NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Lembrança de Antes do Tempo

01-07-2011
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Jorra o tempo pelas paredesno lento pedalarda máquina de costura.Mãe,quanto tempo faltapara a vida começar?É triste o diae o picolezeiro,as pitangas e a flor do maracujá.Mulheres que bordam e teceme pintam panos-de-pratos.São morangose não há homens por pertodurante o horário comercial.Brincamos à sombra do cinamômoe corrigimos a fala dos mais velhos.Mãe,quando virão todos aqueles cheirosque me prometeste?Ignoramos o tempo,que já escorre pelo assoalho(estamos atrasados).As paredes transpiram e não se sabese é chuva ou tédio.Mãe,Deixa o relógio a velar-nos o sonoe me conta de novotodas aquelas histórias.Mãe, mãe,me aperta contra o teu peitoe gira em torno do meu umbigo.Me entrega um dos teus olhose deixa uma coberta nos pés da cama.Por favor, mãe, por favor,me diz que estaremos longequando as coisas passarem a fazer sentido.Fabrício Fortes (fabricio.fortes@hotmail.com)


Jorra o tempo pelas paredesno lento pedalarda máquina de costura.Mãe,quanto tempo faltapara a vida começar?É triste o diae o picolezeiro,as pitangas e a flor do maracujá.Mulheres que bordam e teceme pintam panos-de-pratos.São morangose não há homens por pertodurante o horário comercial.Brincamos à sombra do cinamômoe corrigimos a fala dos mais velhos.Mãe,quando virão todos aqueles cheirosque me prometeste?Ignoramos o tempo,que já escorre pelo assoalho(estamos atrasados).As paredes transpiram e não se sabese é chuva ou tédio.Mãe,Deixa o relógio a velar-nos o sonoe me conta de novotodas aquelas histórias.Mãe, mãe,me aperta contra o teu peitoe gira em torno do meu umbigo.Me entrega um dos teus olhose deixa uma coberta nos pés da cama.Por favor, mãe, por favor,me diz que estaremos longequando as coisas passarem a fazer sentido.Fabrício Fortes (fabricio.fortes@hotmail.com)

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