O Cachimbo de Magritte: Quantos votos vale um subsídio?

03-07-2011
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Num ano de crise económica e social, o PS opta por fazer campanha acusando o PSD de pretender privatizar a Segurança Social. A estratégia dos socialistas é propositadamente desonesta, pois não é verdadeira quanto às intenções do PSD, e o seu objectivo é somente impor-se pelo medo, tirar proveito do estigma que a direita tem neste país e explorar a ideia de que quem é pobre só pode estar protegido à esquerda. Aliás, esta visão catastrofista, pela imposição do medo, da necessidade de um Estado Social é um recurso comum em regimes não-democráticos (será que isso interessa a João Cardoso Rosas?). Com a saída do programa eleitoral do PSD, a acusação morrerá. E sem efeitos.A Segurança Social está mal gerida e à beira da bancarrota. É um problema antigo, com o qual este governo não soube lidar, e que começa na cultura de dependência que desenvolve nos seus beneficiários. Anunciar mais subsídios, como os que Sócrates recentemente anunciou, não resolve esse problema; pelo contrário, perpetua-o. Contudo, tem vantagens eleitorais. A dependência dos cidadãos no Estado é, e será sempre, conveniente a quem governa, pois o medo de mudar de governante coincidirá com o medo de perder os benefícios sociais de que se usufrui.Assim, para este PS, pouco importa que a Segurança Social vá falir. Pouco interessa se a minha geração assistirá à sua falência muito antes de conhecer prestações sociais. Pouco preocupa que, até falir, continue a aumentar o número de dependentes de apoios sociais. E pouco importa que, quando falir, não exista uma solução imediata que salve demasiada gente de um problema que, por oportunismo, se tornará irresolúvel. Nada disto interessa, porque este PS só governa para ganhar eleições. O país, entretanto, vai sobrevivendo como pode.


Num ano de crise económica e social, o PS opta por fazer campanha acusando o PSD de pretender privatizar a Segurança Social. A estratégia dos socialistas é propositadamente desonesta, pois não é verdadeira quanto às intenções do PSD, e o seu objectivo é somente impor-se pelo medo, tirar proveito do estigma que a direita tem neste país e explorar a ideia de que quem é pobre só pode estar protegido à esquerda. Aliás, esta visão catastrofista, pela imposição do medo, da necessidade de um Estado Social é um recurso comum em regimes não-democráticos (será que isso interessa a João Cardoso Rosas?). Com a saída do programa eleitoral do PSD, a acusação morrerá. E sem efeitos.A Segurança Social está mal gerida e à beira da bancarrota. É um problema antigo, com o qual este governo não soube lidar, e que começa na cultura de dependência que desenvolve nos seus beneficiários. Anunciar mais subsídios, como os que Sócrates recentemente anunciou, não resolve esse problema; pelo contrário, perpetua-o. Contudo, tem vantagens eleitorais. A dependência dos cidadãos no Estado é, e será sempre, conveniente a quem governa, pois o medo de mudar de governante coincidirá com o medo de perder os benefícios sociais de que se usufrui.Assim, para este PS, pouco importa que a Segurança Social vá falir. Pouco interessa se a minha geração assistirá à sua falência muito antes de conhecer prestações sociais. Pouco preocupa que, até falir, continue a aumentar o número de dependentes de apoios sociais. E pouco importa que, quando falir, não exista uma solução imediata que salve demasiada gente de um problema que, por oportunismo, se tornará irresolúvel. Nada disto interessa, porque este PS só governa para ganhar eleições. O país, entretanto, vai sobrevivendo como pode.

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