Câmara Corporativa: Independência e autonomia

08-07-2011
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Os tribunais são independentes porque não dependem de qualquer poder exterior. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) é eleito pelos seus pares, todos juízes do STJ, e não responde perante o Governo, a Assembleia da República ou o Presidente da República.O actual presidente do STJ foi eleito por uma margem avassaladora. Noronha do Nascimento é absolutamente independente e é um juiz experimentadíssimo com dezenas de anos de carreira na judicatura.Por outro lado, o procurador-geral da República só pode ser removido do cargo, segundo a Constituição da República, por um decisão conjunta do presidente da República e do primeiro-ministro (os seus antecessores bem o sabem…). Ainda por cima, este procurador-geral é juiz conselheiro do STJ, ao qual regressará sem perda de direitos se se fartar e bater com a porta. Pinto Monteiro goza, portanto, de uma autonomia “reforçada”.Acresce que não consta que Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro tenham subido na carreira a fazer fretes ao primeiro-ministro, ao presidente da República ou a qualquer outro líder político. Foram ambos escolhidos num ambiente de consenso e público aplauso, tendo em conta os seus curricula.A pergunta que gostaria de fazer é esta: por que razão alguns opinion makers, professores sedentos da ribalta, magistrados-sindicalistas e correlativos se esfalfam a combater a decisão que aqueles altos magistrados tomaram no caso Face Oculta em relação ao primeiro-ministro?O mais curioso é que Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro são velhos rivais que não morrem de amores um pelo outro. Mas ambos perceberam a marosca que estava por detrás desta qualificação fantasiosa de uma conversa privada como atentado contra o Estado de direito. Ambos perceberam que a simples abertura de um processo contra o primeiro-ministro seria um grosseiro disparate, seria o pretexto abusivo e golpista para personagens como Manuela Moura Guedes ou José Maria Martins se constituírem assistentes e montarem um número de circo na comunicação social, em benefício de forças que não conseguem lutar com lealdade na arena democrática.Concorda, Dr.ª Helena Matos?


Os tribunais são independentes porque não dependem de qualquer poder exterior. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) é eleito pelos seus pares, todos juízes do STJ, e não responde perante o Governo, a Assembleia da República ou o Presidente da República.O actual presidente do STJ foi eleito por uma margem avassaladora. Noronha do Nascimento é absolutamente independente e é um juiz experimentadíssimo com dezenas de anos de carreira na judicatura.Por outro lado, o procurador-geral da República só pode ser removido do cargo, segundo a Constituição da República, por um decisão conjunta do presidente da República e do primeiro-ministro (os seus antecessores bem o sabem…). Ainda por cima, este procurador-geral é juiz conselheiro do STJ, ao qual regressará sem perda de direitos se se fartar e bater com a porta. Pinto Monteiro goza, portanto, de uma autonomia “reforçada”.Acresce que não consta que Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro tenham subido na carreira a fazer fretes ao primeiro-ministro, ao presidente da República ou a qualquer outro líder político. Foram ambos escolhidos num ambiente de consenso e público aplauso, tendo em conta os seus curricula.A pergunta que gostaria de fazer é esta: por que razão alguns opinion makers, professores sedentos da ribalta, magistrados-sindicalistas e correlativos se esfalfam a combater a decisão que aqueles altos magistrados tomaram no caso Face Oculta em relação ao primeiro-ministro?O mais curioso é que Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro são velhos rivais que não morrem de amores um pelo outro. Mas ambos perceberam a marosca que estava por detrás desta qualificação fantasiosa de uma conversa privada como atentado contra o Estado de direito. Ambos perceberam que a simples abertura de um processo contra o primeiro-ministro seria um grosseiro disparate, seria o pretexto abusivo e golpista para personagens como Manuela Moura Guedes ou José Maria Martins se constituírem assistentes e montarem um número de circo na comunicação social, em benefício de forças que não conseguem lutar com lealdade na arena democrática.Concorda, Dr.ª Helena Matos?

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