Política social com dinheiro dos senhorios

16-09-2014
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Política social com dinheiro dos senhorios

Económico

Ontem 00:05

A reforma da Lei do Arrendamento constava do acordo assinado com a ‘troika' em 2011 e foi das primeiras matérias que a ministra então responsável pelo dossiê agarrou.

O óptimo é inimigo do bom, diz o ditado popular e, por isso, as mudanças introduzidas por Assunção Cristas foram um passo relevante com vista a normalizar um sector que continuava a viver com regras, e preços, artificias.

Já se sabia que a reforma do arrendamento não tinha ido tão longe como seria desejável, foi o equilíbrio possível entre senhorios que não poderiam continuar a financiar inquilinos e inquilinos sem condições económicas e sociais para suportar um aumento de uma renda congelada há décadas. E o Estado assumiu a responsabilidade de vir a financiar, a prazo, os casos que se revelassem mais difíceis do ponto de vista social. Agora, no arrendamento comercial, o Governo, e desta vez o ministro Jorge Moreira da Silva, dão um enorme passo atrás no sentido da liberalização do sector, com efeitos nocivos na necessária ‘limpeza' da economia.

Ao alargar e prolongar o período de transição para a liberalização do arrendamento, portanto, para mais empresas e por mais tempo, o Governo decidiu fazer campanha eleitoral com o dinheiro dos outros, dos senhorios que continuarão a financiar negócios alheios.

Política social com dinheiro dos senhorios

Económico

Ontem 00:05

A reforma da Lei do Arrendamento constava do acordo assinado com a ‘troika' em 2011 e foi das primeiras matérias que a ministra então responsável pelo dossiê agarrou.

O óptimo é inimigo do bom, diz o ditado popular e, por isso, as mudanças introduzidas por Assunção Cristas foram um passo relevante com vista a normalizar um sector que continuava a viver com regras, e preços, artificias.

Já se sabia que a reforma do arrendamento não tinha ido tão longe como seria desejável, foi o equilíbrio possível entre senhorios que não poderiam continuar a financiar inquilinos e inquilinos sem condições económicas e sociais para suportar um aumento de uma renda congelada há décadas. E o Estado assumiu a responsabilidade de vir a financiar, a prazo, os casos que se revelassem mais difíceis do ponto de vista social. Agora, no arrendamento comercial, o Governo, e desta vez o ministro Jorge Moreira da Silva, dão um enorme passo atrás no sentido da liberalização do sector, com efeitos nocivos na necessária ‘limpeza' da economia.

Ao alargar e prolongar o período de transição para a liberalização do arrendamento, portanto, para mais empresas e por mais tempo, o Governo decidiu fazer campanha eleitoral com o dinheiro dos outros, dos senhorios que continuarão a financiar negócios alheios.

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