Generalizações

05-11-2013
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Louçã indigna-se com este título do EXPRESSO: “Deputado do BE João Semedo foi sócio do BPN numa clínica do Porto”. E indigna-se bem porque lendo o texto o título não é de facto adequado. Aliás mesmo que Semedo tivesse sido sócio do BPN não lhe era de modo algum exigivel que estivesse informado sobre o que se passava naquele banco. Infelizmente Louçã não aplica esta bitola àqueles que não são do BE. Supondo que Semedo era deputado do CDS, do PSD ou até daquela parte do PS com que o BE não simpatiza e os olhinhos de Louçã brilhariam neste momento. Seria uma catadupa de acusações de negociatas e roubalheiras. Por exemplo este parágrafo da defesa de Semedo feita por Louçã “João Semedo criou uma clínica com outros médicos (1994). Associou-se então a uma companhia de seguros, que nada tinha que ver com o BPN. Anos mais tarde, o BPN comprou essa companhia de seguros (1999), sem que naturalmente houvesse qualquer conhecimento prévio, interferência ou decisão nesse sentido por parte dos médicos que faziam parte da clínica. Semedo abandonou a empresa logo depois (2000). Em 2000, ninguém conhecia qualquer irregularidade no BPN nem em qualquer das suas empresas. Isso só se soube muito mais tarde, em 2007.” seria mais ou menos assim caso Semedo não fosse do BE: A negociata começou em 1994. Com outros médicos criou uma clínica mas teve de arranjar um sócio que lhe garantisse clientes. Foi esse sócio uma companhia de seguros. Oram vejam a feliz coincidência quem haveria de aparecer interessado nessa companhia de seguros? O BPN. Eles dizem que não sabiam previamente que ia comprar a companhia de seguros. E nós dizemos que vamos fazer de conta que acreditamos nessa história da carochinha. E também fazemos de conta que só em 2007 se soube das irregularidades do BPN. Enfim é muito fazer de conta. Porque é assim que eles financiam os negócios de favor com que têm roubado o país.

Todos os dias Louçã faz este exercício de populismo puro sobre os mais variados assuntos. E toda a gente acha esse um direito natural da esquerda em geral e de Louçã em particular. Talvez o sucedido com João Semedo sirva para lhes atenuar os ímpetos inquisitoriais e tornar mais evidentemente insuportável aquela diatribe constante.

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Louçã indigna-se com este título do EXPRESSO: “Deputado do BE João Semedo foi sócio do BPN numa clínica do Porto”. E indigna-se bem porque lendo o texto o título não é de facto adequado. Aliás mesmo que Semedo tivesse sido sócio do BPN não lhe era de modo algum exigivel que estivesse informado sobre o que se passava naquele banco. Infelizmente Louçã não aplica esta bitola àqueles que não são do BE. Supondo que Semedo era deputado do CDS, do PSD ou até daquela parte do PS com que o BE não simpatiza e os olhinhos de Louçã brilhariam neste momento. Seria uma catadupa de acusações de negociatas e roubalheiras. Por exemplo este parágrafo da defesa de Semedo feita por Louçã “João Semedo criou uma clínica com outros médicos (1994). Associou-se então a uma companhia de seguros, que nada tinha que ver com o BPN. Anos mais tarde, o BPN comprou essa companhia de seguros (1999), sem que naturalmente houvesse qualquer conhecimento prévio, interferência ou decisão nesse sentido por parte dos médicos que faziam parte da clínica. Semedo abandonou a empresa logo depois (2000). Em 2000, ninguém conhecia qualquer irregularidade no BPN nem em qualquer das suas empresas. Isso só se soube muito mais tarde, em 2007.” seria mais ou menos assim caso Semedo não fosse do BE: A negociata começou em 1994. Com outros médicos criou uma clínica mas teve de arranjar um sócio que lhe garantisse clientes. Foi esse sócio uma companhia de seguros. Oram vejam a feliz coincidência quem haveria de aparecer interessado nessa companhia de seguros? O BPN. Eles dizem que não sabiam previamente que ia comprar a companhia de seguros. E nós dizemos que vamos fazer de conta que acreditamos nessa história da carochinha. E também fazemos de conta que só em 2007 se soube das irregularidades do BPN. Enfim é muito fazer de conta. Porque é assim que eles financiam os negócios de favor com que têm roubado o país.

Todos os dias Louçã faz este exercício de populismo puro sobre os mais variados assuntos. E toda a gente acha esse um direito natural da esquerda em geral e de Louçã em particular. Talvez o sucedido com João Semedo sirva para lhes atenuar os ímpetos inquisitoriais e tornar mais evidentemente insuportável aquela diatribe constante.

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