PONTE EUROPA: Orçamento de Estado

05-07-2011
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Desconheço o OE/2007 e mingua-me formação macroeconómica para o avaliar. Nem por isso nego o direito de cada cidadão se pronunciar politicamente sobre o documento nem abdico de formar a minha opinião quando o vir discutido na especialidade.Pasmo com o coro de protestos de quem discorda sem conhecer o documento e, sobretudo, dos partidos que não apresentam propostas alternativas.Dizer que o OE deve reduzir as despesas é um desejo que carece de explicações. Miguel Frasquilho, vice-presidente da bancada social-democrata é um ultraliberal que discordou do PSD no consulado de Durão Barroso. Não admira que queira reduzir os gastos com a Função Pública mas surpreende que não diga o que pretende fazer aos funcionários.É fácil atacar um orçamento sobretudo em época de contenção. Difícil é propor uma alternativa credível. Os partidos à esquerda do PS têm formulado críticas coerentes – o que não quer dizer exequíveis –, mas à direita, em especial o PSD, limita-se a cumprir calendário e a dar voz a um ultraliberal.O PSD diz que o Orçamento revela «más opções do Governo». É obrigatório que diga quais seriam as suas. A menos que tenha aderido à cassete neoliberal dos gestores que se perfilam, como abutres, à espera do desmantelamento do Estado social que resta.

Desconheço o OE/2007 e mingua-me formação macroeconómica para o avaliar. Nem por isso nego o direito de cada cidadão se pronunciar politicamente sobre o documento nem abdico de formar a minha opinião quando o vir discutido na especialidade.Pasmo com o coro de protestos de quem discorda sem conhecer o documento e, sobretudo, dos partidos que não apresentam propostas alternativas.Dizer que o OE deve reduzir as despesas é um desejo que carece de explicações. Miguel Frasquilho, vice-presidente da bancada social-democrata é um ultraliberal que discordou do PSD no consulado de Durão Barroso. Não admira que queira reduzir os gastos com a Função Pública mas surpreende que não diga o que pretende fazer aos funcionários.É fácil atacar um orçamento sobretudo em época de contenção. Difícil é propor uma alternativa credível. Os partidos à esquerda do PS têm formulado críticas coerentes – o que não quer dizer exequíveis –, mas à direita, em especial o PSD, limita-se a cumprir calendário e a dar voz a um ultraliberal.O PSD diz que o Orçamento revela «más opções do Governo». É obrigatório que diga quais seriam as suas. A menos que tenha aderido à cassete neoliberal dos gestores que se perfilam, como abutres, à espera do desmantelamento do Estado social que resta.

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