Carta aberta à família da pessoa Tolstoi

20-09-2014
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Carta aberta à família da pessoa Tolstoi

Senhora Doutora Inês Pedrosa,

Foi com extremo gosto que deslindei o novelo épico que compõe a V. prosa através da resposta objectiva e linearmente esclarecedora de Maria João Nogueira, deveras surpreendente pelo afã rigoroso perante o V. texto original, uma verdadeira ode ao surrealismo inerente ao heroísmo das criaturas que padecem de limitações cognitivas semelhantes às de V. Excelência.

Neste contexto, e usando, se me é permitido, da lisura imensurável do terreno cultural que V. Excelência possui, venho, desta singela forma, urgir para que V. Excelência se dedique, efectivamente e sem demoras, à hercúlea provação que será a escrita de um “Guerra e Paz” português, em prol do bem comum da urbanidade lusitana, e obra que, como Deus sabe, só V. Excelência poderá almejar acometer através das V. extraordinárias capacidades e refinadas pulcritudes de edificação literária. Se V. me permite a mera sugestão cerimoniosa, e tratando o original de Tolstoi de invasões napoleónicas à querida mãe Rússia, poderia, eventualmente, V. Excelência, se assim o entender, e se pretender regalar este vulgar súbdito, baptizar o magno florilégio como “Em ti vejo o rio Volga”, ou ainda, num plano mais epistemológico, “Fica comigo esta noite, alucinação” ou “Fazes-me falta, juízo”.

Com o mais abnegado servilismo, me subscrevo,

Atentamente,

VC

Carta aberta à família da pessoa Tolstoi

Senhora Doutora Inês Pedrosa,

Foi com extremo gosto que deslindei o novelo épico que compõe a V. prosa através da resposta objectiva e linearmente esclarecedora de Maria João Nogueira, deveras surpreendente pelo afã rigoroso perante o V. texto original, uma verdadeira ode ao surrealismo inerente ao heroísmo das criaturas que padecem de limitações cognitivas semelhantes às de V. Excelência.

Neste contexto, e usando, se me é permitido, da lisura imensurável do terreno cultural que V. Excelência possui, venho, desta singela forma, urgir para que V. Excelência se dedique, efectivamente e sem demoras, à hercúlea provação que será a escrita de um “Guerra e Paz” português, em prol do bem comum da urbanidade lusitana, e obra que, como Deus sabe, só V. Excelência poderá almejar acometer através das V. extraordinárias capacidades e refinadas pulcritudes de edificação literária. Se V. me permite a mera sugestão cerimoniosa, e tratando o original de Tolstoi de invasões napoleónicas à querida mãe Rússia, poderia, eventualmente, V. Excelência, se assim o entender, e se pretender regalar este vulgar súbdito, baptizar o magno florilégio como “Em ti vejo o rio Volga”, ou ainda, num plano mais epistemológico, “Fica comigo esta noite, alucinação” ou “Fazes-me falta, juízo”.

Com o mais abnegado servilismo, me subscrevo,

Atentamente,

VC

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