A única análise que interessa ao documento do PS é que é do PS

24-04-2015
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A única análise que interessa ao documento do PS é que é do PS

A proposta do PS é ganhar eleições enterrando o socialismo, a única forma de o regenerar. Não é garantido que consiga a primeira. A segunda é linear: não sendo o PS a regenerar o socialismo em Portugal, o PSD+CDS tratarão de o manter vivo, tal como Pilatos, que flagelando Barrabás só conseguiu exacerbar o desejo da sua libertação em detrimento de Cristo. É a nossa cruz.

Louçã e Bagão Félix, dois dos subscritores do manifesto dos 74 – manifesto este subscrito por João Galamba e Paulo Trigo Pereira, os únicos sobreviventes repescados para “Uma década para Portugal” -, estão irritados com a proposta, que consideram a continuidade das políticas de direita com cedências (se bem que dispendiosas) de meras tretas que aparentem ser sociais o suficiente para a lata dos socialistas não ir além da dose habitual. O documento mostra na perfeição o que acontece no Partido Socialista quando há o cheiro de uma moedinha e lugares para distribuir num bolso.

O governo, para infortúnio dos pouquíssimos liberais portugueses, manteve o socialismo a flutuar durante 4 anos, cortando a despesa mas mantendo o sonho de regresso em pleno da estrutura que permite o eventual regresso do natural carrasco dos delírios esquerdistas em Portugal, o Partido Socialista. Não é por acaso que se usa o termo “reposição” para salários e pensões. É assim que tem que ser: o ónus das privatizações, desregulações, modernizações, cortes e liberalizações é, invariavelmente, do Partido Socialista, por uma questão de sobrevivência, sobrevivência esta que nunca estará em causa, nem que isso acarrete uma bancarrota espectacular. Recordemos que “o PS dá”, os outros tiram.

Como sempre na esquerda – que anda sempre à espera da utópica união – a proliferação de tretismos delirantes mais ou menos syrizicos que se multiplica em manifestos, movimentos, novos partidos e um prodigioso tempo de antena, implode em si mesma quando os DDT chegarem ao poder. A única barreira entre Costa e o poder é a sua incapacidade mais que notória para perceber o que quer que seja enquanto afagado no seu ego de mero testa-de-ferro. Até Soares, que está há muito debilitado para tudo que não seja a subsistência do seu PS, percebeu isso, colocando-se, como habitualmente, do lado dos seus mais ferozes inimigos.

O documento dos socialistas é um bom documento para o fado português. E não é preciso tretas sobre “fazer o futuro com conhecimento dos comportamentos conhecidos”: Costa precisa tanto de burros a aconselhá-lo como nós precisamos do Costa.

A única análise que interessa ao documento do PS é que é do PS

A proposta do PS é ganhar eleições enterrando o socialismo, a única forma de o regenerar. Não é garantido que consiga a primeira. A segunda é linear: não sendo o PS a regenerar o socialismo em Portugal, o PSD+CDS tratarão de o manter vivo, tal como Pilatos, que flagelando Barrabás só conseguiu exacerbar o desejo da sua libertação em detrimento de Cristo. É a nossa cruz.

Louçã e Bagão Félix, dois dos subscritores do manifesto dos 74 – manifesto este subscrito por João Galamba e Paulo Trigo Pereira, os únicos sobreviventes repescados para “Uma década para Portugal” -, estão irritados com a proposta, que consideram a continuidade das políticas de direita com cedências (se bem que dispendiosas) de meras tretas que aparentem ser sociais o suficiente para a lata dos socialistas não ir além da dose habitual. O documento mostra na perfeição o que acontece no Partido Socialista quando há o cheiro de uma moedinha e lugares para distribuir num bolso.

O governo, para infortúnio dos pouquíssimos liberais portugueses, manteve o socialismo a flutuar durante 4 anos, cortando a despesa mas mantendo o sonho de regresso em pleno da estrutura que permite o eventual regresso do natural carrasco dos delírios esquerdistas em Portugal, o Partido Socialista. Não é por acaso que se usa o termo “reposição” para salários e pensões. É assim que tem que ser: o ónus das privatizações, desregulações, modernizações, cortes e liberalizações é, invariavelmente, do Partido Socialista, por uma questão de sobrevivência, sobrevivência esta que nunca estará em causa, nem que isso acarrete uma bancarrota espectacular. Recordemos que “o PS dá”, os outros tiram.

Como sempre na esquerda – que anda sempre à espera da utópica união – a proliferação de tretismos delirantes mais ou menos syrizicos que se multiplica em manifestos, movimentos, novos partidos e um prodigioso tempo de antena, implode em si mesma quando os DDT chegarem ao poder. A única barreira entre Costa e o poder é a sua incapacidade mais que notória para perceber o que quer que seja enquanto afagado no seu ego de mero testa-de-ferro. Até Soares, que está há muito debilitado para tudo que não seja a subsistência do seu PS, percebeu isso, colocando-se, como habitualmente, do lado dos seus mais ferozes inimigos.

O documento dos socialistas é um bom documento para o fado português. E não é preciso tretas sobre “fazer o futuro com conhecimento dos comportamentos conhecidos”: Costa precisa tanto de burros a aconselhá-lo como nós precisamos do Costa.

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