Rescaldo do Congresso
Vencedores:
Ele e JPP serão as duas eminências pardas de MFL, mas é Rui Rio que está agora na primeira linha de sucessão. Logo que anunciadas as Directas, teve de resistir aos cantos de sereia de todos os “sulistas e elitistas” que viam nele o melhor “instrumento” para reconquistarem o partido. Por calculismo (Menezes recandidatar-se-ia certamente para o poder derrotar), condicionantes pessoais, ou por não querer ficar tributário do “eixo Lisboa – Cascais”, teve habilidade q.b. para resistir às pressões, mas mantendo sempre um papel decisivo na escolha da solução. O “empurrão” a MFL para as Directas deve-se-lhe em grande medida e terá sido também da sua lavra o chavão da “credibilidade”, algo facilmente desmontável (e foi-o, embora só na blogosfera), mas que colou bem em campanha à imagem de mãezinha severa e taciturna da candidata.
Nas Directas, o peso político de Rui Rio foi relevantíssimo no distrito do Porto, onde se deparava com uma “missão impossível”: fazer uma campanha no terreno sem “tropas”, inclusivamente no seu próprio concelho em que se confrontou com a “traição” dos seus “fiéis”, liderados por Sérgio Vieira, que se juntaram ao aparelho de Marco António no apoio a Pedro Passos Coelho. Conseguiu porém formar um “exército de emergência” em tempo record, apelando a alguns núcleos do concelho, a quase todos os presidentes de câmaras laranjas do distrito e reactivando a antiga máquina de Cavaco para as presidenciais.
O resultado no distrito do Porto foi decisivo para a vitória de MFL a nível nacional, embora com a preciosa “ajuda” de PSL, que dividiu as hostes menezistas. Quando se esperava uma vitória esmagadora de PPC por cerca de 3.000 votos de diferença (tal fora a “promessa” de Marco António), ela reduziu-se a um quase empate (vitória por apenas 40 votos, 37,5% contra 36,6%), com MFL a ganhar em 9 dos 18 concelhos do distrito, 6 dos quais integrando a Área Metropolitana do Porto. Foi ainda um dos poucos distritos (5 em 23) em que MFL viu a sua votação subir mais expressivamente em percentagem (+6,4 pontos percentuais), face aos resultados obtidos por Marques Mendes nas Directas de 2007. No concelho do Porto, MFL obteve a sua 2ª melhor votação no distrito (52,3%, apenas superada pelos 57,6% da Trofa) mas, nas eleições simultâneas para delegados ao Congresso, Rui Rio obteve 60% numa lista por si encabeçada, “esmagando” a concorrência da lista “passista” liderada por Sérgio Vieira e de uma lista “independente” liderada por Luís Artur Pereira, também integrada por este vosso escriba.
Eleito em Congresso para a 1ª Vice-Presidência, vai ter um papel preponderante na Comissão Permanente, o verdadeiro centro de decisão política, que integra para além da Presidente, os 6 Vice-Presidentes, o Secretário-Geral e o líder parlamentar. Deste grupo, ser-lhe-ão sempre afectos, para além da própria Presidente, António Borges, Aguiar-Branco, Castro Almeida e o futuro líder parlamentar Paulo Rangel. Nuno Morais Sarmento, que também gostaria de se apresentar como “delfim”, foi “relegado” para o Conselho de Jurisdição, onde lhe é “vedado” fazer política activa. A partir da comissão Permanente, Rui Rio irá consolidar poder e influência por todo o partido, amealhando o “lastro” para se apresentar com mais segurança a futuras Directas. O que acontecerá já em 2009 em caso de derrota eleitoral nas legislativas ou em 2012, em caso de vitória, representando uma indigitação antecipada do candidato a 2013.
