Mota Soares garante 80 por cento dos pensionistas fora do imposto extraordinário

02-07-2011
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Assumindo para o Governo o “princípio da ética social na austeridade”, Pedro Mota Soares afirmou que “os pensionistas mais pobres não terão de fazer esse sacrifício”: “Pela simples razão que não é possível sacrificar quem só tem 246 euros, 227 euros ou 189 euros para viver por mês. Isto significa que cerca de 1,4 milhões de pensionistas, 80 por cento do seu total, cujo rendimento é inferior a 485 euros, são poupados a este esforço.”

Segundo os cálculos do ministro, serão cerca de um milhão e 400 mil pensionistas, “cujo rendimento é inferior a 485 euros”, que não verão cortes no subsídio.

Mas no debate parlamentar, Mota Soares foi confrontado sobre outros portugueses em situação precária que seriam alegadamente afectados pela medida. Catarina Martins, do BE, perguntou pelos trabalhadores a recibos verdes a quem se ia “cortar algo que eles não recebem sequer”, já que estes não têm direito ao subsídio. Mota Soares respondeu que não ter em conta os recibos verdes representaria que “muitos profissionais liberais – médicos e advogados – não seriam chamados a dar essa contribuição”.

O discurso do ministro do CDS foi criticado por ter uma “visão assistencialista”, tanto pelo PS como pelo PCP. Depois dessa crítica, o socialista Miguel Laranjeiro, questionou Soares sobre a Taxa Social Única. E Jorge Machado, do PCP, justificou a acusação lembrando que o programa previa um “corte na duração e montante” do subsídio do desemprego. O “Verde” José Luís Ferreira comparou as propostas de Mota Soares enquanto deputado da oposição e agora ministro. Recordou que no passado, o CDS defendera a actualização de todas as pensões, quando agora apenas o admitia para as pensões mínimas e rurais.

Sobre estas matérias, o ministro optou por responder ao lado, invocando o acordo com a troika e a necessidade de combater o desemprego como a melhor forma de defender a sustentabilidade do sistema.

Assumindo para o Governo o “princípio da ética social na austeridade”, Pedro Mota Soares afirmou que “os pensionistas mais pobres não terão de fazer esse sacrifício”: “Pela simples razão que não é possível sacrificar quem só tem 246 euros, 227 euros ou 189 euros para viver por mês. Isto significa que cerca de 1,4 milhões de pensionistas, 80 por cento do seu total, cujo rendimento é inferior a 485 euros, são poupados a este esforço.”

Segundo os cálculos do ministro, serão cerca de um milhão e 400 mil pensionistas, “cujo rendimento é inferior a 485 euros”, que não verão cortes no subsídio.

Mas no debate parlamentar, Mota Soares foi confrontado sobre outros portugueses em situação precária que seriam alegadamente afectados pela medida. Catarina Martins, do BE, perguntou pelos trabalhadores a recibos verdes a quem se ia “cortar algo que eles não recebem sequer”, já que estes não têm direito ao subsídio. Mota Soares respondeu que não ter em conta os recibos verdes representaria que “muitos profissionais liberais – médicos e advogados – não seriam chamados a dar essa contribuição”.

O discurso do ministro do CDS foi criticado por ter uma “visão assistencialista”, tanto pelo PS como pelo PCP. Depois dessa crítica, o socialista Miguel Laranjeiro, questionou Soares sobre a Taxa Social Única. E Jorge Machado, do PCP, justificou a acusação lembrando que o programa previa um “corte na duração e montante” do subsídio do desemprego. O “Verde” José Luís Ferreira comparou as propostas de Mota Soares enquanto deputado da oposição e agora ministro. Recordou que no passado, o CDS defendera a actualização de todas as pensões, quando agora apenas o admitia para as pensões mínimas e rurais.

Sobre estas matérias, o ministro optou por responder ao lado, invocando o acordo com a troika e a necessidade de combater o desemprego como a melhor forma de defender a sustentabilidade do sistema.

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