PS perplexo com declaração de Miguel Relvas sobre dados do PIB

17-08-2011
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“São dados bastante menos maus do que se esperava, uma vez que a previsão para a queda do PIB nesse segundo trimestre era de 1,1 por cento e, em cadeia, estagnou. Não sendo extraordinário, é francamente melhor do que se estava à espera”, disse João Galamba à Lusa.

O Produto Interno Bruto (PIB) português diminuiu 0,9 por cento em volume no segundo trimestre, face a igual período de 2010, e teve uma variação nula em relação aos primeiros três meses do ano, divulgou hoje o INE.

“O que gera alguma perplexidade é o ministro [adjunto e dos Assuntos Parlamentares] Miguel Relvas olhar para estes números e ver neles um sinal de que o Governo está no bom caminho, quando estes números dizem respeito ao último trimestre do Governo do Partido Socialista”, afirmou o deputado do PS.

“Não se entende a declaração do ministro Miguel Relvas e, pior, não se entende em que medida é que ele acha que as medidas que já foram tomadas pela maioria - nomeadamente um aumento dos transportes em 15 por cento, o aumento do IVA na electricidade e no gás em 23 por cento quando a ‘troika’ não o impunha, e o imposto extraordinário - vão agravar significativamente estes valores”, argumentou.

João Galamba sublinhou que “todas essas medidas têm um efeito recessivo muito significativo, que vão prejudicar ainda mais o consumo, também o investimento, mas sobretudo o consumo privado, que já é uma das variáveis com comportamento negativo em 2011”.

Sobre as declarações de Miguel Relvas, João Galamba criticou ainda que o ministro tenha afirmado que os países europeus tenham que “poupar mais”, defendendo que, pelo contrário, essa poupança europeia generalizada seria recessiva.

Neste sentido, o deputado socialista considerou ainda que os dados também hoje divulgados sobre o PIB da zona euro deviam fazer “reflectir” as lideranças de direita da maioria dos países da Europa acerca da “estratégia de austeridade” que têm seguido.

Miguel Relvas comentou hoje a diminuição do PIB português referindo a necessidade de reduzir a despesa do Estado e de seguir o “caminho da poupança”.

À margem de uma visita à Loja do Cidadão das Laranjeiras, em Lisboa, o governante referiu a necessidade de nos “próximos meses e anos reduzir a despesa do Estado”, salientando que “é esse o caminho que o Governo seguiu”.

O PIB da zona euro e da UE cresceu 0,2 por cento no segundo trimestre face ao período anterior, enquanto em termos homólogos avançou 1,7 por cento, segundo os dados hoje divulgados pelo Eurostat.

A variação em cadeia de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre representa um abrandamento face ao crescimento de 0,8 por cento registado no primeiro trimestre, também neste caso tanto para a zona euro como para a União Europeia (UE).

“São dados bastante menos maus do que se esperava, uma vez que a previsão para a queda do PIB nesse segundo trimestre era de 1,1 por cento e, em cadeia, estagnou. Não sendo extraordinário, é francamente melhor do que se estava à espera”, disse João Galamba à Lusa.

O Produto Interno Bruto (PIB) português diminuiu 0,9 por cento em volume no segundo trimestre, face a igual período de 2010, e teve uma variação nula em relação aos primeiros três meses do ano, divulgou hoje o INE.

“O que gera alguma perplexidade é o ministro [adjunto e dos Assuntos Parlamentares] Miguel Relvas olhar para estes números e ver neles um sinal de que o Governo está no bom caminho, quando estes números dizem respeito ao último trimestre do Governo do Partido Socialista”, afirmou o deputado do PS.

“Não se entende a declaração do ministro Miguel Relvas e, pior, não se entende em que medida é que ele acha que as medidas que já foram tomadas pela maioria - nomeadamente um aumento dos transportes em 15 por cento, o aumento do IVA na electricidade e no gás em 23 por cento quando a ‘troika’ não o impunha, e o imposto extraordinário - vão agravar significativamente estes valores”, argumentou.

João Galamba sublinhou que “todas essas medidas têm um efeito recessivo muito significativo, que vão prejudicar ainda mais o consumo, também o investimento, mas sobretudo o consumo privado, que já é uma das variáveis com comportamento negativo em 2011”.

Sobre as declarações de Miguel Relvas, João Galamba criticou ainda que o ministro tenha afirmado que os países europeus tenham que “poupar mais”, defendendo que, pelo contrário, essa poupança europeia generalizada seria recessiva.

Neste sentido, o deputado socialista considerou ainda que os dados também hoje divulgados sobre o PIB da zona euro deviam fazer “reflectir” as lideranças de direita da maioria dos países da Europa acerca da “estratégia de austeridade” que têm seguido.

Miguel Relvas comentou hoje a diminuição do PIB português referindo a necessidade de reduzir a despesa do Estado e de seguir o “caminho da poupança”.

À margem de uma visita à Loja do Cidadão das Laranjeiras, em Lisboa, o governante referiu a necessidade de nos “próximos meses e anos reduzir a despesa do Estado”, salientando que “é esse o caminho que o Governo seguiu”.

O PIB da zona euro e da UE cresceu 0,2 por cento no segundo trimestre face ao período anterior, enquanto em termos homólogos avançou 1,7 por cento, segundo os dados hoje divulgados pelo Eurostat.

A variação em cadeia de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre representa um abrandamento face ao crescimento de 0,8 por cento registado no primeiro trimestre, também neste caso tanto para a zona euro como para a União Europeia (UE).

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