Consolidou-se como challenger incontornável para qualquer liderança futura e apresentou-se como a alternativa liberal de um partido que tem vivido na alternância autofágica entre urbanos/elitistas/notáveis e rurais/basistas/populistas. Fez o discurso mais político do congresso, num estilo conciliador e cativante em que não cabem ressentimentos pessoais e lhe granjeia simpatias generalizadas. Mas encostou MFL literalmente às cordas, desafiando-a a esclarecer o que a diferencia do PS e a optar entre políticas liberalizantes ou socializantes. Rui Rio procurou responder-lhe de forma vaga, mais com a emoção – que dá muitas palmas nos Congressos – do que com a razão, mas não conseguiu melhor do que contrapôr o “estatismo bom” do PSD.
Chegou ao Congresso com um terço dos delegados, mas teve de se confrontar com a guerra de lugares – o verdadeiro leit-motiv destes conclaves partidários – ateada não se sabe se por si se pela Distrital do Porto, que supostamente exigia uma mão cheia de conselheiros nacionais. Teve a firmeza para dizer não – algo sempre de realçar num político – conseguiu minimizar as perdas com a obtenção de 16 conselheiros, apenas menos 4 que MFL e a enorme distância da lista santanista (5) e, melhor ainda, apagou o “ferrete” que representava a sua associação a Marco António.
As Directas deram-lhe uma notoriedade pública que não tinha e os 31,5% que nelas obteve representam um capital passível de render juros elevados: seja pela cooperação que não regateou a MFL, seja pela alternativa que sempre corporizará após um eventual falhanço. Nessa altura, vê-lo-emos a medir forças com Rui Rio.
Vencidos:
Entrou na curva descendente, como eu já havia palpitado e agora talvez não haja travessias do deserto que o recomponham. Mantém o mesmo discurso de há anos, sempre impregnado de uma forte carga de vitimização e ressabiamentos pessoais. Ainda atrai aplausos, microfones e holofotes, ou não fossemos um povo de “comadres” imbatíveis na maledicência, mas rende cada vez menos votos. Teve uma votação nas Directas bastante superior ao que se esperaria, fruto em grande medida de um voto muito localizado. Foi aqui decisivo o apoio activo de algumas distritais (casos da Madeira e de Faro) e a aposta nas maiores Secções concelhias em que a “cacicagem” se revelou bastante eficaz. No conjunto das 13 Secções gigantes (aquelas com mais de 1.000 eleitores, superiores por si só a algumas distritais), PSL obteve 40,5%. A concentração a seu favor ainda foi mais acentuada nas 5 maiores Secções (Gaia, Trofa, Famalicão, Vila Verde e Porto) em que obteve 50%, arrasando literalmente em Vila Verde (86,3%) e Famalicão (74,2%) e vencendo com uns expressivos 43% em Gaia, o “feudo” de Menezes e Marco António. Na maioria das Secções, em que a sua votação foi mais exígua, não chegou sequer a eleger delegados ao Congresso e, os poucos que elegeu, acabaram por se fraccionar em 2 listas ao Conselho Nacional. A pulverização é, aliás, o destino inevitável de todos os movimentos formados em função do carisma e dos interesses do seu líder.
O seu narcisismo continua em alta e fará com que continue a “andar por aí”. Em 2011, tentará a presidência da República.
Em grande medida por culpa de Menezes, Marco António saiu “mui mal ferido” de toda esta refrega Directas/Congresso. Se estava a construir uma agenda própria, Menezes trocou-lhe as voltas quando se demitiu de presidente do partido. A vitória de MFL e o reforço da influência de Rui Rio no distrito, deixou Menezes confinado apenas à Câmara de Gaia e travou as aspirações de Marco António em ascender à presidência, estando condenado a manter-se na sombra do seu “padrinho”. A estratégia errática de Menezes nas Directas, repartindo apoios por PPC e PSL e as suas entrevistas no final da campanha “espumando” de raiva contra MFL, deram um contributo fundamental para a vitória desta. O Porto foi aliás o único distrito em que o conjunto PPC/PSL teve uma votação inferior a Menezes nas Directas de 2007 (menos 901 votos, uma redução de quase 4%, que terão engrossado a abstenção). No Congresso, nova derrota com a “cisão” das listas de PPC motivada pela habitual barganha de lugares. Subsistem ainda dúvidas quanto ao real motivo que despoletou esta separação: se a habitual insaciabilidade do aparelho, se uma deliberada intransigência de PPC para se ver livre de um aliado incómodo. Mas Marco António ficou a perder, pois elegeu apenas 3 conselheiros nacionais, menos do que teria garantido na lista de PPC. Fragilizado como ficou, poderá ainda ter de se confrontar com uma revolta das suas “hostes”, eventualmente com o patrocínio de Rui Rio, que não desdenharia arredá-lo da distrital.
