Oposição fala em “mistério de seis mil milhões” nas contas

28-09-2015
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Adalberto Campos Fernandes, do PS, chama-lhe o "mistério dos seis mil milhões de euros". "Há uma diferença entre aquilo que é a realidade e ficção política da maioria, que se quis convencer de que tinha resolvido um problema que não resolveu", acusa.

Até porque, continua, "se a construção que a coligação faz de ter salvo o SNS por via orçamental fosse verdade não teríamos tido a maior transferência de encargos financeiros para as famílias de que há memória".

Carlos Silva Santos, da CDU, acompanha a análise: "Nos últimos anos e particularmente neste último Governo, o avanço no desmantelamento do SNS deu passos em frente. Foram reduzidos serviços e foi feito o encaminhamento para os privados, os portugueses passaram a pagar mais, têm cada vez menos serviços e menos confiança no SNS". José Gusmão, do BE, concretiza com três exemplos aquilo que alterou "dramaticamente" o acesso dos portugueses aos SNS: "O aumento exponencial das taxas moderadoras; a política de racionamento de medicamentos mais caros; e o que se passou nas urgências pela ausência de profissionais e da política de taxas moderadoras".

Coligação insiste num pacto para a Saúde

Ainda assim, são várias matérias que merecem o consenso das quatro forças políticas: o SNS deve continuar universal e tendencialmente gratuito e as pressões sobre a despesa - envelhecimento da população, pressão tecnológica e medicamentos inovadores - obrigam a reforçar o financiamento do SNS. Como?

Para o PS "o reforço da dotação não é uma questão de aumento da carga fiscal, é uma questão de requalificação das escolhas, de modelos de reestruturação interna e de tornar o sistema mais eficiente para deslocar de um lado para o outro meios financeiros", diz Campos Fernandes. Carlos Silva Santos defende que uma "ruptura com a actual política" e "investimentos concretos", até porque, defende a CDU, "havendo pleno emprego há sem dúvida um aumento do capital".

Adalberto Campos Fernandes, do PS, chama-lhe o "mistério dos seis mil milhões de euros". "Há uma diferença entre aquilo que é a realidade e ficção política da maioria, que se quis convencer de que tinha resolvido um problema que não resolveu", acusa.

Até porque, continua, "se a construção que a coligação faz de ter salvo o SNS por via orçamental fosse verdade não teríamos tido a maior transferência de encargos financeiros para as famílias de que há memória".

Carlos Silva Santos, da CDU, acompanha a análise: "Nos últimos anos e particularmente neste último Governo, o avanço no desmantelamento do SNS deu passos em frente. Foram reduzidos serviços e foi feito o encaminhamento para os privados, os portugueses passaram a pagar mais, têm cada vez menos serviços e menos confiança no SNS". José Gusmão, do BE, concretiza com três exemplos aquilo que alterou "dramaticamente" o acesso dos portugueses aos SNS: "O aumento exponencial das taxas moderadoras; a política de racionamento de medicamentos mais caros; e o que se passou nas urgências pela ausência de profissionais e da política de taxas moderadoras".

Coligação insiste num pacto para a Saúde

Ainda assim, são várias matérias que merecem o consenso das quatro forças políticas: o SNS deve continuar universal e tendencialmente gratuito e as pressões sobre a despesa - envelhecimento da população, pressão tecnológica e medicamentos inovadores - obrigam a reforçar o financiamento do SNS. Como?

Para o PS "o reforço da dotação não é uma questão de aumento da carga fiscal, é uma questão de requalificação das escolhas, de modelos de reestruturação interna e de tornar o sistema mais eficiente para deslocar de um lado para o outro meios financeiros", diz Campos Fernandes. Carlos Silva Santos defende que uma "ruptura com a actual política" e "investimentos concretos", até porque, defende a CDU, "havendo pleno emprego há sem dúvida um aumento do capital".

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