O DILEMA DO MACEDO: DEMITIR OU DEMITIR-SE! Direcção Nacional da PSP reage em entrevista às provas apresentadas na rede, relativas à violência policial e à existência de agentes provocadores na ma

27-01-2012
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A Direcção Nacional da PSP, confrontada com os factos e as provas, viu-se obrigada a comentar a existência de agentes provocadores e a prática de violência policial, na manifestação da Greve Geral, no dia 24 de Novembro.

Ficamos a saber que o nosso dinheiro é gasto numa polícia que assume que os trambolhos denunciados “são elementos policiais pertencentes à estrutura de investigação criminal” e que, como dá à estampa o JN, o “Comando da PSP admite polícias à civil agredidos pelo Corpo de Intervenção”, ou seja, que “polícias à civil lutaram contra polícias fardados”.

O disparate, no entanto, não se fica por aqui. Na mesma linha em que se afirma que compete à PSP garantir “que o exercício do direito de manifestação por parte dos cidadãos faz-se de forma livre”, diz-se também que a PSP tenta proibir o acesso à manifestação a “elementos estranhos à s organizações que as promovem”. Para o actual governo, o conceito de manifestação é de tal ordem rebuscado, que se pode concluir que para eles elas já estão ilegalizadas. Como está bom de ver, para qualquer manifestação ser livre, é condição essencial que se constitua na forma de um chamado aberto “a elementos estranhos à s organizações que as promovem”.

Num assomo de lucidez, porém, fica o essencial do que deve ser dito ao trambolho que abusou da autoridade e da violência e aos que instigaram os manifestantes: “Não faz sentido por isso falar-se em Agentes provocadores ou infiltrados, pois esses conceitos não existem na PSP, sendo que tais acções não são enquadráveis na lei.” Assim deveria ter sido e os responsáveis pelos factos devem responder em tribunal. Dos agentes envolvidos ao Guedes da Silva, do José Manuel Anes ao Miguel Macedo. Os violentos são só eles, por enquanto.

1. Confirma que os dois indivíduos vestidos à civil que surgem na primeira e fotografia publicada são agentes da PSP?

“Os dois cidadãos que surgem identificados na primeira fotografia são elementos policiais pertencentes à estrutura de investigação criminal da PSP, os quais estão integrados no policiamento que foi desencadeado por ocasião das manifestações sociais de 24NOV11. A sua missão neste tipo de contexto será o de garantir que o exercício do direito de manifestação por parte dos cidadãos faz-se de forma livre, sem quaisquer perturbações de elementos estranhos à s organizações que as promovem, impedindo o cometimento de ilícitos criminais, preservando a segurança de todos os intervenientes. A fotografia surge no contexto da necessidade de reposição da ordem pública por parte do Corpo de Intervenção da PSP, no qual os próprios elementos policiais acabam por ser alvos da intervenção dos seus colegas, situação esta que é frequente (ex: policiamentos de futebol). Para uma melhor percepção dos factos, é preciso que se diga que o avanço do Corpo de Intervenção faz-se em linha, incidindo sobre todos os que se encontram no seu raio de acção, sendo por isso normal que, perante a não identificação exterior dos elementos policiais, estes fossem também sujeitos à s medidas de polícia desencadeadas.”

2. Confirma que os dois indivíduos supra-referidos surgem também nas restantes fotos, em manobras de detenções de manifestantes, e com especial destaque numa dessas fotografias, agarrando um detido e encaminhando-o para uma carrinha, aparentemente, da PSP?

“A PSP confirma que estes elementos foram utilizados para as acções mencionadas, pois identificaram um dos autores dos distúrbios que foram provocados, procedendo por isso à sua detenção pela prática de crimes tipificados pela lei penal.”

3. Confirma que houve, na dita manifestação, agentes da PSP “infiltrados” ou “provocadores”?

Não houve na dita manifestação elementos da PSP infiltrados ou provocadores. Conforme já foi dito na questão n.º 1, os elementos policiais à civil utilizados pertencem à estrutura de investigação criminal da Instituição. A PSP é uma polícia integral, que agrupa diversas valências entre as quais a investigação criminal, sendo que todas elas são utilizadas nos mais diversos policiamentos que diariamente executamos, com o objectivo e único propósito de promover a segurança dos cidadãos nas mais variadas áreas, desde o trânsito até à manutenção da ordem e tranquilidade públicas. Não faz sentido por isso falar-se em Agentes provocadores ou infiltrados, pois esses conceitos não existem na PSP, sendo que tais acções não são enquadráveis na lei, nem traduzem sequer benefícios para a nossa acção, a qual será sempre firme, mas ao mesmo tempo apaziguadora e mediadora de conflitos. O nosso objectivo neste contexto será sempre garantir o livre exercício dos direitos dos cidadãos.

Entrevista conduzida por Nélson Morais, no JN de 1 de Dezembro de 2011.

