Suspeitix: O VOTO CÍNICO

30-06-2011
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Estava marcada para ontem, finalmente, a votação na Assembleia Municipal da proposta camarária que permitiria contrair um financiamento já garantido de 120 milhões de euros para aplicação exclusiva em acções de reabilitação urbana, proposta que, para ser aprovada, requeria maioria absoluta de votos da Assembleia, pelo que seria necessário o voto sim dos deputados municipais do PSD.E o que aconteceu foi o que já tinha sido anunciado, pelo candidato Santana Lopes: aquela proposta de investimento é para chumbar, porque ninguém pode ter a ambição e a capacidade de querer fazer por Lisboa o que o PSD não conseguiu fazer nem se propõe fazer no futuro.Traduzindo por miúdos, o PSD absteve-se, (aplauda-se o acto de coragem da Presidente da Assembleia que votou sim, contráriamente à disciplina de voto imposta) e a dita proposta não reuniu a mairoria de votos necessária, gorando-se assim uma oportunidade de ouro para investir sériamente na cidade e retomar as obras que ficaram paradas por falta de verbas:350 empreitadas para reabilitação de 293 edifícios e infra-estruturas, que incluiam as obras inacabadas das mega-empreitadas Santanistas em vários bairros históricos, a reabilitação de 5 bairros de Marvila e respectivos espaços públicos, bem como a reabilitação de 58 escolas.Fica a perder a cidade e os Lisboetas. Ficam a perder as 879 pessoas que não vão ver tão depressa as suas casas beneficiadas e ficam a peder as 5.000 pessoas que iriam ter oportunidade de ter um posto de trabalho resultante das intervenções a realizar. Ficam a perder as 26.000 pessoas que residem nos 5 bairros de Marvila e ficam a perder os professores e alunos das 58 escolas que iriam ser reabilitadas.Quem ficou a ganhar ou quem irá ganhar com este chumbo? Que interesses levaram o PSD a impôr a disciplina de voto aos seus deputados municipais para inviabilizar esta proposta?Que peso na consciência terão os Presidentes de Junta eleitos pelo PSD que foram obrigados a embarcar nesta santanice? Por exemplo, o de São Nicolau, que apregoa aos 7 ventos a reabilitação da Baixa e que viu, em segundos, ruir uma das maiores aspirações de quem reside e trabalha na Baixa. Ou o dos Anjos, que via ser contemplada uma série de acções na sua freguesia. Ou o de Campolide que tem a escola nº 23 a cair, mas que votou contra a sua reabilitação. Ou o do Socorro, em que o bairro da Mouraria seria beneficiado com muitas e valiosas intervenções. Como se sentem esses autarcas, cúmplices de tamanha asneira, quando encaram agora os seus fregueses?Mas, pior do que aquilo que este PSD possa sentir, é o estado de contínuo desânimo que afecta as populações das zonas que iam ser abrangidas e que, infelizmente, ainda não é desta vez que vêem o seu problema resolvido.O Presidente António Costa já há algum tempo que vinha avisando a população que o PSD ameaçava chumbar a reabilitação urbana em Lisboa. Ontem essa ameaça tornou-se realidade, tal como tinha avisado Santana Lopes.Que os Lisboetas tirem a devida ilação.


Estava marcada para ontem, finalmente, a votação na Assembleia Municipal da proposta camarária que permitiria contrair um financiamento já garantido de 120 milhões de euros para aplicação exclusiva em acções de reabilitação urbana, proposta que, para ser aprovada, requeria maioria absoluta de votos da Assembleia, pelo que seria necessário o voto sim dos deputados municipais do PSD.E o que aconteceu foi o que já tinha sido anunciado, pelo candidato Santana Lopes: aquela proposta de investimento é para chumbar, porque ninguém pode ter a ambição e a capacidade de querer fazer por Lisboa o que o PSD não conseguiu fazer nem se propõe fazer no futuro.Traduzindo por miúdos, o PSD absteve-se, (aplauda-se o acto de coragem da Presidente da Assembleia que votou sim, contráriamente à disciplina de voto imposta) e a dita proposta não reuniu a mairoria de votos necessária, gorando-se assim uma oportunidade de ouro para investir sériamente na cidade e retomar as obras que ficaram paradas por falta de verbas:350 empreitadas para reabilitação de 293 edifícios e infra-estruturas, que incluiam as obras inacabadas das mega-empreitadas Santanistas em vários bairros históricos, a reabilitação de 5 bairros de Marvila e respectivos espaços públicos, bem como a reabilitação de 58 escolas.Fica a perder a cidade e os Lisboetas. Ficam a perder as 879 pessoas que não vão ver tão depressa as suas casas beneficiadas e ficam a peder as 5.000 pessoas que iriam ter oportunidade de ter um posto de trabalho resultante das intervenções a realizar. Ficam a perder as 26.000 pessoas que residem nos 5 bairros de Marvila e ficam a perder os professores e alunos das 58 escolas que iriam ser reabilitadas.Quem ficou a ganhar ou quem irá ganhar com este chumbo? Que interesses levaram o PSD a impôr a disciplina de voto aos seus deputados municipais para inviabilizar esta proposta?Que peso na consciência terão os Presidentes de Junta eleitos pelo PSD que foram obrigados a embarcar nesta santanice? Por exemplo, o de São Nicolau, que apregoa aos 7 ventos a reabilitação da Baixa e que viu, em segundos, ruir uma das maiores aspirações de quem reside e trabalha na Baixa. Ou o dos Anjos, que via ser contemplada uma série de acções na sua freguesia. Ou o de Campolide que tem a escola nº 23 a cair, mas que votou contra a sua reabilitação. Ou o do Socorro, em que o bairro da Mouraria seria beneficiado com muitas e valiosas intervenções. Como se sentem esses autarcas, cúmplices de tamanha asneira, quando encaram agora os seus fregueses?Mas, pior do que aquilo que este PSD possa sentir, é o estado de contínuo desânimo que afecta as populações das zonas que iam ser abrangidas e que, infelizmente, ainda não é desta vez que vêem o seu problema resolvido.O Presidente António Costa já há algum tempo que vinha avisando a população que o PSD ameaçava chumbar a reabilitação urbana em Lisboa. Ontem essa ameaça tornou-se realidade, tal como tinha avisado Santana Lopes.Que os Lisboetas tirem a devida ilação.

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