“Atrelados”:
Não se deu por Aguiar-Branco no Congresso. Desde 2007 que se vem manifestando sempre disponível para tudo quanto é lugar vago, mas na hora da verdade, ou não se apresenta a votos ou é irremediavelmente ultrapassado e engolido no turbilhão das ambições de outrém. A sua última “derrota” aconteceu com a liderança parlamentar, perdida a favor do seu ex-secretário de Estado, Paulo Rangel. Irá continuar na sombra de Rui Rio que, depois de o ter “puxado” para uma das vice-presidências, lhe atribuirá porventura um irrecusável “prémio de consolação”: a liderança da lista para o Parlamento Europeu.
O eterno salvador da pátria, homem com melhor imprensa do que a que teve Barroso quando era o “delfim” mais desejado, sempre com um microfone e uma câmara disponível ao mínimo sinal de turbulência no país ou nas hostes laranjas. No Congresso de Pombal de 2005 que entronizou Marques Mendes, António Borges ainda tentou ir buscar lã, mas ia saindo tosquiado. Agora foi mais “pragmático” e refugiou-se no “colo” de MFL e Rui Rio. Ganhará peso político se amanhã chegar a ministro das finanças.
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Rescaldo do Congresso
Vencedores:
Ele e JPP serão as duas eminências pardas de MFL, mas é Rui Rio que está agora na primeira linha de sucessão. Logo que anunciadas as Directas, teve de resistir aos cantos de sereia de todos os “sulistas e elitistas” que viam nele o melhor “instrumento” para reconquistarem o partido. Por calculismo (Menezes recandidatar-se-ia certamente para o poder derrotar), condicionantes pessoais, ou por não querer ficar tributário do “eixo Lisboa – Cascais”, teve habilidade q.b. para resistir às pressões, mas mantendo sempre um papel decisivo na escolha da solução. O “empurrão” a MFL para as Directas deve-se-lhe em grande medida e terá sido também da sua lavra o chavão da “credibilidade”, algo facilmente desmontável (e foi-o, embora só na blogosfera), mas que colou bem em campanha à imagem de mãezinha severa e taciturna da candidata.
Nas Directas, o peso político de Rui Rio foi relevantíssimo no distrito do Porto, onde se deparava com uma “missão impossível”: fazer uma campanha no terreno sem “tropas”, inclusivamente no seu próprio concelho em que se confrontou com a “traição” dos seus “fiéis”, liderados por Sérgio Vieira, que se juntaram ao aparelho de Marco António no apoio a Pedro Passos Coelho. Conseguiu porém formar um “exército de emergência” em tempo record, apelando a alguns núcleos do concelho, a quase todos os presidentes de câmaras laranjas do distrito e reactivando a antiga máquina de Cavaco para as presidenciais.