Via DCP

Recapitulemos as postas, as provas e as questões que os acontecimentos levantam:

Mais imagens dos agentes e da acção “ponderada, sensata e competente” dos capangas do Miguel Macedo [com links para o que foi publicado noutros blogues]

A Direcção Nacional da PSP, confrontada com os factos e as provas, viu-se obrigada a comentar a existência de agentes provocadores e a prática de violência policial, na manifestação da Greve Geral, no dia 24 de Novembro.

Ficamos a saber que o nosso dinheiro é gasto numa polícia que assume que os trambolhos denunciados “são elementos policiais pertencentes à estrutura de investigação criminal” e que, como dá à estampa o JN, o “Comando da PSP admite polícias à civil agredidos pelo Corpo de Intervenção”, ou seja, que “polícias à civil lutaram contra polícias fardados”.

O disparate, no entanto, não se fica por aqui. Na mesma linha em que se afirma que compete à PSP garantir “que o exercício do direito de manifestação por parte dos cidadãos faz-se de forma livre”, diz-se também que a PSP tenta proibir o acesso à manifestação a “elementos estranhos à s organizações que as promovem”. Para o actual governo, o conceito de manifestação é de tal ordem rebuscado, que se pode concluir que para eles elas já estão ilegalizadas. Como está bom de ver, para qualquer manifestação ser livre, é condição essencial que se constitua na forma de um chamado aberto “a elementos estranhos à s organizações que as promovem”.

Num assomo de lucidez, porém, fica o essencial do que deve ser dito ao trambolho que abusou da autoridade e da violência e aos que instigaram os manifestantes: “Não faz sentido por isso falar-se em Agentes provocadores ou infiltrados, pois esses conceitos não existem na PSP, sendo que tais acções não são enquadráveis na lei.” Assim deveria ter sido e os responsáveis pelos factos devem responder em tribunal. Dos agentes envolvidos ao Guedes da Silva, do José Manuel Anes ao Miguel Macedo. Os violentos são só eles, por enquanto.

1. Confirma que os dois indivíduos vestidos à civil que surgem na primeira e fotografia publicada são agentes da PSP?

“Os dois cidadãos que surgem identificados na primeira fotografia são elementos policiais pertencentes à estrutura de investigação criminal da PSP, os quais estão integrados no policiamento que foi desencadeado por ocasião das manifestações sociais de 24NOV11. A sua missão neste tipo de contexto será o de garantir que o exercício do direito de manifestação por parte dos cidadãos faz-se de forma livre, sem quaisquer perturbações de elementos estranhos à s organizações que as promovem, impedindo o cometimento de ilícitos criminais, preservando a segurança de todos os intervenientes. A fotografia surge no contexto da necessidade de reposição da ordem pública por parte do Corpo de Intervenção da PSP, no qual os próprios elementos policiais acabam por ser alvos da intervenção dos seus colegas, situação esta que é frequente (ex: policiamentos de futebol). Para uma melhor percepção dos factos, é preciso que se diga que o avanço do Corpo de Intervenção faz-se em linha, incidindo sobre todos os que se encontram no seu raio de acção, sendo por isso normal que, perante a não identificação exterior dos elementos policiais, estes fossem também sujeitos à s medidas de polícia desencadeadas.”

2. Confirma que os dois indivíduos supra-referidos surgem também nas restantes fotos, em manobras de detenções de manifestantes, e com especial destaque numa dessas fotografias, agarrando um detido e encaminhando-o para uma carrinha, aparentemente, da PSP?

“A PSP confirma que estes elementos foram utilizados para as acções mencionadas, pois identificaram um dos autores dos distúrbios que foram provocados, procedendo por isso à sua detenção pela prática de crimes tipificados pela lei penal.”

3. Confirma que houve, na dita manifestação, agentes da PSP “infiltrados” ou “provocadores”?

Não houve na dita manifestação elementos da PSP infiltrados ou provocadores. Conforme já foi dito na questão n.º 1, os elementos policiais à civil utilizados pertencem à estrutura de investigação criminal da Instituição. A PSP é uma polícia integral, que agrupa diversas valências entre as quais a investigação criminal, sendo que todas elas são utilizadas nos mais diversos policiamentos que diariamente executamos, com o objectivo e único propósito de promover a segurança dos cidadãos nas mais variadas áreas, desde o trânsito até à manutenção da ordem e tranquilidade públicas. Não faz sentido por isso falar-se em Agentes provocadores ou infiltrados, pois esses conceitos não existem na PSP, sendo que tais acções não são enquadráveis na lei, nem traduzem sequer benefícios para a nossa acção, a qual será sempre firme, mas ao mesmo tempo apaziguadora e mediadora de conflitos. O nosso objectivo neste contexto será sempre garantir o livre exercício dos direitos dos cidadãos.

Entrevista conduzida por Nélson Morais, no JN de 1 de Dezembro de 2011.

Via DCP

Recapitulemos as postas, as provas e as questões que os acontecimentos levantam:

Mais imagens dos agentes e da acção “ponderada, sensata e competente” dos capangas do Miguel Macedo [com links para o que foi publicado noutros blogues]

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