O Cachimbo de Magritte: Os candidatos e a suspeição

27-01-2012
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O Ministério Público pediu hoje a condenação de Isaltino Morais. Não querendo julgar publicamente o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, os escrúpulos democráticos exigiam ao também candidato autárquico algum pudor na vida pública. Porque a acusação é grave, e coloca em causa o bom nome da democracia, Isaltino Morais devia ter-se afastado até este caso ser resolvido. Mas não, e candidata-se novamente ao cargo.Em Gondomar, caso que conheço relativamente bem, Valentim Loureiro passou os últimos anos nos tribunais, tendo já uma condenação por pena suspensa, que aguarda decisão do recurso. Aqui a história repete-se: Major é candidato e tem desafiado a população a dizer de sua justiça nas urnas.Se em relação a Oeiras não tenho conhecimento profundo, aqui em Gondomar parece-me que os resultados eleitorais de Outubro deverão ser favoráveis ao actual presidente. Como será possível que estes candidatos, acusados pela justiça de crimes graves no exercício das funções, continuem a ter o apoio dos seus eleitores? Até para a dignificação dos cargos públicos, e já que os próprios não assumem essa atitude de transparência de suspender a sua actividade política, porque será que os eleitores continuam a premiar este tipo de candidaturas? Em 2005, Isaltino Morais, Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro saíram vitoriosos das respectivas eleições. Porque será que as pessoas, que estão sempre a queixar-se da falta de seriedade dos nosso políticos, e quando têm a oportunidade de dizer alguma coisa sobre isso, acabam por premiar este tipo de forma de estar na política?Não se trata de condenar nas urnas os potenciais crimes que os autarcas são acusados, mas sim de dignificar a democracia. Será que os portugueses querem "italianizar" o país?


O Ministério Público pediu hoje a condenação de Isaltino Morais. Não querendo julgar publicamente o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, os escrúpulos democráticos exigiam ao também candidato autárquico algum pudor na vida pública. Porque a acusação é grave, e coloca em causa o bom nome da democracia, Isaltino Morais devia ter-se afastado até este caso ser resolvido. Mas não, e candidata-se novamente ao cargo.Em Gondomar, caso que conheço relativamente bem, Valentim Loureiro passou os últimos anos nos tribunais, tendo já uma condenação por pena suspensa, que aguarda decisão do recurso. Aqui a história repete-se: Major é candidato e tem desafiado a população a dizer de sua justiça nas urnas.Se em relação a Oeiras não tenho conhecimento profundo, aqui em Gondomar parece-me que os resultados eleitorais de Outubro deverão ser favoráveis ao actual presidente. Como será possível que estes candidatos, acusados pela justiça de crimes graves no exercício das funções, continuem a ter o apoio dos seus eleitores? Até para a dignificação dos cargos públicos, e já que os próprios não assumem essa atitude de transparência de suspender a sua actividade política, porque será que os eleitores continuam a premiar este tipo de candidaturas? Em 2005, Isaltino Morais, Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro saíram vitoriosos das respectivas eleições. Porque será que as pessoas, que estão sempre a queixar-se da falta de seriedade dos nosso políticos, e quando têm a oportunidade de dizer alguma coisa sobre isso, acabam por premiar este tipo de forma de estar na política?Não se trata de condenar nas urnas os potenciais crimes que os autarcas são acusados, mas sim de dignificar a democracia. Será que os portugueses querem "italianizar" o país?

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