O resultado no distrito do Porto foi decisivo para a vitória de MFL a nível nacional, embora com a preciosa “ajuda” de PSL, que dividiu as hostes menezistas. Quando se esperava uma vitória esmagadora de PPC por cerca de 3.000 votos de diferença (tal fora a “promessa” de Marco António), ela reduziu-se a um quase empate (vitória por apenas 40 votos, 37,5% contra 36,6%), com MFL a ganhar em 9 dos 18 concelhos do distrito, 6 dos quais integrando a Área Metropolitana do Porto. Foi ainda um dos poucos distritos (5 em 23) em que MFL viu a sua votação subir mais expressivamente em percentagem (+6,4 pontos percentuais), face aos resultados obtidos por Marques Mendes nas Directas de 2007. No concelho do Porto, MFL obteve a sua 2ª melhor votação no distrito (52,3%, apenas superada pelos 57,6% da Trofa) mas, nas eleições simultâneas para delegados ao Congresso, Rui Rio obteve 60% numa lista por si encabeçada, “esmagando” a concorrência da lista “passista” liderada por Sérgio Vieira e de uma lista “independente” liderada por Luís Artur Pereira, também integrada por este vosso escriba.
Eleito em Congresso para a 1ª Vice-Presidência, vai ter um papel preponderante na Comissão Permanente, o verdadeiro centro de decisão política, que integra para além da Presidente, os 6 Vice-Presidentes, o Secretário-Geral e o líder parlamentar. Deste grupo, ser-lhe-ão sempre afectos, para além da própria Presidente, António Borges, Aguiar-Branco, Castro Almeida e o futuro líder parlamentar Paulo Rangel. Nuno Morais Sarmento, que também gostaria de se apresentar como “delfim”, foi “relegado” para o Conselho de Jurisdição, onde lhe é “vedado” fazer política activa. A partir da comissão Permanente, Rui Rio irá consolidar poder e influência por todo o partido, amealhando o “lastro” para se apresentar com mais segurança a futuras Directas. O que acontecerá já em 2009 em caso de derrota eleitoral nas legislativas ou em 2012, em caso de vitória, representando uma indigitação antecipada do candidato a 2013.
Consolidou-se como challenger incontornável para qualquer liderança futura e apresentou-se como a alternativa liberal de um partido que tem vivido na alternância autofágica entre urbanos/elitistas/notáveis e rurais/basistas/populistas. Fez o discurso mais político do congresso, num estilo conciliador e cativante em que não cabem ressentimentos pessoais e lhe granjeia simpatias generalizadas. Mas encostou MFL literalmente às cordas, desafiando-a a esclarecer o que a diferencia do PS e a optar entre políticas liberalizantes ou socializantes. Rui Rio procurou responder-lhe de forma vaga, mais com a emoção – que dá muitas palmas nos Congressos – do que com a razão, mas não conseguiu melhor do que contrapôr o “estatismo bom” do PSD.
Chegou ao Congresso com um terço dos delegados, mas teve de se confrontar com a guerra de lugares – o verdadeiro leit-motiv destes conclaves partidários – ateada não se sabe se por si se pela Distrital do Porto, que supostamente exigia uma mão cheia de conselheiros nacionais. Teve a firmeza para dizer não – algo sempre de realçar num político – conseguiu minimizar as perdas com a obtenção de 16 conselheiros, apenas menos 4 que MFL e a enorme distância da lista santanista (5) e, melhor ainda, apagou o “ferrete” que representava a sua associação a Marco António.
As Directas deram-lhe uma notoriedade pública que não tinha e os 31,5% que nelas obteve representam um capital passível de render juros elevados: seja pela cooperação que não regateou a MFL, seja pela alternativa que sempre corporizará após um eventual falhanço. Nessa altura, vê-lo-emos a medir forças com Rui Rio.
