NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Li-berdade é a Verdade da Luz: a Vera Lei

01-07-2011
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(Vieira da Silva )«Uma mesma alma em todos os peitos! um mesmo amor em todos os corações! Consoladora intuição, luz crepuscular do mundo antigo, que é hoje a nossa força, a nossa certeza pela revelação do pensamento, pela Ciência.A Ciência é a alma do mundo, porque o seu nome diz-se Liberdade.A Arte é - a Verdade feita Vida.Poesia! mas poesia que console,E a alma acalente em berço d'harmonias!...Dessa que, quando dói, tanto consola,E às sombras do viver dá seu crepúsculo...Desta poesia, sim! que nos eleva,Sem se ver com que mão...Poética de vida e sangue e tudo!Que só tomou por lei o livre Amor...Andam ali os mundos encobertos,Que um só olhar amante patenteia...Vós, que ledes na noite... vós, profetas...Que sois os loucos... porque andais na frente...Que sabeis o segredo da frementePalavra que dá fé - ó vós, poetas!Estendei vossas almas, como mantosSobre a cabeça deles... e do peitoFazei-lhe um degrau, onde com jeitoPossam subir a ver os astros santos...Levai-os vós à Pátria-misteriosa(...) os a[u]stros (...)não querem mais lei que o infinito.»Antero de Quental, Prosas da Época de Coimbra, Odes Modernas, Primaveras RomânticasO Homem é Filho do Amor Maior! O Seu de Todos.«Mas nele é que espelhou o Céu.»[Portugal em] Pessoa, Mar Português


(Vieira da Silva )«Uma mesma alma em todos os peitos! um mesmo amor em todos os corações! Consoladora intuição, luz crepuscular do mundo antigo, que é hoje a nossa força, a nossa certeza pela revelação do pensamento, pela Ciência.A Ciência é a alma do mundo, porque o seu nome diz-se Liberdade.A Arte é - a Verdade feita Vida.Poesia! mas poesia que console,E a alma acalente em berço d'harmonias!...Dessa que, quando dói, tanto consola,E às sombras do viver dá seu crepúsculo...Desta poesia, sim! que nos eleva,Sem se ver com que mão...Poética de vida e sangue e tudo!Que só tomou por lei o livre Amor...Andam ali os mundos encobertos,Que um só olhar amante patenteia...Vós, que ledes na noite... vós, profetas...Que sois os loucos... porque andais na frente...Que sabeis o segredo da frementePalavra que dá fé - ó vós, poetas!Estendei vossas almas, como mantosSobre a cabeça deles... e do peitoFazei-lhe um degrau, onde com jeitoPossam subir a ver os astros santos...Levai-os vós à Pátria-misteriosa(...) os a[u]stros (...)não querem mais lei que o infinito.»Antero de Quental, Prosas da Época de Coimbra, Odes Modernas, Primaveras RomânticasO Homem é Filho do Amor Maior! O Seu de Todos.«Mas nele é que espelhou o Céu.»[Portugal em] Pessoa, Mar Português

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