Também na RTP, o que é relevante é oportuno

06-10-2015
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Não é habitual um ex-primeiro-ministro estar preso. E estando preso, a discussão sobre a relação entre a política e a justiça tem sido um tema. Ainda mais quando um dirigente do partido do governo insinua, com orgulho, que ele terá sido investigado por vontade do poder político. Isto tem sido tema para políticos de todas áreas, jornalistas, comentadores. Por isso, é um tema para a RTP. Se um assunto é motivo de debate, tem repercussões políticas e tem relevância a RTP não o pode ignorar. Mesmo que o tema seja inoportuno para a estratégia eleitoral de alguém. A única coisa que lamento? Que o debate não tenha correspondido à relevância do que está em causa.

Há um equívoco sobre a RTP. Na realidade, há dois, que sendo de sentido inverso, são muitas vezes alimentados pelas mesmas pessoas. O primeiro é que a RTP deve concorrer com os privados. Que o serviço público mede-se mais pelo público que tem do que pelo serviço que presta. O outro equívoco é o purismo oposto: que a informação da RTP deve ignorar critérios jornalísticos a bem de uma neutralidade pura e, como se sabe, impossível de alcançar. A redação da RTP e da Antena 1 deveriam ser uma espécie de repartição que repartia o tempo por forças políticas. Na realidade, num relatório encomendado por Miguel Relvas, houve mesmo quem defendesse uma coisa semelhante a isto.

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Não é habitual um ex-primeiro-ministro estar preso. E estando preso, a discussão sobre a relação entre a política e a justiça tem sido um tema. Ainda mais quando um dirigente do partido do governo insinua, com orgulho, que ele terá sido investigado por vontade do poder político. Isto tem sido tema para políticos de todas áreas, jornalistas, comentadores. Por isso, é um tema para a RTP. Se um assunto é motivo de debate, tem repercussões políticas e tem relevância a RTP não o pode ignorar. Mesmo que o tema seja inoportuno para a estratégia eleitoral de alguém. A única coisa que lamento? Que o debate não tenha correspondido à relevância do que está em causa.

Há um equívoco sobre a RTP. Na realidade, há dois, que sendo de sentido inverso, são muitas vezes alimentados pelas mesmas pessoas. O primeiro é que a RTP deve concorrer com os privados. Que o serviço público mede-se mais pelo público que tem do que pelo serviço que presta. O outro equívoco é o purismo oposto: que a informação da RTP deve ignorar critérios jornalísticos a bem de uma neutralidade pura e, como se sabe, impossível de alcançar. A redação da RTP e da Antena 1 deveriam ser uma espécie de repartição que repartia o tempo por forças políticas. Na realidade, num relatório encomendado por Miguel Relvas, houve mesmo quem defendesse uma coisa semelhante a isto.

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