Atenta Inquietude: A HISTÓRIA DO MARGINAL

24-01-2012
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Era uma vez um rapaz chamado Marginal. Era dos mais conhecidos na escola onde andava. Toda a gente falava do Marginal. Uns professores afirmavam que o Marginal não era como os outros alunos. Vinham alguns outros e diziam que ele não se comportava como os outros colegas da mesma idade, mostrava atitudes bizarras, achavam. Alguns professores referiam que o Marginal tinha gostos diferentes, ou gostava de músicas um bocado estranhas, ou andava com um visual também diferente ou, nas poucas vezes que se dispunha a participar em discussões nas aulas, as suas ideias eram também afastadas das dos seus colegas. No fundo, olhavam-no assim como a alguém que não é dali.Os colegas dividiam-se sobre o Marginal. Alguns não gostavam do Marginal porque, diziam, era diferente e esquisito. Ao contrário, havia colegas para quem o Marginal era um tipo fixe, achavam-lhe piada e até sentiam uma pontinha de inveja de algumas coisas que viam no Marginal.Neste universo e sem surpresa, o Marginal também se sentia um pouco do lado de fora e acabava por viver mais no seu mundo do que no mundo em que toda a gente habitava.Curiosamente conhecia-se muito pouco do Marginal. Apenas se sabia que era de uma espécie de bairro pequeno e ignorado chamado À Margem onde, aliás, vivem quase todos os Marginais.


Era uma vez um rapaz chamado Marginal. Era dos mais conhecidos na escola onde andava. Toda a gente falava do Marginal. Uns professores afirmavam que o Marginal não era como os outros alunos. Vinham alguns outros e diziam que ele não se comportava como os outros colegas da mesma idade, mostrava atitudes bizarras, achavam. Alguns professores referiam que o Marginal tinha gostos diferentes, ou gostava de músicas um bocado estranhas, ou andava com um visual também diferente ou, nas poucas vezes que se dispunha a participar em discussões nas aulas, as suas ideias eram também afastadas das dos seus colegas. No fundo, olhavam-no assim como a alguém que não é dali.Os colegas dividiam-se sobre o Marginal. Alguns não gostavam do Marginal porque, diziam, era diferente e esquisito. Ao contrário, havia colegas para quem o Marginal era um tipo fixe, achavam-lhe piada e até sentiam uma pontinha de inveja de algumas coisas que viam no Marginal.Neste universo e sem surpresa, o Marginal também se sentia um pouco do lado de fora e acabava por viver mais no seu mundo do que no mundo em que toda a gente habitava.Curiosamente conhecia-se muito pouco do Marginal. Apenas se sabia que era de uma espécie de bairro pequeno e ignorado chamado À Margem onde, aliás, vivem quase todos os Marginais.

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