Ministra da Cultura "não tem vocação" para o cargo, diz ator Miguel Guilherme

20-09-2020
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“Acho que a ministra [da Cultura] não tem vocação”. As palavras são do ator Miguel Guilherme. O artista, de 61 anos, deu uma entrevista ao jornal Público, a propósito da peça “Última Hora”, quem tem estreia marcada para 8 de outubro, no Teatro Nacional D. Maria II, e onde irá interpretar Santos Ferreira, diretor do jornal com o mesmo nome.

A propósito de Graça Fonseca, o ator afirma que “qualquer ministro da Cultura em Portugal” tem de assumir o cargo sabendo “que vai levar pancada e estar-se nas tintas para isso”, levando avante aquilo que lhe parece mais correto. No entanto, considera que a atual ministra da Cultura não gosta do cargo que ocupa: “A sensação que tenho sobre esta ministra da Cultura é que não é disto que ela gosta. Dá a sensação que, como política, foi para ali porque tinha de ir para ali, porque alguém lhe pediu”, diz Miguel Guilherme, fazendo referência às polémicas com Graça Fonseca, que lhe chegaram a valer pedidos de demissão.

Recorde-se que a ministra da Cultura, quando confrontada com o facto de a União Audiovisual estar a apoiar entre 150 a 160 trabalhadores em graves dificuldades, se recusou a responder, referindo que aquele era um momento para beber “um drink de fim de tarde”.

“Custa-me muito diabolizar as pessoas. Mas acho que a ministra não tem vocação, a vocação dela provavelmente não é esta”, diz Miguel Guilherme.

Para o ator, o Estado “não assume as suas responsabilidades na cultura” e diz que “a grande precariedade” que se vive no teatro “também faz parte da condição de ser ator”. “O Estado demite-se de ter uma política cultural, que não é distribuir dinheiro e dizer: “Olha está aqui isto, agora dividam entre vocês.” Basta ver como o ensino do teatro nunca teve grande importância na sociedade portuguesa.”

“Acho que a ministra [da Cultura] não tem vocação”. As palavras são do ator Miguel Guilherme. O artista, de 61 anos, deu uma entrevista ao jornal Público, a propósito da peça “Última Hora”, quem tem estreia marcada para 8 de outubro, no Teatro Nacional D. Maria II, e onde irá interpretar Santos Ferreira, diretor do jornal com o mesmo nome.

A propósito de Graça Fonseca, o ator afirma que “qualquer ministro da Cultura em Portugal” tem de assumir o cargo sabendo “que vai levar pancada e estar-se nas tintas para isso”, levando avante aquilo que lhe parece mais correto. No entanto, considera que a atual ministra da Cultura não gosta do cargo que ocupa: “A sensação que tenho sobre esta ministra da Cultura é que não é disto que ela gosta. Dá a sensação que, como política, foi para ali porque tinha de ir para ali, porque alguém lhe pediu”, diz Miguel Guilherme, fazendo referência às polémicas com Graça Fonseca, que lhe chegaram a valer pedidos de demissão.

Recorde-se que a ministra da Cultura, quando confrontada com o facto de a União Audiovisual estar a apoiar entre 150 a 160 trabalhadores em graves dificuldades, se recusou a responder, referindo que aquele era um momento para beber “um drink de fim de tarde”.

“Custa-me muito diabolizar as pessoas. Mas acho que a ministra não tem vocação, a vocação dela provavelmente não é esta”, diz Miguel Guilherme.

Para o ator, o Estado “não assume as suas responsabilidades na cultura” e diz que “a grande precariedade” que se vive no teatro “também faz parte da condição de ser ator”. “O Estado demite-se de ter uma política cultural, que não é distribuir dinheiro e dizer: “Olha está aqui isto, agora dividam entre vocês.” Basta ver como o ensino do teatro nunca teve grande importância na sociedade portuguesa.”

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