Vencidos:
Entrou na curva descendente, como eu já havia palpitado e agora talvez não haja travessias do deserto que o recomponham. Mantém o mesmo discurso de há anos, sempre impregnado de uma forte carga de vitimização e ressabiamentos pessoais. Ainda atrai aplausos, microfones e holofotes, ou não fossemos um povo de “comadres” imbatíveis na maledicência, mas rende cada vez menos votos. Teve uma votação nas Directas bastante superior ao que se esperaria, fruto em grande medida de um voto muito localizado. Foi aqui decisivo o apoio activo de algumas distritais (casos da Madeira e de Faro) e a aposta nas maiores Secções concelhias em que a “cacicagem” se revelou bastante eficaz. No conjunto das 13 Secções gigantes (aquelas com mais de 1.000 eleitores, superiores por si só a algumas distritais), PSL obteve 40,5%. A concentração a seu favor ainda foi mais acentuada nas 5 maiores Secções (Gaia, Trofa, Famalicão, Vila Verde e Porto) em que obteve 50%, arrasando literalmente em Vila Verde (86,3%) e Famalicão (74,2%) e vencendo com uns expressivos 43% em Gaia, o “feudo” de Menezes e Marco António. Na maioria das Secções, em que a sua votação foi mais exígua, não chegou sequer a eleger delegados ao Congresso e, os poucos que elegeu, acabaram por se fraccionar em 2 listas ao Conselho Nacional. A pulverização é, aliás, o destino inevitável de todos os movimentos formados em função do carisma e dos interesses do seu líder.
O seu narcisismo continua em alta e fará com que continue a “andar por aí”. Em 2011, tentará a presidência da República.
Em grande medida por culpa de Menezes, Marco António saiu “mui mal ferido” de toda esta refrega Directas/Congresso. Se estava a construir uma agenda própria, Menezes trocou-lhe as voltas quando se demitiu de presidente do partido. A vitória de MFL e o reforço da influência de Rui Rio no distrito, deixou Menezes confinado apenas à Câmara de Gaia e travou as aspirações de Marco António em ascender à presidência, estando condenado a manter-se na sombra do seu “padrinho”. A estratégia errática de Menezes nas Directas, repartindo apoios por PPC e PSL e as suas entrevistas no final da campanha “espumando” de raiva contra MFL, deram um contributo fundamental para a vitória desta. O Porto foi aliás o único distrito em que o conjunto PPC/PSL teve uma votação inferior a Menezes nas Directas de 2007 (menos 901 votos, uma redução de quase 4%, que terão engrossado a abstenção). No Congresso, nova derrota com a “cisão” das listas de PPC motivada pela habitual barganha de lugares. Subsistem ainda dúvidas quanto ao real motivo que despoletou esta separação: se a habitual insaciabilidade do aparelho, se uma deliberada intransigência de PPC para se ver livre de um aliado incómodo. Mas Marco António ficou a perder, pois elegeu apenas 3 conselheiros nacionais, menos do que teria garantido na lista de PPC. Fragilizado como ficou, poderá ainda ter de se confrontar com uma revolta das suas “hostes”, eventualmente com o patrocínio de Rui Rio, que não desdenharia arredá-lo da distrital.
“Atrelados”:
Não se deu por Aguiar-Branco no Congresso. Desde 2007 que se vem manifestando sempre disponível para tudo quanto é lugar vago, mas na hora da verdade, ou não se apresenta a votos ou é irremediavelmente ultrapassado e engolido no turbilhão das ambições de outrém. A sua última “derrota” aconteceu com a liderança parlamentar, perdida a favor do seu ex-secretário de Estado, Paulo Rangel. Irá continuar na sombra de Rui Rio que, depois de o ter “puxado” para uma das vice-presidências, lhe atribuirá porventura um irrecusável “prémio de consolação”: a liderança da lista para o Parlamento Europeu.
O eterno salvador da pátria, homem com melhor imprensa do que a que teve Barroso quando era o “delfim” mais desejado, sempre com um microfone e uma câmara disponível ao mínimo sinal de turbulência no país ou nas hostes laranjas. No Congresso de Pombal de 2005 que entronizou Marques Mendes, António Borges ainda tentou ir buscar lã, mas ia saindo tosquiado. Agora foi mais “pragmático” e refugiou-se no “colo” de MFL e Rui Rio. Ganhará peso político se amanhã chegar a ministro das finanças.