Alto Hama: Os tomates amovíveis do PSD

03-07-2011
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O líder parlamentar do PSD acusou hoje o primeiro-ministro de Portugal de viver na fantasia e de ter feito um discurso sobre a situação do país que insulta as dificuldades dos 600 mil (só está a 100 mil da verdade) portugueses desempregados. Acho piada a esta discussão de políticos que são fuba do mesmo saco, que são pares no tango que põe o país de tanga, que gostam – com tonalidades muito similares – de gozar com a chipala dos portugueses, julgado que todos eles são matumbos."O que temos hoje no país é impostos a mais, endividamento a mais, despesa pública a mais, riqueza a menos, poder de compra a menos, dificuldades a mais para as famílias e para as empresas", declarou o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, durante o debate do (mau) “Estado da Nação”, no Parlamento.Tudo isto é verdade. Mas o que o país precisa não é de diagnósticos do PSD ou placebos do PS. Precisa de tratamento eficaz e, pelo andar da carruagem, não parece existir no reino lusitano quem seja capaz de passar das palavras à acção.Miguel Macedo apontou os "mais de cem mil portugueses que abandonam por ano o país porque não encontram em Portugal um presente e, sobretudo, não vislumbram em Portugal um futuro" e criticou os resultados invocados e o tom utilizado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no seu discurso.E então? Nada. O PSD tem garganta suficiente para ir dizendo algumas verdades mas, até agora, apresenta-se como um partido castrado ou, pelo menos, detentor de tomates amovíveis. Sendo que a maior parte das vezes os deixa na gaveta."Desculpe que lhe diga, senhor primeiro-ministro, está a insultar a dificuldade de 600 mil portugueses que estão no desemprego", disse o líder parlamentar do PSD, acusando José Sócrates de ter demonstrado "insensibilidade social e de autismo político" e de ter feito uma intervenção de quem vive no "país da fantasia".Mais uma vez o PSD esquece-se que ladrão tanto é o que entra em casa como o que fica à porta. E em Portugal, nesta fase, é o PS quem entra na casa dos portugueses, mas quem fica à porta é o PSD.Segundo o líder parlamentar do PSD, "os portugueses hoje não vivem melhor depois de cinco anos de Governo socialista" e Portugal é "um país com mais pobres, mais excluídos e mais desigualdades", ao contrário do que alegou o primeiro-ministro.Só faltou dizer que os portugueses que estão a aprender a viver sem comer são cidadãos de terceira. De primeira, e sem esses problemas, são os do PS, de segunda e também sem grandes problemas são os do PSD, e os de terceira são todos aqueles que trabalham, todos os que pensam pela sua própria cabeça e que não têm nem coluna vertebral nem tomates amovíveis.


O líder parlamentar do PSD acusou hoje o primeiro-ministro de Portugal de viver na fantasia e de ter feito um discurso sobre a situação do país que insulta as dificuldades dos 600 mil (só está a 100 mil da verdade) portugueses desempregados. Acho piada a esta discussão de políticos que são fuba do mesmo saco, que são pares no tango que põe o país de tanga, que gostam – com tonalidades muito similares – de gozar com a chipala dos portugueses, julgado que todos eles são matumbos."O que temos hoje no país é impostos a mais, endividamento a mais, despesa pública a mais, riqueza a menos, poder de compra a menos, dificuldades a mais para as famílias e para as empresas", declarou o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, durante o debate do (mau) “Estado da Nação”, no Parlamento.Tudo isto é verdade. Mas o que o país precisa não é de diagnósticos do PSD ou placebos do PS. Precisa de tratamento eficaz e, pelo andar da carruagem, não parece existir no reino lusitano quem seja capaz de passar das palavras à acção.Miguel Macedo apontou os "mais de cem mil portugueses que abandonam por ano o país porque não encontram em Portugal um presente e, sobretudo, não vislumbram em Portugal um futuro" e criticou os resultados invocados e o tom utilizado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no seu discurso.E então? Nada. O PSD tem garganta suficiente para ir dizendo algumas verdades mas, até agora, apresenta-se como um partido castrado ou, pelo menos, detentor de tomates amovíveis. Sendo que a maior parte das vezes os deixa na gaveta."Desculpe que lhe diga, senhor primeiro-ministro, está a insultar a dificuldade de 600 mil portugueses que estão no desemprego", disse o líder parlamentar do PSD, acusando José Sócrates de ter demonstrado "insensibilidade social e de autismo político" e de ter feito uma intervenção de quem vive no "país da fantasia".Mais uma vez o PSD esquece-se que ladrão tanto é o que entra em casa como o que fica à porta. E em Portugal, nesta fase, é o PS quem entra na casa dos portugueses, mas quem fica à porta é o PSD.Segundo o líder parlamentar do PSD, "os portugueses hoje não vivem melhor depois de cinco anos de Governo socialista" e Portugal é "um país com mais pobres, mais excluídos e mais desigualdades", ao contrário do que alegou o primeiro-ministro.Só faltou dizer que os portugueses que estão a aprender a viver sem comer são cidadãos de terceira. De primeira, e sem esses problemas, são os do PS, de segunda e também sem grandes problemas são os do PSD, e os de terceira são todos aqueles que trabalham, todos os que pensam pela sua própria cabeça e que não têm nem coluna vertebral nem tomates amovíveis.

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