Franchising: Sector resiste mesmo em ano de crise

02-07-2012
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A tendência de evolução que se tinha vindo a fazer sentir, nos últimos anos, registou, em 2011, uma “estabilização”, diz o IIF.

Apesar da actual conjuntura negativa, o sector do ‘franchising' continua a ser um dos mais dinamizadores da economia portuguesa. A criação de novas empresas continuou em rota ascendente, embora de forma menos incisiva. O sector gerou um volume de negócios de 5.297 milhões de euros, em 2011, mais 1,4% que no ano anterior, continuando a manter um peso de 3,1% no produto interno bruto português.

Segundo dados do 17º Censo do Franchising 2011, elaborado pelo Instituto de Informação em Franchising (IIF), foram criadas 73 novas marcas, tendo aumentado para 578 o número de ‘franchisings'. Destas novas insígnias 74% são ‘made in Portugal' e mais de metade pertencem ao sector dos serviços, que representa 55,9% do mercado com um total de 3.100 espaços comerciais, refere o documento. A Optivisão lidera o ‘ranking' das marcas franchisadas com mais lojas, em 2011, contabilizando um total de 270 unidades. Logo a seguir surgem 5 à Sec, Remax, Valores, Intermarché, Multiopticas e McDonald's.

Outra das realidades confirmadas pelo estudo do IIF é a aposta em negócios de investimento reduzido. "Actualmente, quase 40% (225) das oportunidades de negócio que estão a operar apresentam um investimento inferior a 25 mil euros, sendo que muitos conceitos podem ser menores que dez mil euros", salienta Andreia Jotta, directora do IIF. A aposta em empresas de compra e venda de ouro, como a insígnia Ourinvest que tem, hoje, 136 unidades franchisadas, é um exemplo.

Embora o sector tenha apresentado números positivos no que se refere a novas marcas, Andreia Jotta frisa que "o ano de 2011 foi difícil, com especial incidência no segundo semestre do ano, com a passagem de Portugal ao estatuto de País intervencionado".

Hoje, Portugal tem uma taxa de desemprego elevada e fortes medidas de contenção orçamental, que reduzem o consumo de uma forma generalizada. Assim, tal como os restantes sectores de actividade, também estes factores influenciaram negativamente a performance que o sector do ‘franchising' vinha a registar há alguns anos.

No ano passado, e mesmo com a criação de novas marcas, houve uma redução do número de unidades em funcionamento, consequência directa da contracção do consumo que, em algumas unidades com menos liquidez, acabou por levar ao encerramento. "Fecharam 256 unidades de ‘franchising' em 2011, sendo que os sectores de actividade onde se registou maior impacto foram os de ‘fitness' e bem-estar, agências de viagens, consultoria financeira e mediação imobiliária", realça Andreia Jotta. Neste contexto, também o emprego foi afectado. Em 2010, o ‘franchising' empregava 73.143 pessoas, valor que caiu 4% para 70.151 colaboradores. Segundo o relatório, desde 2006 o sector tem contribuído para a criação de emprego de forma positiva.

Para 2012, as perspectivas são cautelosas. As dificuldades acrescidas na obtenção de financiamento e a maior restrição do apoio por parte da banca no lançamento de ‘start-ups' serão os principais entraves ao desenvolvimento do sector, diz a gestora. Também a redução de taxas de ‘royalties' ou isenção do seu pagamento durante o período inicial de contrato - medidas que já foram tomadas em 2011 - voltam a ser aplicadas este ano.

A tendência de evolução que se tinha vindo a fazer sentir, nos últimos anos, registou, em 2011, uma “estabilização”, diz o IIF.

Apesar da actual conjuntura negativa, o sector do ‘franchising' continua a ser um dos mais dinamizadores da economia portuguesa. A criação de novas empresas continuou em rota ascendente, embora de forma menos incisiva. O sector gerou um volume de negócios de 5.297 milhões de euros, em 2011, mais 1,4% que no ano anterior, continuando a manter um peso de 3,1% no produto interno bruto português.

Segundo dados do 17º Censo do Franchising 2011, elaborado pelo Instituto de Informação em Franchising (IIF), foram criadas 73 novas marcas, tendo aumentado para 578 o número de ‘franchisings'. Destas novas insígnias 74% são ‘made in Portugal' e mais de metade pertencem ao sector dos serviços, que representa 55,9% do mercado com um total de 3.100 espaços comerciais, refere o documento. A Optivisão lidera o ‘ranking' das marcas franchisadas com mais lojas, em 2011, contabilizando um total de 270 unidades. Logo a seguir surgem 5 à Sec, Remax, Valores, Intermarché, Multiopticas e McDonald's.

Outra das realidades confirmadas pelo estudo do IIF é a aposta em negócios de investimento reduzido. "Actualmente, quase 40% (225) das oportunidades de negócio que estão a operar apresentam um investimento inferior a 25 mil euros, sendo que muitos conceitos podem ser menores que dez mil euros", salienta Andreia Jotta, directora do IIF. A aposta em empresas de compra e venda de ouro, como a insígnia Ourinvest que tem, hoje, 136 unidades franchisadas, é um exemplo.

Embora o sector tenha apresentado números positivos no que se refere a novas marcas, Andreia Jotta frisa que "o ano de 2011 foi difícil, com especial incidência no segundo semestre do ano, com a passagem de Portugal ao estatuto de País intervencionado".

Hoje, Portugal tem uma taxa de desemprego elevada e fortes medidas de contenção orçamental, que reduzem o consumo de uma forma generalizada. Assim, tal como os restantes sectores de actividade, também estes factores influenciaram negativamente a performance que o sector do ‘franchising' vinha a registar há alguns anos.

No ano passado, e mesmo com a criação de novas marcas, houve uma redução do número de unidades em funcionamento, consequência directa da contracção do consumo que, em algumas unidades com menos liquidez, acabou por levar ao encerramento. "Fecharam 256 unidades de ‘franchising' em 2011, sendo que os sectores de actividade onde se registou maior impacto foram os de ‘fitness' e bem-estar, agências de viagens, consultoria financeira e mediação imobiliária", realça Andreia Jotta. Neste contexto, também o emprego foi afectado. Em 2010, o ‘franchising' empregava 73.143 pessoas, valor que caiu 4% para 70.151 colaboradores. Segundo o relatório, desde 2006 o sector tem contribuído para a criação de emprego de forma positiva.

Para 2012, as perspectivas são cautelosas. As dificuldades acrescidas na obtenção de financiamento e a maior restrição do apoio por parte da banca no lançamento de ‘start-ups' serão os principais entraves ao desenvolvimento do sector, diz a gestora. Também a redução de taxas de ‘royalties' ou isenção do seu pagamento durante o período inicial de contrato - medidas que já foram tomadas em 2011 - voltam a ser aplicadas este ano.

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