O Insurgente: Mais do mesmo

21-01-2012
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Em mais um sinal do seu desnorte ideológico, o PSD através do seu Secretário-Geral Miguel Macedo veio acusar o governo de "se reger por critérios puramente economicistas, ao decidir encerrar várias das maternidades do país". Se não tivesse visto a data poderia pensar tratar-se de uma notícia de arquivo onde alguma eminência do PS invectivava o governo de Durão Barroso.###É sabido que a comissão que aconselho o governo foi dirigida por um médico de renome e que esta teve em conta, apenas, critérios médicos. Aliás, é curioso que as criticas sejam dirigidas ao Ministro (não obstante ser o responsável político) e não à competência e critérios da comissão que fez as recomendações. Por outro lado, apesar de apelidar como "alarmista[s]" as justificações do Ministro da Saúde, Miguel Macedo não apresenta argumentos tangíveis que as descredibilizem.Outras criticas feitas também se revelam bastante inconsistentes.Invocando um suposto "princípio elementar que um país civilizado deve observar", referindo-se ao caso de Elvas Miguel Macedo afirma "que os portugueses têm o direito de nascer na sua terra, têm o direito de nascer em Portugal, não podem ser obrigados a nascer em Espanha".Em primeiro lugar, se bem me recordo, foi falado que às parturientes de Elvas seria dada a opção ente Portalegre e Badajoz. A razão da crítica “morre à nascença”.Em segundo lugar, não percebo o porquê da opção pelo argumento nacionalista em detrimento do da qualidade dos serviços. No meu modesto entendimento será preferível nascer em Espanha se os serviços oferecidos forem melhores. É claro que ao invocar este argumento Miguel Macedo teria obrigatoriamente de falar em aspectos “economicistas” como o financiamento do SNS o que poderia chocar contra opiniões mais avisadas dentro do seu próprio partido.Refira-se, a propósito que o argumento do “orgulho pátrio” costuma ser usado para justificar investimentos desastrosos e passivos astronómicos das “companhias de bandeira”.Para terminar este ponto, se o que preocupa o Miguel Macedo é a (im)possibilidade de nascer em Portugal melhor seria sugerir a introdução de um “cheque saúde” que permitiria alargar o leque de opções nos serviços de saúde, nomeadamente nas maternidades.O último argumento usado por Miguel Macedo foi que esta medida contribuiria para a “favorece[r] a desertificação”. Parece estranho que por mais milhões em subsídios e benefícios fiscais que sejam oferecidos todos os governos tenham sido incapazes de contrariar a “desertificação”. Suponho que tenha algo a ver com mobilidade voluntária da população e da (principalmente) da localização das empresas.

Em mais um sinal do seu desnorte ideológico, o PSD através do seu Secretário-Geral Miguel Macedo veio acusar o governo de "se reger por critérios puramente economicistas, ao decidir encerrar várias das maternidades do país". Se não tivesse visto a data poderia pensar tratar-se de uma notícia de arquivo onde alguma eminência do PS invectivava o governo de Durão Barroso.###É sabido que a comissão que aconselho o governo foi dirigida por um médico de renome e que esta teve em conta, apenas, critérios médicos. Aliás, é curioso que as criticas sejam dirigidas ao Ministro (não obstante ser o responsável político) e não à competência e critérios da comissão que fez as recomendações. Por outro lado, apesar de apelidar como "alarmista[s]" as justificações do Ministro da Saúde, Miguel Macedo não apresenta argumentos tangíveis que as descredibilizem.Outras criticas feitas também se revelam bastante inconsistentes.Invocando um suposto "princípio elementar que um país civilizado deve observar", referindo-se ao caso de Elvas Miguel Macedo afirma "que os portugueses têm o direito de nascer na sua terra, têm o direito de nascer em Portugal, não podem ser obrigados a nascer em Espanha".Em primeiro lugar, se bem me recordo, foi falado que às parturientes de Elvas seria dada a opção ente Portalegre e Badajoz. A razão da crítica “morre à nascença”.Em segundo lugar, não percebo o porquê da opção pelo argumento nacionalista em detrimento do da qualidade dos serviços. No meu modesto entendimento será preferível nascer em Espanha se os serviços oferecidos forem melhores. É claro que ao invocar este argumento Miguel Macedo teria obrigatoriamente de falar em aspectos “economicistas” como o financiamento do SNS o que poderia chocar contra opiniões mais avisadas dentro do seu próprio partido.Refira-se, a propósito que o argumento do “orgulho pátrio” costuma ser usado para justificar investimentos desastrosos e passivos astronómicos das “companhias de bandeira”.Para terminar este ponto, se o que preocupa o Miguel Macedo é a (im)possibilidade de nascer em Portugal melhor seria sugerir a introdução de um “cheque saúde” que permitiria alargar o leque de opções nos serviços de saúde, nomeadamente nas maternidades.O último argumento usado por Miguel Macedo foi que esta medida contribuiria para a “favorece[r] a desertificação”. Parece estranho que por mais milhões em subsídios e benefícios fiscais que sejam oferecidos todos os governos tenham sido incapazes de contrariar a “desertificação”. Suponho que tenha algo a ver com mobilidade voluntária da população e da (principalmente) da localização das empresas.

