas em bolsa de forma autónoma, com receitas anuais superiores a 50 mil milhões de dólares norte-americanos (39,95 mil milhões de euros). Segundo as fontes contactadas pelo WSJ, Meg Whitman, actual presidente da HP, será presidente não executiva do negócio dos computadores e impressoras e líder da segunda empresa, que se chamará Hewlett-Packard Enterprise. A companhia diz que não comenta rumores. Esta semana, a fabricante fará um evento com analistas.

Segundo Ralph Wuthworth, investidor da HP, a iniciativa pode ser uma "jogada brilhante no momento certo da reviravolta".

HP tenciona separar negócio de PC e impressoras

Sara Piteira Mota

06 Out 2014

A divisão da empresa representa uma inversão na estratégia original da CEO, Meg Whitman. A operação deverá ser anunciada ainda hoje.

A norte-americana Hewlett-Packard vai dividir-se em duas empresas, segundo a edição do ‘Wall Street Journal'. Se a separação avançar, de um lado da empresa fica a área de negócio reservada aos computadores pessoais e às impressoras, de outro ficam os equipamentos de hardware para empresas e as operações de serviços financeiros e de software.

De acordo com o jornal a medida faz parte do plano de reestruturação da empresa, que visa travar a queda nas vendas. Meg Whitman, actual presidente da HP, tem vindo a trabalhar num plano de reestruturação da empresa há vários anos para travar a queda nos resultados financeiros. Apesar de as acções estarem a subir desde o início do ano passado, continuam muito abaixo dos valores a que chegaram na década de 1990, em pleno boom tecnológico.

A separação deverá tornar-se efectiva em 2015 e constitui uma reviravolta no caminho definido por Meg Whitman. Quando a actual presidente assumiu, em 2011, o controlo da multinacional optou por inverter a decisão do seu antecessor no cargo, Leo Apotheker, o qual pretendia separar a unidade de PC. Na altura, a executiva argumentou que aquele negócio era fundamental na sustentação dos relacionamentos de longo prazo com os clientes.

Segundo fontes próximas do processo, a operação será anunciada pela empresa norte-americana ainda hoje. A separação será feita através de uma distribuição de acções aos accionistas - uma operação sem implicações fiscais -, durante o próximo ano.

Com a ruptura, a HP dará origem a duas empresas cotadas em bolsa de forma autónoma, com receitas anuais superiores a 50 mil milhões de dólares norte-americanos (39,95 mil milhões de euros). Segundo as fontes contactadas pelo WSJ, Meg Whitman, actual presidente da HP, será presidente não executiva do negócio dos computadores e impressoras e líder da segunda empresa, que se chamará Hewlett-Packard Enterprise. A companhia diz que não comenta rumores. Esta semana, a fabricante fará um evento com analistas.

Segundo Ralph Wuthworth, investidor da HP, a iniciativa pode ser uma "jogada brilhante no momento certo da reviravolta".

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