José Sócrates e Passos Coelho (RTP1 / 20.Maio)

30-06-2011
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Texto inserido de www.rtp.ptNum debate onde foram apresentadas muito poucas propostas concretas sobre o futuro do país, a primeira metade do frente-a-frente entre os líderes do PS e do PSD foi caracterizada por uma autêntico braço de ferro em torno de quem comandava os temas a colocar à discussão. (veja aqui o debate na íntegra) Sócrates começou por apresentar um relatório assinado por Passos Coelho enquanto administrador da Fomentinvest (de 2010, em relação à situação económica de 2009) em que este último assumiu a dimensão internacional da crise financeira portuguesa e, mais à frente, citou diversas posições do presidente do PSD sobre saúde, acusando-o de pretender "destruir" o Serviço Nacional de Saúde. Passos Coelho, pelo contrário, procurou colocar a questão central do debate nos seis anos de Governo de José Sócrates, acusando o secretário-geral do PS de querer discutir as ideias do PSD para encobrir "a vacuidade" do programa do PS, de pretender fugir às suas responsabilidades enquanto primeiro-ministro, depois de deixar o país à beira "da bancarrota", com 700 mil desempregados, de ter cortado salários e prestações sociais. "O senhor vai a votos como primeiro-ministro", mas é espantoso a dificuldade que tem em discutir as suas responsabilidades", disse Passos Coelho, ouvindo a seguinte resposta de Sócrates: "Sou responsável por todas as medidas difíceis, nunca virei a cara às dificuldades, mas o senhor é responsável pela abertura de uma crise política, que levou Portugal a pedir ajuda externa". Sócrates acusa Passos de maledicência O presidente do PSD criticou ainda a execução do Orçamento para 2011 dizendo que a redução da despesa está a ser feita pela metade, o que levou o primeiro-ministro e secretário-geral do PS a acusá-lo de maledicência. "A execução orçamental que foi hoje divulgada e que, pelos vistos, gera a satisfação ao senhor engenheiro Sócrates, gera a maior preocupação para quem pode vir a ser Governo a partir de junho", porque a despesa primária "está a descer pela metade", disse o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, num debate com o secretário-geral do PS, na RTP. Segundo Passos Coelho, "os objetivos fixados para este ano de 5,9 por cento para o défice já não são atingíveis se o resultado da execução orçamental que foi hoje divulgada for projetado para o resto do ano", o que significa que "o engenheiro Sócrates não conseguiu deixar arrefecer o que assinou com a União Europeia e já não está a cumprir". José Sócrates reagiu acusando Passos Coelho de "dizer mal de tudo, até das boas notícias", quando o Governo conseguiu reduzir "75 por cento o défice relativamente ao ano passado", e considerou que é tempo "de parar com a maledicência".


Texto inserido de www.rtp.ptNum debate onde foram apresentadas muito poucas propostas concretas sobre o futuro do país, a primeira metade do frente-a-frente entre os líderes do PS e do PSD foi caracterizada por uma autêntico braço de ferro em torno de quem comandava os temas a colocar à discussão. (veja aqui o debate na íntegra) Sócrates começou por apresentar um relatório assinado por Passos Coelho enquanto administrador da Fomentinvest (de 2010, em relação à situação económica de 2009) em que este último assumiu a dimensão internacional da crise financeira portuguesa e, mais à frente, citou diversas posições do presidente do PSD sobre saúde, acusando-o de pretender "destruir" o Serviço Nacional de Saúde. Passos Coelho, pelo contrário, procurou colocar a questão central do debate nos seis anos de Governo de José Sócrates, acusando o secretário-geral do PS de querer discutir as ideias do PSD para encobrir "a vacuidade" do programa do PS, de pretender fugir às suas responsabilidades enquanto primeiro-ministro, depois de deixar o país à beira "da bancarrota", com 700 mil desempregados, de ter cortado salários e prestações sociais. "O senhor vai a votos como primeiro-ministro", mas é espantoso a dificuldade que tem em discutir as suas responsabilidades", disse Passos Coelho, ouvindo a seguinte resposta de Sócrates: "Sou responsável por todas as medidas difíceis, nunca virei a cara às dificuldades, mas o senhor é responsável pela abertura de uma crise política, que levou Portugal a pedir ajuda externa". Sócrates acusa Passos de maledicência O presidente do PSD criticou ainda a execução do Orçamento para 2011 dizendo que a redução da despesa está a ser feita pela metade, o que levou o primeiro-ministro e secretário-geral do PS a acusá-lo de maledicência. "A execução orçamental que foi hoje divulgada e que, pelos vistos, gera a satisfação ao senhor engenheiro Sócrates, gera a maior preocupação para quem pode vir a ser Governo a partir de junho", porque a despesa primária "está a descer pela metade", disse o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, num debate com o secretário-geral do PS, na RTP. Segundo Passos Coelho, "os objetivos fixados para este ano de 5,9 por cento para o défice já não são atingíveis se o resultado da execução orçamental que foi hoje divulgada for projetado para o resto do ano", o que significa que "o engenheiro Sócrates não conseguiu deixar arrefecer o que assinou com a União Europeia e já não está a cumprir". José Sócrates reagiu acusando Passos Coelho de "dizer mal de tudo, até das boas notícias", quando o Governo conseguiu reduzir "75 por cento o défice relativamente ao ano passado", e considerou que é tempo "de parar com a maledicência".

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