O guinchar do reco antes da matança

04-07-2015
marcar artigo

O guinchar do reco antes da matança

Devem começar a reparar – mesmo na agradável distração que permite encontrar em António Costa a determinação messiânica para o chasquear de patranhas – um intenso guinchar, inicialmente abespinhado, agora já exuberantemente dotado de acromegalia do porco antes da matança, agudo, arrebatado, tumultuosamente condenado ao rasgar de um ventre já de si dilacerado de estonteante boçalidade.

Paulo Pereira de Almeida, com “Austeridade: um projecto nazi”, segue a argumentação iniciada por outras pessoas unidas pelo traço unificador – a saber, o ódio a Passos Coelho – em séries como o já clássico “Zona de desastre” de Viriato Soromenho-Marques ou ainda do colectivo comunal cooperante encabeçado por Pacheco Pereira, que com Manuel Alegre, Francisco Louçã, Freitas do Amaral e esse portento da matemática transcendental dos comunistas, Eugénio Rosa, fala em “ditadura” e “ultimato”.

O ódio a Passos Coelho justifica tudo? Sim: à falta de judeus para culpar pelo descalabro económico – razão tornada politicamente incorrecta através do próprio holocausto -, há sempre alemães, a sua sinédoque na figura de Merkel e o governo português, o tal que, apesar do empate nas sondagens, só é apoiado por gente má, bandidos não-humanistas ou, pelo menos, plebeus fora dos meios académicos onde a igualdade é piramidal – “nós pensamos, vocês pagam para que pensemos”.

É aqui que está o problema: é nos institutos, universidades, observatórios, movimentos “da cidadania” e todos os meandros do poder disfarçados pela capa da elite de pé-rapado que os mamíferos são todos iguais mas a porcaria que emitem é excessivamente mais igual.

Não devemos, porém, censurar este tipo de argumentação orientada para o mínimo QI comum da sociedade portuguesa. Devemos celebrar, de forma exultante, ritualista, todos estes espasmos com guinchos do reco que cheira a morte do seu irmão, compreendendo o seu destino, o fado, o inevitável sacrifício para que possamos usufruir de belos enchidos. Ave Imperator, morituri te salutant. Mas não sem guinchar.

O guinchar do reco antes da matança

Devem começar a reparar – mesmo na agradável distração que permite encontrar em António Costa a determinação messiânica para o chasquear de patranhas – um intenso guinchar, inicialmente abespinhado, agora já exuberantemente dotado de acromegalia do porco antes da matança, agudo, arrebatado, tumultuosamente condenado ao rasgar de um ventre já de si dilacerado de estonteante boçalidade.

Paulo Pereira de Almeida, com “Austeridade: um projecto nazi”, segue a argumentação iniciada por outras pessoas unidas pelo traço unificador – a saber, o ódio a Passos Coelho – em séries como o já clássico “Zona de desastre” de Viriato Soromenho-Marques ou ainda do colectivo comunal cooperante encabeçado por Pacheco Pereira, que com Manuel Alegre, Francisco Louçã, Freitas do Amaral e esse portento da matemática transcendental dos comunistas, Eugénio Rosa, fala em “ditadura” e “ultimato”.

O ódio a Passos Coelho justifica tudo? Sim: à falta de judeus para culpar pelo descalabro económico – razão tornada politicamente incorrecta através do próprio holocausto -, há sempre alemães, a sua sinédoque na figura de Merkel e o governo português, o tal que, apesar do empate nas sondagens, só é apoiado por gente má, bandidos não-humanistas ou, pelo menos, plebeus fora dos meios académicos onde a igualdade é piramidal – “nós pensamos, vocês pagam para que pensemos”.

É aqui que está o problema: é nos institutos, universidades, observatórios, movimentos “da cidadania” e todos os meandros do poder disfarçados pela capa da elite de pé-rapado que os mamíferos são todos iguais mas a porcaria que emitem é excessivamente mais igual.

Não devemos, porém, censurar este tipo de argumentação orientada para o mínimo QI comum da sociedade portuguesa. Devemos celebrar, de forma exultante, ritualista, todos estes espasmos com guinchos do reco que cheira a morte do seu irmão, compreendendo o seu destino, o fado, o inevitável sacrifício para que possamos usufruir de belos enchidos. Ave Imperator, morituri te salutant. Mas não sem guinchar.

marcar artigo