PSP em tensão a seis meses das legislativas

20-03-2015
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PSP em tensão a seis meses das legislativas

Inês David Bastos

14:30

O clima de crispação entre a PSP e o Governo voltou a subir de tom nos últimos dias e a seis meses das eleições legislativas a hipótese de uma nova manifestação começa a pairar e a deixar o Executivo receoso.

Esta manhã, horas antes de a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, começar a negociar o novo Estatuto Profissional dos polícias, cujo ante-projecto está a ser duramente criticado, com a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, ASPP, a direcção nacional da PSP chamou todos os sindicatos a uma reunião de urgência para tentar serenar os ânimos.

O descontentamento da PSP atingiu nas últimas duas semanas novo pico depois de Anabela Rodrigues ter apresentado uma proposta que os sindicatos classificaram de "ofensiva' porque restringe direitos e "é ainda pior" que o estatuto actual. A ameaça de uma nova manifestação de rua começou a aparecer nas entrelinhas das declarações públicas dos responsáveis sindicais, com Paulo Rodrigues, líder do maior sindicato do secrtor, a admitir que se a ministra não mostrar disponibilidade para uma profunda revisão da sua proposta os polícia avançarão para a contestação.

A forma como essa contestação poderá ser concretizada esteve, inclusive, esta manhã a ser delineada num encontro entre todas as estruturas sindicais da PSP (12). A esta hora a reunião está ainda a decorrer. Com o avolumar das críticas públicas, a ameaça de uma nova manifestação e a marcação do encontro entre estruturas, o Governo começou a recear que em ano eleitoral os agentes se revoltem na rua como aconteceu durante o mandato de Miguel Macedo, em que, numa braço-de-ferro nunca visto, milhares de polícias saíram à rua e subiram as escadarias do Parlamento, desafiando uma ordem do ministro. E deu indicação à direcção nacional para reunir com os sindicatos, disse ao Económico fonte do Executivo.

Mas os polícias já deixaram claro que exigem que Anabela Rodrigue recue na proposta, nomeadamente no aumento do horário de trabalho, no aumento do tempo de serviço necessário para a reforma e na equiparação da PSP à GNR no que respeita à obrigatoriedade de prestarem juramento. Mais: os polícias querem - como tinha prometido Miguel Macedo - um regime específico ao da Função Pública e melhorias nos suplementos.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

PSP em tensão a seis meses das legislativas

Inês David Bastos

14:30

O clima de crispação entre a PSP e o Governo voltou a subir de tom nos últimos dias e a seis meses das eleições legislativas a hipótese de uma nova manifestação começa a pairar e a deixar o Executivo receoso.

Esta manhã, horas antes de a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, começar a negociar o novo Estatuto Profissional dos polícias, cujo ante-projecto está a ser duramente criticado, com a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, ASPP, a direcção nacional da PSP chamou todos os sindicatos a uma reunião de urgência para tentar serenar os ânimos.

O descontentamento da PSP atingiu nas últimas duas semanas novo pico depois de Anabela Rodrigues ter apresentado uma proposta que os sindicatos classificaram de "ofensiva' porque restringe direitos e "é ainda pior" que o estatuto actual. A ameaça de uma nova manifestação de rua começou a aparecer nas entrelinhas das declarações públicas dos responsáveis sindicais, com Paulo Rodrigues, líder do maior sindicato do secrtor, a admitir que se a ministra não mostrar disponibilidade para uma profunda revisão da sua proposta os polícia avançarão para a contestação.

A forma como essa contestação poderá ser concretizada esteve, inclusive, esta manhã a ser delineada num encontro entre todas as estruturas sindicais da PSP (12). A esta hora a reunião está ainda a decorrer. Com o avolumar das críticas públicas, a ameaça de uma nova manifestação e a marcação do encontro entre estruturas, o Governo começou a recear que em ano eleitoral os agentes se revoltem na rua como aconteceu durante o mandato de Miguel Macedo, em que, numa braço-de-ferro nunca visto, milhares de polícias saíram à rua e subiram as escadarias do Parlamento, desafiando uma ordem do ministro. E deu indicação à direcção nacional para reunir com os sindicatos, disse ao Económico fonte do Executivo.

Mas os polícias já deixaram claro que exigem que Anabela Rodrigue recue na proposta, nomeadamente no aumento do horário de trabalho, no aumento do tempo de serviço necessário para a reforma e na equiparação da PSP à GNR no que respeita à obrigatoriedade de prestarem juramento. Mais: os polícias querem - como tinha prometido Miguel Macedo - um regime específico ao da Função Pública e melhorias nos suplementos.

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