Banca espanhola sobe peso no mercado português para mais de 17%

08-09-2015
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O Bankinter conseguiu fechar acordo para comprar as operações do Barclays em Portugal, o que ajudará a aumentar a quota de mercado dos bancos espanhóis no sistema bancário nacional.A compra é também um sinal do apetite dos bancos espanhóis por compras em Portugal. Este ano já tinha havido dois bancos espanhóis a tentar comprar dois bancos portugueses, mas sem sucesso. OSantander tentou ficar com o Novo Banco e o Caixa Bank tentou lançar uma OPA sobre o BPI.

Apesar destes negócios não terem avançado, a banca espanhola assegura uma quota de mercado, por activos, abaixo de 14%, segundo cálculos do Diário Económico baseados nos dados mais recentes da Associação Portuguesa de Bancos, referentes ao final de Junho de 2014 e que abarcam mais de 90% do sistema bancário nacional. Com a compra dos activos do Barclays pelo Bankinter, essa quota poderá subir para perto de 17,5%, já que o banco britânico tem um peso de cerca de 3,5% nos activos do sistema bancário nacional. De referir que estes números são indicativos já que durante os últimos 12 meses as posições dos bancos podem ter-se alterado, dada a continuação do processo de desalavancagem dos bancos portugueses.

Grande parte da presença espanhola no sector bancário português é conseguida à custa do Santander Totta. Segundo os dados da APB, o banco liderado por António Vieira Monteiro tinha um peso acima de 10%, medindo por activos.O Banco Popular tem uma peso de cerca de 2,2%. Jáo BBVA tem um quota de cerca de 1,2%. Ao longo dos últimos meses tem sido noticiada a possibilidade deste banco sair de Portugal e esta entidade já nem sequer oferece crédito à habitação no país.

Mas este aparente recuo do BBVA no mercado português aparenta ser uma excepção. O Bankinter entra no mercado português para dar início ao seu processo de internacionalização. EoCaixaBank tentou ficar com o BPI como um "passo lógico" no seu processo de internacionalização, objectivo falhado após o chumbo dos accionistas do BPI ao fim da limitação de direitos de voto.

E não é só Portugal a ser uma aposta da banca espanhola, que passou por dificuldades durante a crise de dívida soberana, obrigando mesmo a um programa de assistência à banca espanhola, muito por responsabilidade do sector das ‘cajas de ahorro'. O Sabadell comprou este ano o banco britânico TSB, mercado em que o Santander também tem uma posição relevante.

A banca espanhola também está a aproveitar a saída de bancos ingleses e britânicos do seu próprio país. O Caixa Bank ficou com a operação do Barclays em Espanha, num negócio anunciado no ano passado. OCiti também abandonou o mercado espanhol, vendendo o negócio de retalho e de cartões ao Banco Popular no ano passado.

O Bankinter conseguiu fechar acordo para comprar as operações do Barclays em Portugal, o que ajudará a aumentar a quota de mercado dos bancos espanhóis no sistema bancário nacional.A compra é também um sinal do apetite dos bancos espanhóis por compras em Portugal. Este ano já tinha havido dois bancos espanhóis a tentar comprar dois bancos portugueses, mas sem sucesso. OSantander tentou ficar com o Novo Banco e o Caixa Bank tentou lançar uma OPA sobre o BPI.

Apesar destes negócios não terem avançado, a banca espanhola assegura uma quota de mercado, por activos, abaixo de 14%, segundo cálculos do Diário Económico baseados nos dados mais recentes da Associação Portuguesa de Bancos, referentes ao final de Junho de 2014 e que abarcam mais de 90% do sistema bancário nacional. Com a compra dos activos do Barclays pelo Bankinter, essa quota poderá subir para perto de 17,5%, já que o banco britânico tem um peso de cerca de 3,5% nos activos do sistema bancário nacional. De referir que estes números são indicativos já que durante os últimos 12 meses as posições dos bancos podem ter-se alterado, dada a continuação do processo de desalavancagem dos bancos portugueses.

Grande parte da presença espanhola no sector bancário português é conseguida à custa do Santander Totta. Segundo os dados da APB, o banco liderado por António Vieira Monteiro tinha um peso acima de 10%, medindo por activos.O Banco Popular tem uma peso de cerca de 2,2%. Jáo BBVA tem um quota de cerca de 1,2%. Ao longo dos últimos meses tem sido noticiada a possibilidade deste banco sair de Portugal e esta entidade já nem sequer oferece crédito à habitação no país.

Mas este aparente recuo do BBVA no mercado português aparenta ser uma excepção. O Bankinter entra no mercado português para dar início ao seu processo de internacionalização. EoCaixaBank tentou ficar com o BPI como um "passo lógico" no seu processo de internacionalização, objectivo falhado após o chumbo dos accionistas do BPI ao fim da limitação de direitos de voto.

E não é só Portugal a ser uma aposta da banca espanhola, que passou por dificuldades durante a crise de dívida soberana, obrigando mesmo a um programa de assistência à banca espanhola, muito por responsabilidade do sector das ‘cajas de ahorro'. O Sabadell comprou este ano o banco britânico TSB, mercado em que o Santander também tem uma posição relevante.

A banca espanhola também está a aproveitar a saída de bancos ingleses e britânicos do seu próprio país. O Caixa Bank ficou com a operação do Barclays em Espanha, num negócio anunciado no ano passado. OCiti também abandonou o mercado espanhol, vendendo o negócio de retalho e de cartões ao Banco Popular no ano passado.

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