Jerónimo sinaliza abstenção: “Não abdicamos de qualquer batalha antes de a travar” (depois virá a especialidade)

16-11-2020
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Para Jerónimo de Sousa, o tempo não é de sim ou não ou, sequer, de "nim" ao Orçamento do Estado, mas o secretário-geral do PCP garantiu esta segunda-feira, em entrevista ao Polígrafo/SIC, que os comunistas não vão prescindir do combate por medidas "justas, exequíveis e necessárias" ao país. "Não abdicamos de qualquer batalha antes de a travar", assegurou o líder do partido.

No mesmo dia em que Catarina Martins avisou que o documento, tal como está desenhado, não poderá merecer luz verde do BE - e em que os bloquistas fizeram saber que exigem um acordo escrito para alterar esse cenário -, Jerónimo optou por outro caminho. Mais contido, Jerónimo preferiu frisar que será "perante os conteúdos concretos", medida a medida, que o PCP vai trabalhar com o Executivo.

Embora tenha ficado implícita a disponibilidade do seu partido para ajudar a garantir que o diploma passa a votação na generalidade, Jerónimo deixou também um recado a António Costa ao assinalar que a discussão na especialidade e a votação final global não serão meras formalidades (no Orçamento Suplementar, o PCP absteve-se na generalidade e acabou por se opor à proposta na última votação).

Jerónimo realçou que a proposta do Governo, conhecida esta segunda-feira, não estão refletidas as posições do PCP que visam o crescimento generalizado dos salários - destacou que a Função Pública "há dez anos não vê um cêntimo de aumento" - ou a subida das pensões já em janeiro, assim como uma resposta às exigências das forças de segurança.

Já quando questionado sobre se temia ficar com o ónus de uma eventual crise política (que considerou "artificial") caso o Orçamento não passasse, o líder comunista foi taxativo: "Não há crise se o Governo der resposta aos problemas das pessoas." E voltou a dar sinais de abertura para prosseguir com as negociações, "sem fatalismos" ou tirar "coelhos da cartola".

No final da entrevista, e quanto ao seu futuro e ao do PCP, Jerónimo disse não perceber a "comparação" entre ele próprio e o eurodeputado e candidato presidencial João Ferreira, insistentemente referido como seu potencial sucessor, e rematou: "O meu partido precisa ainda da minha contribuição."

Para Jerónimo de Sousa, o tempo não é de sim ou não ou, sequer, de "nim" ao Orçamento do Estado, mas o secretário-geral do PCP garantiu esta segunda-feira, em entrevista ao Polígrafo/SIC, que os comunistas não vão prescindir do combate por medidas "justas, exequíveis e necessárias" ao país. "Não abdicamos de qualquer batalha antes de a travar", assegurou o líder do partido.

No mesmo dia em que Catarina Martins avisou que o documento, tal como está desenhado, não poderá merecer luz verde do BE - e em que os bloquistas fizeram saber que exigem um acordo escrito para alterar esse cenário -, Jerónimo optou por outro caminho. Mais contido, Jerónimo preferiu frisar que será "perante os conteúdos concretos", medida a medida, que o PCP vai trabalhar com o Executivo.

Embora tenha ficado implícita a disponibilidade do seu partido para ajudar a garantir que o diploma passa a votação na generalidade, Jerónimo deixou também um recado a António Costa ao assinalar que a discussão na especialidade e a votação final global não serão meras formalidades (no Orçamento Suplementar, o PCP absteve-se na generalidade e acabou por se opor à proposta na última votação).

Jerónimo realçou que a proposta do Governo, conhecida esta segunda-feira, não estão refletidas as posições do PCP que visam o crescimento generalizado dos salários - destacou que a Função Pública "há dez anos não vê um cêntimo de aumento" - ou a subida das pensões já em janeiro, assim como uma resposta às exigências das forças de segurança.

Já quando questionado sobre se temia ficar com o ónus de uma eventual crise política (que considerou "artificial") caso o Orçamento não passasse, o líder comunista foi taxativo: "Não há crise se o Governo der resposta aos problemas das pessoas." E voltou a dar sinais de abertura para prosseguir com as negociações, "sem fatalismos" ou tirar "coelhos da cartola".

No final da entrevista, e quanto ao seu futuro e ao do PCP, Jerónimo disse não perceber a "comparação" entre ele próprio e o eurodeputado e candidato presidencial João Ferreira, insistentemente referido como seu potencial sucessor, e rematou: "O meu partido precisa ainda da minha contribuição."

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