Crato promete revisão do regime do Superior após caso Relvas

15-04-2015
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Crato promete revisão do regime do Superior após caso Relvas

Ana Petronilho

10 Jul 2012

Lusófona só divulgou nomes dos professores que avaliaram o ministro ontem ao final da tarde.

O ministro da Educação, Nuno Crato, optou pelo silêncio na polémica da licenciatura de Miguel Relvas mas admitiu rever o regime das universidades. "Não vou comentar nenhum caso sobre um colega meu do Governo", disse Nuno Crato. No entanto, o membro do Executivo reconheceu que há "muitas coisas" a serem pensadas sobre a universidade e assegurou que vai rever o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), em Outubro, cinco anos depois da entrada em vigor. "Estava previsto uma revisão desse regime e isso vai ser feito com calma, tendo em atenção os aspectos fundamentais, a experiência que se obteve nestes últimos anos", garantiu ontem Crato à margem do aniversário dos 25 anos do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Apesar de Relvas ter autorizado a consulta do seu processo académico, o caso continua envolto em polémica. Isto porque, a Universidade Lusófona só divulgou a lista dos 18 elementos do Conselho Científico responsáveis pela avaliação profissional de Relvas, depois de várias notícias que davam conta da omissão desses dados no processo. Segundo um comunicado da instituição a composição deste órgão "não consta nunca do processo individual de nenhum aluno, porque não constitui elemento do registo académico do mesmo".

No entanto, foi ontem conhecido o grupo de professores que avaliou a experiência profissional que valeu ao ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares equivalências a 32 do total de 36 disciplinas da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais. Relvas, que hoje será ouvido na comissão de Ética do Parlamento, terminou as quatro cadeiras semestrais da licenciatura com uma média de 11 valores e investiu 1.777,52 euros no curso.

Do conjunto de documentos disponíveis para consulta faz parte um parecer assinado pelos professores José Fialho e António Neves, dizendo que "a informação que consta do dossiê apresentado [pelo aluno] denota uma elevada experiência profissional que se reparte por três domínios", que são os cargos políticos, cargos públicos e experiência profissional no domínio empresarial, "nomeadamente no espaço lusófono". Experiência que os professores consideraram como sendo "mais valias claras e aspectos salientes muito positivos", refere o parecer, que sublinha "a longevidade das funções desempenhadas, a natureza das mesmas, maioritariamente de liderança ou grande responsabilidade institucional, e a sua variedade".

Crato promete revisão do regime do Superior após caso Relvas

Ana Petronilho

10 Jul 2012

Lusófona só divulgou nomes dos professores que avaliaram o ministro ontem ao final da tarde.

O ministro da Educação, Nuno Crato, optou pelo silêncio na polémica da licenciatura de Miguel Relvas mas admitiu rever o regime das universidades. "Não vou comentar nenhum caso sobre um colega meu do Governo", disse Nuno Crato. No entanto, o membro do Executivo reconheceu que há "muitas coisas" a serem pensadas sobre a universidade e assegurou que vai rever o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), em Outubro, cinco anos depois da entrada em vigor. "Estava previsto uma revisão desse regime e isso vai ser feito com calma, tendo em atenção os aspectos fundamentais, a experiência que se obteve nestes últimos anos", garantiu ontem Crato à margem do aniversário dos 25 anos do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Apesar de Relvas ter autorizado a consulta do seu processo académico, o caso continua envolto em polémica. Isto porque, a Universidade Lusófona só divulgou a lista dos 18 elementos do Conselho Científico responsáveis pela avaliação profissional de Relvas, depois de várias notícias que davam conta da omissão desses dados no processo. Segundo um comunicado da instituição a composição deste órgão "não consta nunca do processo individual de nenhum aluno, porque não constitui elemento do registo académico do mesmo".

No entanto, foi ontem conhecido o grupo de professores que avaliou a experiência profissional que valeu ao ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares equivalências a 32 do total de 36 disciplinas da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais. Relvas, que hoje será ouvido na comissão de Ética do Parlamento, terminou as quatro cadeiras semestrais da licenciatura com uma média de 11 valores e investiu 1.777,52 euros no curso.

Do conjunto de documentos disponíveis para consulta faz parte um parecer assinado pelos professores José Fialho e António Neves, dizendo que "a informação que consta do dossiê apresentado [pelo aluno] denota uma elevada experiência profissional que se reparte por três domínios", que são os cargos políticos, cargos públicos e experiência profissional no domínio empresarial, "nomeadamente no espaço lusófono". Experiência que os professores consideraram como sendo "mais valias claras e aspectos salientes muito positivos", refere o parecer, que sublinha "a longevidade das funções desempenhadas, a natureza das mesmas, maioritariamente de liderança ou grande responsabilidade institucional, e a sua variedade".

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