Atenta Inquietude: A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA

27-01-2012
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Perto de 2 milhões de pensionistas e reformados por invalidez, cerca de 75% do total, (sobre)vivem com pensões de valor abaixo do salário mínimo nacional (a valores de 2008, 426€). De acordo com os discursos sobre a crise instalada e cujo efeitos ainda não atingiram o grau mais elevado, a grande preocupação em termos das políticas dirigidas às famílias prende-se com a protecção do emprego. Parece correcta a opção. No entanto, esta enorme franja de cidadãos que vive com menos de um salário mínimo não pode ser esquecida. Sabemos que os recursos disponíveis são finitos, pelo que não pode esperar-se que, como costuma dizer-se, a manta chegue para tapar tudo.Neste contexto, a exigência sobre a criteriosa administração dos recursos é ainda maior e requer um enorme esforço de transparência. Os apoios, mal explicados, a alguns sectores da actividade financeira, gestão de fundos, por exemplo, não parecem bons indicadores desse cuidado e transparência.Numa nota de humor negro, provavelmente era a este grupo de cidadãos que o Primeiro-ministro se referia quando em Novembro falava de um ano de 2008 mais desafogado, não correm risco de perder empregos e o preço de alguns bens baixará, logo vão passar melhor.Não, não vão passar melhor.


Perto de 2 milhões de pensionistas e reformados por invalidez, cerca de 75% do total, (sobre)vivem com pensões de valor abaixo do salário mínimo nacional (a valores de 2008, 426€). De acordo com os discursos sobre a crise instalada e cujo efeitos ainda não atingiram o grau mais elevado, a grande preocupação em termos das políticas dirigidas às famílias prende-se com a protecção do emprego. Parece correcta a opção. No entanto, esta enorme franja de cidadãos que vive com menos de um salário mínimo não pode ser esquecida. Sabemos que os recursos disponíveis são finitos, pelo que não pode esperar-se que, como costuma dizer-se, a manta chegue para tapar tudo.Neste contexto, a exigência sobre a criteriosa administração dos recursos é ainda maior e requer um enorme esforço de transparência. Os apoios, mal explicados, a alguns sectores da actividade financeira, gestão de fundos, por exemplo, não parecem bons indicadores desse cuidado e transparência.Numa nota de humor negro, provavelmente era a este grupo de cidadãos que o Primeiro-ministro se referia quando em Novembro falava de um ano de 2008 mais desafogado, não correm risco de perder empregos e o preço de alguns bens baixará, logo vão passar melhor.Não, não vão passar melhor.

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