Henrique Neto: “Se António Costa tentar recuar deve demitir-se”

16-10-2015
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Existem dois cenários na cabeça de Henrique Neto: ou António Costa se propõe a “liderar a esquerda, mostra que tem uma alternativa e um projeto” e então merece uma “oportunidade” para governar. Ou, se “recuar” e “tentar transformar a derrota em vitória”, então “deve demitir-se”. E tudo isto, claro, se a coligação não chegar à maioria absoluta, um cenário que ainda não está descartado.

Ao Observador, o candidato presidencial reconhece que não pensava que este resultado fosse possível “há uma ano ou seis meses”, mas não deixou de lembrar os vários erros cometidos por António Costa desde que assumiu a vontade de liderar o partido – desde logo, a luta fratricida com António José Seguro.

E foi para Seguro que foram os maiores elogios de Neto: “Tenho a convicção de que os resultados eleitorais [do PS] teriam sido melhores com António José Seguro. Não estava comprometido com os governos de José Sócrates”, tinha “seriedade intelectual” e “ideias próprias”.

Já António Costa, continua Neto, “nunca conseguiu uma distanciação claro em relação ao Governo de José Sócrates” e “ficou refém das políticas do Governo anterior”.

Depois, já na liderança, o secretário-geral do PS “fez-se de morto” e não apresentou ideias e, quando as apresentou, “pediu ideias emprestadas” a um grupo de técnicos “subcontratado”. “Um líder tem de ter convicções”, insiste. Nessa linha, “a campanha não criou a confiança que António Costa reclamava”.

Agora, resta saber se Costa se afirma como líder da esquerda e que os “partidos à esquerda do PS” despem a pele de partidos de protesto. Só assim, sublinha, António Costa tem condições para se manter à frente do partido.

O cenário de ter o PS a liderar um bloco de esquerda – com CDU e BE – está a ser alimentada esta noite quer pela CDU, através do eurodeputado João Ferreira, quer através de Catarina Martins. Uma ideia equacionada também por Vítor Ramalho, apoiante de primeira hora de Sampaio da Nóvoa. Ao Observador, o socialista deixou o aviso: ” O PS não se pode precipitar. Isto é um ciclo que só termina dia 9 de março” – ou seja com a eleição do próximo Presidente da República. Os dados estão lançados.

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Existem dois cenários na cabeça de Henrique Neto: ou António Costa se propõe a “liderar a esquerda, mostra que tem uma alternativa e um projeto” e então merece uma “oportunidade” para governar. Ou, se “recuar” e “tentar transformar a derrota em vitória”, então “deve demitir-se”. E tudo isto, claro, se a coligação não chegar à maioria absoluta, um cenário que ainda não está descartado.

Ao Observador, o candidato presidencial reconhece que não pensava que este resultado fosse possível “há uma ano ou seis meses”, mas não deixou de lembrar os vários erros cometidos por António Costa desde que assumiu a vontade de liderar o partido – desde logo, a luta fratricida com António José Seguro.

E foi para Seguro que foram os maiores elogios de Neto: “Tenho a convicção de que os resultados eleitorais [do PS] teriam sido melhores com António José Seguro. Não estava comprometido com os governos de José Sócrates”, tinha “seriedade intelectual” e “ideias próprias”.

Já António Costa, continua Neto, “nunca conseguiu uma distanciação claro em relação ao Governo de José Sócrates” e “ficou refém das políticas do Governo anterior”.

Depois, já na liderança, o secretário-geral do PS “fez-se de morto” e não apresentou ideias e, quando as apresentou, “pediu ideias emprestadas” a um grupo de técnicos “subcontratado”. “Um líder tem de ter convicções”, insiste. Nessa linha, “a campanha não criou a confiança que António Costa reclamava”.

Agora, resta saber se Costa se afirma como líder da esquerda e que os “partidos à esquerda do PS” despem a pele de partidos de protesto. Só assim, sublinha, António Costa tem condições para se manter à frente do partido.

O cenário de ter o PS a liderar um bloco de esquerda – com CDU e BE – está a ser alimentada esta noite quer pela CDU, através do eurodeputado João Ferreira, quer através de Catarina Martins. Uma ideia equacionada também por Vítor Ramalho, apoiante de primeira hora de Sampaio da Nóvoa. Ao Observador, o socialista deixou o aviso: ” O PS não se pode precipitar. Isto é um ciclo que só termina dia 9 de março” – ou seja com a eleição do próximo Presidente da República. Os dados estão lançados.

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