Jornalistas algarvios voltam costas a ministro

12-10-2015
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Os jornalistas raramente devem ser o centro da notícia, mas às vezes os acontecimentos a tanto forçam. E foi isso mesmo que aconteceu em Albufeira, na passada quarta-feira, após uma reunião que juntou o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, alguns autarcas, responsáveis do sector turístico e da restauração e forças de segurança.

Depois de terem recebido a nota dando conta do encontro, que foi amplamente noticiado, os principais órgãos de comunicação nacionais e regionais marcaram presença para fazerem a cobertura do tema que ultimamente tem 'aquecido' o Algarve: o reforço da segurança no verão que se avizinha.

"O assessor de imprensa da AHRESP (Associação de Restauração e Similares) disse-nos que havia cadeiras para nos sentarmos, que podíamos colocar microfones à frente do ministro e a GNR até disse que iria apresentar dados sobre a criminalidade na região. E que se tivéssemos dúvidas depois perguntássemos", adianta ao Expresso um dos jornalistas presentes.

Assessora confirmou que ministro falaria

Quase três horas depois, e segundo a mesma fonte, a própria assessora de imprensa de Miguel Macedo terá dito que ele viria falar aos jornalistas e que a reunião estava quase a terminar. "A assessora do ministro disse que a reunião estava a terminar e que ele falava, mas o ministro saiu e disse que não prestava declarações".

Segundo relato de vários jornalistas presentes - rádios, imprensa e televisão - o ministro terá dado indicação de que, se quisessem, deveriam ser os representantes locais a falar com os media, mas que ele, ministro, não falaria. "Não vou fazer comentários", disse Miguel Macedo à saída.

Pouco depois, a assessora do ministro veio dizer aos jornalistas que, afinal, o ministro da Administração Interna sempre "abria uma excepção" e falaria. Porém, nessa altura, os profissionais fizeram saber que já não estavam interessados em ouvir Miguel Macedo e saíram do local em conjunto.

Contactada pelo Expresso, fonte do Ministério da Administração Interna adiantou que não foi o MAI a divulgar a agenda do ministro à comunicação social e que a reunião, tal como acontecera no Porto, há 15 dias, era para ser à porta fechada desde o início. "Era uma reunião para colher sugestões e preocupações para estabelecer o programa Algarve Seguro", disse.

Jornalistas acusados de intolerância

Segundo a mesma fonte - que admitiu que o ministro acabou por se disponibilizar mais tarde para fazer um balanço aos media mas inicialmente não o fez - não houve qualquer falta de consideração pelos jornalistas, e criticou os mesmos por "não terem sido tolerantes". A mesma fonte não quis alargar-se em comentários, considerando o tema uma "não notícia".

Recorde-se que da reunião 'transpirou' por fonte anónima que as associações hoteleiras reunidas em Albufeira propuseram a Miguel Macedo que os seus associados cedessem alojamento a preços simbólicos às forças de segurança, de forma a tornar mais acessível o reforço policial no Algarve na época em que a região é inundada por turistas.

Segundo os industriais do sector, a medida poderá ser prolongada no tempo em caso de necessidade, mas por falta de paciência dos jornalistas ficou por saber se esta hipótese foi ou não bem acolhida pela tutela.

Os jornalistas raramente devem ser o centro da notícia, mas às vezes os acontecimentos a tanto forçam. E foi isso mesmo que aconteceu em Albufeira, na passada quarta-feira, após uma reunião que juntou o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, alguns autarcas, responsáveis do sector turístico e da restauração e forças de segurança.

Depois de terem recebido a nota dando conta do encontro, que foi amplamente noticiado, os principais órgãos de comunicação nacionais e regionais marcaram presença para fazerem a cobertura do tema que ultimamente tem 'aquecido' o Algarve: o reforço da segurança no verão que se avizinha.

"O assessor de imprensa da AHRESP (Associação de Restauração e Similares) disse-nos que havia cadeiras para nos sentarmos, que podíamos colocar microfones à frente do ministro e a GNR até disse que iria apresentar dados sobre a criminalidade na região. E que se tivéssemos dúvidas depois perguntássemos", adianta ao Expresso um dos jornalistas presentes.

Assessora confirmou que ministro falaria

Quase três horas depois, e segundo a mesma fonte, a própria assessora de imprensa de Miguel Macedo terá dito que ele viria falar aos jornalistas e que a reunião estava quase a terminar. "A assessora do ministro disse que a reunião estava a terminar e que ele falava, mas o ministro saiu e disse que não prestava declarações".

Segundo relato de vários jornalistas presentes - rádios, imprensa e televisão - o ministro terá dado indicação de que, se quisessem, deveriam ser os representantes locais a falar com os media, mas que ele, ministro, não falaria. "Não vou fazer comentários", disse Miguel Macedo à saída.

Pouco depois, a assessora do ministro veio dizer aos jornalistas que, afinal, o ministro da Administração Interna sempre "abria uma excepção" e falaria. Porém, nessa altura, os profissionais fizeram saber que já não estavam interessados em ouvir Miguel Macedo e saíram do local em conjunto.

Contactada pelo Expresso, fonte do Ministério da Administração Interna adiantou que não foi o MAI a divulgar a agenda do ministro à comunicação social e que a reunião, tal como acontecera no Porto, há 15 dias, era para ser à porta fechada desde o início. "Era uma reunião para colher sugestões e preocupações para estabelecer o programa Algarve Seguro", disse.

Jornalistas acusados de intolerância

Segundo a mesma fonte - que admitiu que o ministro acabou por se disponibilizar mais tarde para fazer um balanço aos media mas inicialmente não o fez - não houve qualquer falta de consideração pelos jornalistas, e criticou os mesmos por "não terem sido tolerantes". A mesma fonte não quis alargar-se em comentários, considerando o tema uma "não notícia".

Recorde-se que da reunião 'transpirou' por fonte anónima que as associações hoteleiras reunidas em Albufeira propuseram a Miguel Macedo que os seus associados cedessem alojamento a preços simbólicos às forças de segurança, de forma a tornar mais acessível o reforço policial no Algarve na época em que a região é inundada por turistas.

Segundo os industriais do sector, a medida poderá ser prolongada no tempo em caso de necessidade, mas por falta de paciência dos jornalistas ficou por saber se esta hipótese foi ou não bem acolhida pela tutela.

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