Seis dos 18 governadores civis já apresentaram demissão

22-06-2011
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Ao final da tarde foi confirmada a demissão dos representantes do Governo nos distritos de Faro, Isilda Gomes, e Santarém, Sónia Sanfona.

Em Lisboa, António Galamba, militante do PS, apresentou a demissão ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e publicou-a no Facebook.

Galamba diz que “ao longo dos últimos meses, os governadores civis em funções foram confrontados com uma campanha mediática populista, catalisada por partidos políticos como o PSD e o CDS-PP, centrada na defesa da extinção dos governos civis”.

Acrescenta também que os governos civis foram ignorados e “apresentam uma sustentabilidade financeira invejável, com capacidade de gerar receitas próprias para o funcionamento dos serviços prestados aos cidadãos, para apoiar as forças de segurança e contribuir para o equipamento dos bombeiros voluntários de cada distrito”.

António Galamba lembra ainda que a sociedade portuguesa “está demasiado organizada com base em modelos de compartimentação do território quando as pessoas, as organizações e os fenómenos sociais como a criminalidade, por exemplo, estão em mobilidade”.

“Acresce” – acrescenta – “que, no caso do distrito de Lisboa, os cidadãos estão confrontados com um risco sísmico, por vezes negligenciado, que exige um trabalho de planeamento, de preparação e de criação de rotinas de acção com uma dimensão supra-municipal”.

Por fim, Galamba diz que a sua equipa continuará a “assegurar a gestão do governo civil de Lisboa com particular atenção para as questões da segurança e da defesa da floresta, agora que nos aproximamos da fase Charlie da época crítica de incêndios florestais”.

Já o representante do Governo em Braga, Fernando Moniz, emitiu um comunicado em que dá conta da intenção de apresentar a renúncia ao novo ministro da Administração Interna.

Miguel Macedo “foi informado que o Governo Civil de Braga tem já organizado um conjunto de “dossiers” para serem transmitidos à pessoa que for indicada assegurando-se assim uma transição com toda a informação necessária”, lê-se na nota enviada esta tarde pelo gabinete de Moniz, o dirigente socialista que fez parte da lista de deputados pelo distrito em 2009.

O Governador de Beja já publicou no site oficial a informação de que "apresentou o seu pedido de exoneração ao recém-empossado Senhor Ministro da Administração Interna, após a tomada de posse do Governo". O pedido de exoneração seguiu por fax.

Embora compreenda a decisão do actual Governo de acabar com o cargo de governador civil, Manuel Monge – que foi um dos líderes da revolta das Caldas a 18 de Março de 1974, precussora do 25 de Abril – disse que “ os Governadores civis não podem ser extintos numa penada”.

Manuel Monge, conclui que as despesas de funcionamento, dos 16 Governadores Civis “são menores que o orçamento do mais pequeno município do país".

A governadora civil de Viseu, Mónica Costa, discorda da extinção dos governos civis por entender que têm a capacidade de “estabelecer pontes” entre as restantes instituições do distrito e o Governo. Mónica Costa diz ao PÚBLICO que numa fase crítica para a Protecção Civil, por causa dos fogos florestais, está disposta a manter-se no lugar até que o Governo encontre uma solução alternativa.

Mónica Costa, apesar de integrar a equipa do Governo Civil de Viseu, desde 2005, foi empossada governadora a 26 de Abril deste ano, em substituição de Miguel Ginestal que pediu a exoneração do cargo por integrar a lista de deputados pelo PS pelo círculo de Viseu nas últimas eleições legislativas.

Notícia actualizada às 17h09: acrescenta as demissões de Fernando Moniz (Braga) e Manuel Monge (Beja)

Notícia actualizada às 19h54: acrescenta a demissão de Mónica Costa (Viseu)

Ao final da tarde foi confirmada a demissão dos representantes do Governo nos distritos de Faro, Isilda Gomes, e Santarém, Sónia Sanfona.

Em Lisboa, António Galamba, militante do PS, apresentou a demissão ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e publicou-a no Facebook.

Galamba diz que “ao longo dos últimos meses, os governadores civis em funções foram confrontados com uma campanha mediática populista, catalisada por partidos políticos como o PSD e o CDS-PP, centrada na defesa da extinção dos governos civis”.

Acrescenta também que os governos civis foram ignorados e “apresentam uma sustentabilidade financeira invejável, com capacidade de gerar receitas próprias para o funcionamento dos serviços prestados aos cidadãos, para apoiar as forças de segurança e contribuir para o equipamento dos bombeiros voluntários de cada distrito”.

António Galamba lembra ainda que a sociedade portuguesa “está demasiado organizada com base em modelos de compartimentação do território quando as pessoas, as organizações e os fenómenos sociais como a criminalidade, por exemplo, estão em mobilidade”.

“Acresce” – acrescenta – “que, no caso do distrito de Lisboa, os cidadãos estão confrontados com um risco sísmico, por vezes negligenciado, que exige um trabalho de planeamento, de preparação e de criação de rotinas de acção com uma dimensão supra-municipal”.

Por fim, Galamba diz que a sua equipa continuará a “assegurar a gestão do governo civil de Lisboa com particular atenção para as questões da segurança e da defesa da floresta, agora que nos aproximamos da fase Charlie da época crítica de incêndios florestais”.

Já o representante do Governo em Braga, Fernando Moniz, emitiu um comunicado em que dá conta da intenção de apresentar a renúncia ao novo ministro da Administração Interna.

Miguel Macedo “foi informado que o Governo Civil de Braga tem já organizado um conjunto de “dossiers” para serem transmitidos à pessoa que for indicada assegurando-se assim uma transição com toda a informação necessária”, lê-se na nota enviada esta tarde pelo gabinete de Moniz, o dirigente socialista que fez parte da lista de deputados pelo distrito em 2009.

O Governador de Beja já publicou no site oficial a informação de que "apresentou o seu pedido de exoneração ao recém-empossado Senhor Ministro da Administração Interna, após a tomada de posse do Governo". O pedido de exoneração seguiu por fax.

Embora compreenda a decisão do actual Governo de acabar com o cargo de governador civil, Manuel Monge – que foi um dos líderes da revolta das Caldas a 18 de Março de 1974, precussora do 25 de Abril – disse que “ os Governadores civis não podem ser extintos numa penada”.

Manuel Monge, conclui que as despesas de funcionamento, dos 16 Governadores Civis “são menores que o orçamento do mais pequeno município do país".

A governadora civil de Viseu, Mónica Costa, discorda da extinção dos governos civis por entender que têm a capacidade de “estabelecer pontes” entre as restantes instituições do distrito e o Governo. Mónica Costa diz ao PÚBLICO que numa fase crítica para a Protecção Civil, por causa dos fogos florestais, está disposta a manter-se no lugar até que o Governo encontre uma solução alternativa.

Mónica Costa, apesar de integrar a equipa do Governo Civil de Viseu, desde 2005, foi empossada governadora a 26 de Abril deste ano, em substituição de Miguel Ginestal que pediu a exoneração do cargo por integrar a lista de deputados pelo PS pelo círculo de Viseu nas últimas eleições legislativas.

Notícia actualizada às 17h09: acrescenta as demissões de Fernando Moniz (Braga) e Manuel Monge (Beja)

Notícia actualizada às 19h54: acrescenta a demissão de Mónica Costa (Viseu)

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