Jerónimo a partir pedra na zona de influência de Tino

28-06-2020
marcar artigo

"Aqui somos todos trabalhadores", diz Domingos Ribeiro. É filho do patrão, mas ele, o pai e os irmãos fazem parte da lista de pessoal da Pedreira de Boelhe, ali mesmo perto de Rans, no concelho de Penafiel. São cerca de 30 a destruir enormes blocos de granito, que se transformam em pequenas, médias e grandes pedras da calçada, à força de braço ou de máquinas que vibram tanto que estragam as costas e os músculos de quem as manuseia. A expressão "partir pedra" não podia ter melhor concretização. Aqui, em Boelhe é mesmo uma realidade.

Para além de Tino de Rans que, por dever de ofício e morada fiscal é obrigado a frequentar aquelas bandas, dificilmente "Granitos de Boelhe" merece a visita de políticos. A comitiva comunista, porém, quis mostrar que a empresa da família Ribeiro é um exemplo daquilo que se pode fazer e daquilo que a CDU fez. "É um trabalho muito duro, mas esta empresa oferece as melhores condições de trabalho da região", reconhece João Torres, dirigente sindical da CGTP e responsável pela coordenação da região Norte. O filho do patrão também assume que faz "um esforço" para pagar "acima do salário minimo nacional" e dar "outras compensações" porque, apesar das máscaras para a boca ou dos amortecedores de ruído para os ouvidos, sabe como as oito horas de trabalho diário na pedreira são uma bomba relógio para a saúde. Talvez por isso e por continuar a trabalhar ao lado dos seus operários, o patrão não tem "tido problemas em arranjar trabalhadores", ao contrário de muitos outros responsáveis de pedreiras que se queixam da falta de mercado laboral.

Jerónimo de Sousa começou ali a manhã do último dia de campanha para as legislativas, precisamente para sublinhar a importância que os comunistas dão ao mundo do trabalho, mas também para lembrar o que conseguiram obter, apesar de tudo, durante os quatro anos da 'geringonça'. A suavização das regras das reformas para os trabalhadores das pedreiras foi uma conquista, mas o líder comunista reconhece que ainda são "precisos novos passos" que impeçam, nomeadamente, que a reforma antecipada daqueles trabalhadores ainda seja penalizada com um corte de quase 14% pelo factor de sustentabilidade.

A poucas horas do fecho da campanha, Jerónimo ainda irá descer a arruada do Porto, uma tradição de cada corrida eleitoral: "Pode constituir uma sondagem para nós", acredita. A melhor defesa é, por vezes, o ataque, e o líder comunista conhece bem como as previsões apontam para uma baixa do score do seu partido. "As sondagens, por enquanto, não votam", respondeu às perguntas dos jornalistas, garantindo: "Não pomos o carro à frente dos bois." Pelo menos enquanto a campanha não terminar, enquanto não se realizarem as eleições e se contarem os votos.

Já quanto ao pós das eleições, Jerónimo também prefere deixar o caminho aberto. Ou não fechar portas. "Falaremos com o PS e com outras forças políticas" e, quanto a novos entendimentos políticos, "o processo desenvolver-se-á depois dos resultados". O que vier, logo se vê, "Neste momento ainda não estamos a fazer contas", garantiu.

"Aqui somos todos trabalhadores", diz Domingos Ribeiro. É filho do patrão, mas ele, o pai e os irmãos fazem parte da lista de pessoal da Pedreira de Boelhe, ali mesmo perto de Rans, no concelho de Penafiel. São cerca de 30 a destruir enormes blocos de granito, que se transformam em pequenas, médias e grandes pedras da calçada, à força de braço ou de máquinas que vibram tanto que estragam as costas e os músculos de quem as manuseia. A expressão "partir pedra" não podia ter melhor concretização. Aqui, em Boelhe é mesmo uma realidade.

Para além de Tino de Rans que, por dever de ofício e morada fiscal é obrigado a frequentar aquelas bandas, dificilmente "Granitos de Boelhe" merece a visita de políticos. A comitiva comunista, porém, quis mostrar que a empresa da família Ribeiro é um exemplo daquilo que se pode fazer e daquilo que a CDU fez. "É um trabalho muito duro, mas esta empresa oferece as melhores condições de trabalho da região", reconhece João Torres, dirigente sindical da CGTP e responsável pela coordenação da região Norte. O filho do patrão também assume que faz "um esforço" para pagar "acima do salário minimo nacional" e dar "outras compensações" porque, apesar das máscaras para a boca ou dos amortecedores de ruído para os ouvidos, sabe como as oito horas de trabalho diário na pedreira são uma bomba relógio para a saúde. Talvez por isso e por continuar a trabalhar ao lado dos seus operários, o patrão não tem "tido problemas em arranjar trabalhadores", ao contrário de muitos outros responsáveis de pedreiras que se queixam da falta de mercado laboral.

Jerónimo de Sousa começou ali a manhã do último dia de campanha para as legislativas, precisamente para sublinhar a importância que os comunistas dão ao mundo do trabalho, mas também para lembrar o que conseguiram obter, apesar de tudo, durante os quatro anos da 'geringonça'. A suavização das regras das reformas para os trabalhadores das pedreiras foi uma conquista, mas o líder comunista reconhece que ainda são "precisos novos passos" que impeçam, nomeadamente, que a reforma antecipada daqueles trabalhadores ainda seja penalizada com um corte de quase 14% pelo factor de sustentabilidade.

A poucas horas do fecho da campanha, Jerónimo ainda irá descer a arruada do Porto, uma tradição de cada corrida eleitoral: "Pode constituir uma sondagem para nós", acredita. A melhor defesa é, por vezes, o ataque, e o líder comunista conhece bem como as previsões apontam para uma baixa do score do seu partido. "As sondagens, por enquanto, não votam", respondeu às perguntas dos jornalistas, garantindo: "Não pomos o carro à frente dos bois." Pelo menos enquanto a campanha não terminar, enquanto não se realizarem as eleições e se contarem os votos.

Já quanto ao pós das eleições, Jerónimo também prefere deixar o caminho aberto. Ou não fechar portas. "Falaremos com o PS e com outras forças políticas" e, quanto a novos entendimentos políticos, "o processo desenvolver-se-á depois dos resultados". O que vier, logo se vê, "Neste momento ainda não estamos a fazer contas", garantiu.

marcar artigo