AICEP reforça nos EUA para se ligar a Silicon Valley

17-04-2015
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AICEP reforça nos EUA para se ligar a Silicon Valley

Helena Cristina Coelho

00:05

Agência portuguesa vai reabrir a delegação em São Francisco até Julho. Objectivo é aproximar empresas nacionais se um dos mais inovadores pólos tecnológicos do mundo.

A AICEP prepara-se para reabrir até ao próximo mês de Julho a sua delegação na cidade norte-americana de São Francisco. Estratégia passa por aproximar as empresas portuguesas, sobretudo na área da inovação e das novas tecnologias, de Silicon Valley, um dos principais centros mundiais de empreendedorismo e inovação nessa área. "Portugal tem de estar próximo do berço mundial da tecnologia", adiantou Miguel Frasquilho ao Diário Económico. E, depois de quase três anos ausente, "tem de estar", reforçou o presidente da AICEP.

A agência portuguesa de investimento conta apenas com uma presença em Nova Iorque, o que foi considerado insuficiente. "O mercado americano é ele próprio um imenso mercado, é um continente e, por isso, temos de estar mais presentes", reforçou Miguel Frasquilho. "Até Julho, o mais tardar final do Verão, a delegação em São Francisco estará a funcionar", garantiu.

Este regresso à Califórnia surge integrado num plano estratégico global da AICEP para alargar a cobertura de mercados que representem oportunidades de novos negócios para Portugal. África, Ásia e América Latina são, por isso, os alvos prioritários. "Vamos estar presentes em todos os países da CPLP [países de expressão portuguesa], mas também queremos estar no Gana, na Nigéria, na Coreia do Sul", adianta Miguel Frasquilho. "E, pelo dinamismo que têm revelado e porque quase não chegamos para as encomendas, vamos ainda reforçar na China, no Japão e na Indonésia".

A Ásia é, aliás, uma das regiões que o presidente da AICEP destaca. E usa mesmo o exemplo do Salão Internacional do Mobiliário, em Milão, onde no início desta semana, juntamente com o vice-primeiro-ministro Paulo Portas, visitou as 42 empresas portuguesas presentes. "Basta reparar na enorme quantidade de visitantes orientais que aqui estão em Milão. Há imensas oportunidades na Ásia e, por isso, é uma aposta forte que estamos a fazer nesses países", explica enquanto circulava pelo espaço da Fiera Milano para visitar os pavilhões onde várias marcas nacionais exibiam as suas criações mais inovadoras ou sofisticadas.

A Europa também não foi esquecida nesta estratégia global, estando prevista uma presença física na Suíça, Noruega e Finlândia. No total, remata, são 12 novos mercados em que a AICEP quer promover as empresas e exportações portuguesas. Com um orçamento global de 1,5 milhões de euros para acções de promoção e delegações, a agência tem ainda recorrido aos FDI Scouts, que são quadros especializados na captação de investimento estrangeiro e que estão em processo de selecção para trabalhar com complemento à rede da AICEP. Estes especialistas vão garantir a cobertura de mercados como a América do Norte, a Europa ocidental, Coreia, China e Japão.

AICEP reforça nos EUA para se ligar a Silicon Valley

Helena Cristina Coelho

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Agência portuguesa vai reabrir a delegação em São Francisco até Julho. Objectivo é aproximar empresas nacionais se um dos mais inovadores pólos tecnológicos do mundo.

A AICEP prepara-se para reabrir até ao próximo mês de Julho a sua delegação na cidade norte-americana de São Francisco. Estratégia passa por aproximar as empresas portuguesas, sobretudo na área da inovação e das novas tecnologias, de Silicon Valley, um dos principais centros mundiais de empreendedorismo e inovação nessa área. "Portugal tem de estar próximo do berço mundial da tecnologia", adiantou Miguel Frasquilho ao Diário Económico. E, depois de quase três anos ausente, "tem de estar", reforçou o presidente da AICEP.

A agência portuguesa de investimento conta apenas com uma presença em Nova Iorque, o que foi considerado insuficiente. "O mercado americano é ele próprio um imenso mercado, é um continente e, por isso, temos de estar mais presentes", reforçou Miguel Frasquilho. "Até Julho, o mais tardar final do Verão, a delegação em São Francisco estará a funcionar", garantiu.

Este regresso à Califórnia surge integrado num plano estratégico global da AICEP para alargar a cobertura de mercados que representem oportunidades de novos negócios para Portugal. África, Ásia e América Latina são, por isso, os alvos prioritários. "Vamos estar presentes em todos os países da CPLP [países de expressão portuguesa], mas também queremos estar no Gana, na Nigéria, na Coreia do Sul", adianta Miguel Frasquilho. "E, pelo dinamismo que têm revelado e porque quase não chegamos para as encomendas, vamos ainda reforçar na China, no Japão e na Indonésia".

A Ásia é, aliás, uma das regiões que o presidente da AICEP destaca. E usa mesmo o exemplo do Salão Internacional do Mobiliário, em Milão, onde no início desta semana, juntamente com o vice-primeiro-ministro Paulo Portas, visitou as 42 empresas portuguesas presentes. "Basta reparar na enorme quantidade de visitantes orientais que aqui estão em Milão. Há imensas oportunidades na Ásia e, por isso, é uma aposta forte que estamos a fazer nesses países", explica enquanto circulava pelo espaço da Fiera Milano para visitar os pavilhões onde várias marcas nacionais exibiam as suas criações mais inovadoras ou sofisticadas.

A Europa também não foi esquecida nesta estratégia global, estando prevista uma presença física na Suíça, Noruega e Finlândia. No total, remata, são 12 novos mercados em que a AICEP quer promover as empresas e exportações portuguesas. Com um orçamento global de 1,5 milhões de euros para acções de promoção e delegações, a agência tem ainda recorrido aos FDI Scouts, que são quadros especializados na captação de investimento estrangeiro e que estão em processo de selecção para trabalhar com complemento à rede da AICEP. Estes especialistas vão garantir a cobertura de mercados como a América do Norte, a Europa ocidental, Coreia, China e Japão.

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