O Cachimbo de Magritte: Luto judaico

27-01-2012
marcar artigo


Tisha b'Av - 9 do mês de Av - 30 de Julho. É o dia mais sombrio do calendário judaico. A partir de hoje às 20h50 e, até amanhã, depois da noite começada, os judeus de todo o mundo, que observam o calendário religioso, estão de luto completo, recordando a destruição do Primeiro Templo, nessa data, em 586 AEC, e do Segundo Templo, nessa data, em 70 EC.30 de Julho de 1492 foi também a data limite dada pelos Reis Católicos aos judeus espanhóis para abandonarem o "país", que fora o seu, pelo menos ao longo dos 1400 anos que antecederam essa catástrofe.Por esses dias, dezenas de milhares de judeus atravessavam a fronteira e entravam em Portugal, tendo o mar pela frente, e, para trás, praticamente a Europa toda vedada, de onde vinham sendo metodicamente expulsos (numa vaga que a historiografia costuma fazer iniciar com a expulsão inglesa de 1290 e se foi arrastando à Alemanha, França, etc., até culminar com o decreto de expulsão espanhol, restando como terra europeia possível a Polónia e certos estados italianos).Aqui terão entrado entre 50 e 100 mil judeus. É possível que a comunidade judaica portuguesa tenha passado a representar entre 10% a 15% da população do reino. Cinco anos depois, D. Manuel faria algo de muito mais grave do que a expulsão total dos judeus: forçá-los-ia à conversão, e proibiria, dois anos depois, sob pena de morte, qualquer tentativa de fuga. A tragédia prolongou-se por três séculos, até ao fim da Inquisição.


Tisha b'Av - 9 do mês de Av - 30 de Julho. É o dia mais sombrio do calendário judaico. A partir de hoje às 20h50 e, até amanhã, depois da noite começada, os judeus de todo o mundo, que observam o calendário religioso, estão de luto completo, recordando a destruição do Primeiro Templo, nessa data, em 586 AEC, e do Segundo Templo, nessa data, em 70 EC.30 de Julho de 1492 foi também a data limite dada pelos Reis Católicos aos judeus espanhóis para abandonarem o "país", que fora o seu, pelo menos ao longo dos 1400 anos que antecederam essa catástrofe.Por esses dias, dezenas de milhares de judeus atravessavam a fronteira e entravam em Portugal, tendo o mar pela frente, e, para trás, praticamente a Europa toda vedada, de onde vinham sendo metodicamente expulsos (numa vaga que a historiografia costuma fazer iniciar com a expulsão inglesa de 1290 e se foi arrastando à Alemanha, França, etc., até culminar com o decreto de expulsão espanhol, restando como terra europeia possível a Polónia e certos estados italianos).Aqui terão entrado entre 50 e 100 mil judeus. É possível que a comunidade judaica portuguesa tenha passado a representar entre 10% a 15% da população do reino. Cinco anos depois, D. Manuel faria algo de muito mais grave do que a expulsão total dos judeus: forçá-los-ia à conversão, e proibiria, dois anos depois, sob pena de morte, qualquer tentativa de fuga. A tragédia prolongou-se por três séculos, até ao fim da Inquisição.

marcar artigo