Jerónimo: "PS insinua entendimentos à esquerda", mas prepara concertação com PSD

21-09-2020
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O secretário geral do PCP denunciou, este sábado à noite em Vila Real de Santo António, a preparação do regresso do bloco central. Jerónimo de Sousa não tem dúvidas: "Nestes últimos meses", há um "rol de convergências" entre PS e PSD que antecipam uma "concertação estratégica" entre os dois maiores partidos do Parlamento.

"O que a vida vai revelando e os factos confirmando é que aqueles que no passado se concertaram para impor a política de direita estão hoje a preparar o terreno e a procurar a melhor forma de perpetuar essa política que se revelou de desastre nacional", afirmou o líder comunista, num jantar-comício no Algarve.

"Falam muito de novas soluções" e até o PS "insinua vontades de entendimento à esquerda, com o PCP", afirma o líder comunista. No entanto, " o que vemos" ou "o que temos visto nestes últimos meses" está longe de ser um caminho para o regresso ao modelo da 'geringonça', garante Jerónimo.

O que o líder comunista vê nos sinais deixados pelos socialistas é claro: "É o replicar da política e das opções do passado", "o desenvolvimento de uma estratégia para restabelecer e dar uma base duradoura à política de direita e de reaproximação de PS e PSD". Ou seja: está em curso o projeto de "dar uma nova vida ao chamado “bloco central”, num novo formato", garante Jerónimo de Sousa.

As "recentes convergências" entre os dois partidos servem de prova para o líder do PCP. "Os factos são indesmentíveis", diz Jerónimo, que avança com a "sintonia" existente entre PS e PSD, ora nas votações do Orçamento Suplementar (e no chumbo "de dezenas de propostas do PCP), ora em abril quando foi aprovado o primeiro pacote de medidas de resposta à covid-19; ora ainda na "convergência e sintonia" na Lei do Enquadramento Orçamental, na redução dos debates quinzenais ou "na aprovação da farsa de descentralização regional em curso".

"Factos são factos", conclui Jerónimo, que sustenta ainda a tese de que se está a preparar um novo acordo à direita com "as declarações e discursos de dirigentes do PS e do próprio Presidente da República". Marcelo Rebelo de Sousa é chamado a este terreno na medida em que, para o PCP, também de Belém surgem sinais que "indiciam o que se prepara e o que se pretende quando afirmam que o País precisa de uma base social alargada para enfrentar a actual situação. Uma base alargada para o horizonte de uma década, coisa que um governo minoritário, dizem, não está em condições de garantir".

"A vida vai-nos dizer, em breve, se tal estratégia que apela e insinua vontades de entendimento à esquerda, com o PCP, ao mesmo tempo que dão seguimento e se preparam com o PSD (...) não aponta para dar uma nova vida ao chamado 'bloco central', num novo formato", afirmou o líder comunista. Jerónimo suspeita que "está em marcha" um regresso "do velho jogo da alternância sem alternativa", que desta vez conta "com o contributo do Presidente da República que se tem empenhado em branquear o PSD, a política de direita e as suas responsabilidades, visando promover a sua reabilitação política e reconduzi-lo para um papel de cooperação intensa com o PS".

"Da parte do PCP, mais uma vez afirmamos que os compromissos e as convergências não se fazem no abstracto, mas sim tendo presente o conteúdo concreto das políticas, das propostas, das medidas e das opções a fazer", conclui o líder do PCP. Um novo acordo de entendimento com os socialistas parece estar longe do horizonte.

O secretário geral do PCP denunciou, este sábado à noite em Vila Real de Santo António, a preparação do regresso do bloco central. Jerónimo de Sousa não tem dúvidas: "Nestes últimos meses", há um "rol de convergências" entre PS e PSD que antecipam uma "concertação estratégica" entre os dois maiores partidos do Parlamento.

"O que a vida vai revelando e os factos confirmando é que aqueles que no passado se concertaram para impor a política de direita estão hoje a preparar o terreno e a procurar a melhor forma de perpetuar essa política que se revelou de desastre nacional", afirmou o líder comunista, num jantar-comício no Algarve.

"Falam muito de novas soluções" e até o PS "insinua vontades de entendimento à esquerda, com o PCP", afirma o líder comunista. No entanto, " o que vemos" ou "o que temos visto nestes últimos meses" está longe de ser um caminho para o regresso ao modelo da 'geringonça', garante Jerónimo.

O que o líder comunista vê nos sinais deixados pelos socialistas é claro: "É o replicar da política e das opções do passado", "o desenvolvimento de uma estratégia para restabelecer e dar uma base duradoura à política de direita e de reaproximação de PS e PSD". Ou seja: está em curso o projeto de "dar uma nova vida ao chamado “bloco central”, num novo formato", garante Jerónimo de Sousa.

As "recentes convergências" entre os dois partidos servem de prova para o líder do PCP. "Os factos são indesmentíveis", diz Jerónimo, que avança com a "sintonia" existente entre PS e PSD, ora nas votações do Orçamento Suplementar (e no chumbo "de dezenas de propostas do PCP), ora em abril quando foi aprovado o primeiro pacote de medidas de resposta à covid-19; ora ainda na "convergência e sintonia" na Lei do Enquadramento Orçamental, na redução dos debates quinzenais ou "na aprovação da farsa de descentralização regional em curso".

"Factos são factos", conclui Jerónimo, que sustenta ainda a tese de que se está a preparar um novo acordo à direita com "as declarações e discursos de dirigentes do PS e do próprio Presidente da República". Marcelo Rebelo de Sousa é chamado a este terreno na medida em que, para o PCP, também de Belém surgem sinais que "indiciam o que se prepara e o que se pretende quando afirmam que o País precisa de uma base social alargada para enfrentar a actual situação. Uma base alargada para o horizonte de uma década, coisa que um governo minoritário, dizem, não está em condições de garantir".

"A vida vai-nos dizer, em breve, se tal estratégia que apela e insinua vontades de entendimento à esquerda, com o PCP, ao mesmo tempo que dão seguimento e se preparam com o PSD (...) não aponta para dar uma nova vida ao chamado 'bloco central', num novo formato", afirmou o líder comunista. Jerónimo suspeita que "está em marcha" um regresso "do velho jogo da alternância sem alternativa", que desta vez conta "com o contributo do Presidente da República que se tem empenhado em branquear o PSD, a política de direita e as suas responsabilidades, visando promover a sua reabilitação política e reconduzi-lo para um papel de cooperação intensa com o PS".

"Da parte do PCP, mais uma vez afirmamos que os compromissos e as convergências não se fazem no abstracto, mas sim tendo presente o conteúdo concreto das políticas, das propostas, das medidas e das opções a fazer", conclui o líder do PCP. Um novo acordo de entendimento com os socialistas parece estar longe do horizonte.

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