Vitória de candidato religioso aumenta tensões com militares

01-07-2012
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A eleição histórica de Mohammad Mursi para o cargo de presidente deixa antever um choque de poder entre o exército e a Irmandade Muçulmana.

A incerteza sobre o futuro do Egipto é cada vez maior, depois de ontem ter sido anunciada a vitória nas primeiras eleições presidenciais livres de sempre do candidato da formação política religiosa Irmandade Muçulmana, Mohammad Mursi.

Segundo os dados ontem anunciados pela comissão eleitoral egípcia, na segunda volta das presidenciais Mursi obteve 51,7% dos votos, superando o seu rival Ahmed Shafiq, ex-primeiro-ministro do deposto ditador Hosni Mubarak, que só conseguiu a preferência de 48,3% dos eleitores. Aafluência às urnas foi de apenas 51%. Após o anúncio da vitória, o porta-voz do presidente, Gehad el-Haddad, reiterou que Mursi tenciona ser "um presidente para todos os Egípcios".

"Não chegámos ao fim do jogo, isto é o início de uma enorme responsabilidade, que vem com mais desafios, os de passar do maior grupo da oposição para liderar o país num ambiente de unidade nacional", disse al-Haddad à al-Jazeera.

Embora a vitória do candidato islamista tenha gerado manifestações de alegria por todo o país, com os populares a entoarem cânticos de "Deus é grande" e "abaixo com o governo militar", os analistas temem uma escalada da disputa entre a Irmandade Muçulmana e os militares pelo controlo efectivo do país. Com efeito, antes da divulgação dos resultados, o Conselho Militar que tem governado o país emitiu decretos que esvaziam os poderes do presidente e dissolveu o parlamento, que era controlado pela Irmandade Muçulmana.

A eleição histórica de Mohammad Mursi para o cargo de presidente deixa antever um choque de poder entre o exército e a Irmandade Muçulmana.

A incerteza sobre o futuro do Egipto é cada vez maior, depois de ontem ter sido anunciada a vitória nas primeiras eleições presidenciais livres de sempre do candidato da formação política religiosa Irmandade Muçulmana, Mohammad Mursi.

Segundo os dados ontem anunciados pela comissão eleitoral egípcia, na segunda volta das presidenciais Mursi obteve 51,7% dos votos, superando o seu rival Ahmed Shafiq, ex-primeiro-ministro do deposto ditador Hosni Mubarak, que só conseguiu a preferência de 48,3% dos eleitores. Aafluência às urnas foi de apenas 51%. Após o anúncio da vitória, o porta-voz do presidente, Gehad el-Haddad, reiterou que Mursi tenciona ser "um presidente para todos os Egípcios".

"Não chegámos ao fim do jogo, isto é o início de uma enorme responsabilidade, que vem com mais desafios, os de passar do maior grupo da oposição para liderar o país num ambiente de unidade nacional", disse al-Haddad à al-Jazeera.

Embora a vitória do candidato islamista tenha gerado manifestações de alegria por todo o país, com os populares a entoarem cânticos de "Deus é grande" e "abaixo com o governo militar", os analistas temem uma escalada da disputa entre a Irmandade Muçulmana e os militares pelo controlo efectivo do país. Com efeito, antes da divulgação dos resultados, o Conselho Militar que tem governado o país emitiu decretos que esvaziam os poderes do presidente e dissolveu o parlamento, que era controlado pela Irmandade Muçulmana.

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