Grândola vila morena, terra da comicidade

06-12-2014
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Depois aprendi a vestir-me dessa pobreza. Isto é: a habitá-la. Ouvir de antepassados, das mortes de filhos à sorte de surtos sem estado social, da partilha com o afeto da proximidade, da ausência de alternativa, de ausência de um grito a reclamar que reclamassem a cidadania dos direitos e não do assistencialismo fascista.

Vesti-me dessa pobreza. Para poder ser a pobreza, isto é, ser o outro, e falar dela sem truques mas sempre assumindo um discurso ideológico. Porque para pobreza, basta a pobreza.

Assisti a um caminho de redução gradual e sustentada dos níveis de pobreza. Cada pobre atirava-me para a responsabilidade coletiva da erradicação do horror da indignidade, mas assisti a esse caminho. Sei que se deveu às mãos de muita gente, do Estado e da sociedade.

Não percebo por que razão este Governo apostou no “empobrecimento regenerador”, não percebo por que razão este Governo preferiu a abstração ao país real e destruindo a classe média cortou as pernas aos pobres.

Depois aprendi a vestir-me dessa pobreza. Isto é: a habitá-la. Ouvir de antepassados, das mortes de filhos à sorte de surtos sem estado social, da partilha com o afeto da proximidade, da ausência de alternativa, de ausência de um grito a reclamar que reclamassem a cidadania dos direitos e não do assistencialismo fascista.

Vesti-me dessa pobreza. Para poder ser a pobreza, isto é, ser o outro, e falar dela sem truques mas sempre assumindo um discurso ideológico. Porque para pobreza, basta a pobreza.

Assisti a um caminho de redução gradual e sustentada dos níveis de pobreza. Cada pobre atirava-me para a responsabilidade coletiva da erradicação do horror da indignidade, mas assisti a esse caminho. Sei que se deveu às mãos de muita gente, do Estado e da sociedade.

Não percebo por que razão este Governo apostou no “empobrecimento regenerador”, não percebo por que razão este Governo preferiu a abstração ao país real e destruindo a classe média cortou as pernas aos pobres.

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