Em mais um sinal do seu desnorte ideológico, o PSD através do seu Secretário-Geral Miguel Macedo veio acusar o governo de "se reger por critérios puramente economicistas, ao decidir encerrar várias das maternidades do país". Se não tivesse visto a data poderia pensar tratar-se de uma notícia de arquivo onde alguma eminência do PS invectivava o governo de Durão Barroso.###É sabido que a comissão que aconselho o governo foi dirigida por um médico de renome e que esta teve em conta, apenas, critérios médicos. Aliás, é curioso que as criticas sejam dirigidas ao Ministro (não obstante ser o responsável político) e não à competência e critérios da comissão que fez as recomendações. Por outro lado, apesar de apelidar como "alarmista[s]" as justificações do Ministro da Saúde, Miguel Macedo não apresenta argumentos tangíveis que as descredibilizem.Outras criticas feitas também se revelam bastante inconsistentes.Invocando um suposto "princípio elementar que um país civilizado deve observar", referindo-se ao caso de Elvas Miguel Macedo afirma "que os portugueses têm o direito de nascer na sua terra, têm o direito de nascer em Portugal, não podem ser obrigados a nascer em Espanha".Em primeiro lugar, se bem me recordo, foi falado que às parturientes de Elvas seria dada a opção ente Portalegre e Badajoz. A razão da crítica “morre à nascença”.Em segundo lugar, não percebo o porquê da opção pelo argumento nacionalista em detrimento do da qualidade dos serviços. No meu modesto entendimento será preferível nascer em Espanha se os serviços oferecidos forem melhores. É claro que ao invocar este argumento Miguel Macedo teria obrigatoriamente de falar em aspectos “economicistas” como o financiamento do SNS o que poderia chocar contra opiniões mais avisadas dentro do seu próprio partido.Refira-se, a propósito que o argumento do “orgulho pátrio” costuma ser usado para justificar investimentos desastrosos e passivos astronómicos das “companhias de bandeira”.Para terminar este ponto, se o que preocupa o Miguel Macedo é a (im)possibilidade de nascer em Portugal melhor seria sugerir a introdução de um “cheque saúde” que permitiria alargar o leque de opções nos serviços de saúde, nomeadamente nas maternidades.O último argumento usado por Miguel Macedo foi que esta medida contribuiria para a “favorece[r] a desertificação”. Parece estranho que por mais milhões em subsídios e benefícios fiscais que sejam oferecidos todos os governos tenham sido incapazes de contrariar a “desertificação”. Suponho que tenha algo a ver com mobilidade voluntária da população e da (principalmente) da localização das empresas.

Em mais um sinal do seu desnorte ideológico, o PSD através do seu Secretário-Geral Miguel Macedo veio acusar o governo de "se reger por critérios puramente economicistas, ao decidir encerrar várias das maternidades do país". Se não tivesse visto a data poderia pensar tratar-se de uma notícia de arquivo onde alguma eminência do PS invectivava o governo de Durão Barroso.###É sabido que a comissão que aconselho o governo foi dirigida por um médico de renome e que esta teve em conta, apenas, critérios médicos. Aliás, é curioso que as criticas sejam dirigidas ao Ministro (não obstante ser o responsável político) e não à competência e critérios da comissão que fez as recomendações. Por outro lado, apesar de apelidar como "alarmista[s]" as justificações do Ministro da Saúde, Miguel Macedo não apresenta argumentos tangíveis que as descredibilizem.Outras criticas feitas também se revelam bastante inconsistentes.Invocando um suposto "princípio elementar que um país civilizado deve observar", referindo-se ao caso de Elvas Miguel Macedo afirma "que os portugueses têm o direito de nascer na sua terra, têm o direito de nascer em Portugal, não podem ser obrigados a nascer em Espanha".Em primeiro lugar, se bem me recordo, foi falado que às parturientes de Elvas seria dada a opção ente Portalegre e Badajoz. A razão da crítica “morre à nascença”.Em segundo lugar, não percebo o porquê da opção pelo argumento nacionalista em detrimento do da qualidade dos serviços. No meu modesto entendimento será preferível nascer em Espanha se os serviços oferecidos forem melhores. É claro que ao invocar este argumento Miguel Macedo teria obrigatoriamente de falar em aspectos “economicistas” como o financiamento do SNS o que poderia chocar contra opiniões mais avisadas dentro do seu próprio partido.Refira-se, a propósito que o argumento do “orgulho pátrio” costuma ser usado para justificar investimentos desastrosos e passivos astronómicos das “companhias de bandeira”.Para terminar este ponto, se o que preocupa o Miguel Macedo é a (im)possibilidade de nascer em Portugal melhor seria sugerir a introdução de um “cheque saúde” que permitiria alargar o leque de opções nos serviços de saúde, nomeadamente nas maternidades.O último argumento usado por Miguel Macedo foi que esta medida contribuiria para a “favorece[r] a desertificação”. Parece estranho que por mais milhões em subsídios e benefícios fiscais que sejam oferecidos todos os governos tenham sido incapazes de contrariar a “desertificação”. Suponho que tenha algo a ver com mobilidade voluntária da população e da (principalmente) da localização das empresas.

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