Fássistas de todo o mundo, a desunião faz a força

05-09-2014
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Fássistas de todo o mundo, a desunião faz a força

Sendo eu o mais recente membro da Ilustre Casa Blasfema, sinto o prazer de assinalar esta quase celebração cigana com o mega-aniversário d’O Insurgente e Blasfémias, frutos do laborioso esforço invernal do mês de Fevereiro, época de cultivo de cebolas, couve galega, tronchuda e repolho, assim como de alfaces, agriões, coentros e beterrabas. Como há muitos anos dizia Miguel Esteves Cardoso enquanto candidato do PPM, “Portugal é uma horta” (cito de memória). Numa época em que se bradam as virtudes das redes sociais (ou denunciam, nos casos mais homotecnofóbicos) em detrimento dos blogues, é nos últimos que se fixam as memórias de ideias e discussões que transcendem o aqui-e-agora perene.

Primeira palavra, em perfeito espírito blasfemo, para os aniversariantes do dia, n’O Insurgente: ide próraisquevosparta. É que os gajxs (cedência altamente ofensiva ao politicamente correcto) são bons. Irritantes, provocantes, acutilantes, incisivos, enérgicos, vigorosos e expressivamente robustos, com tenacidade e ritmo impressionantes.

Segunda palavra para esta própria casa, que completa algures entre o dia de hoje e amanhã, naquele dia inexistente em 3/4 dos anos, o seu décimo aniversário. Tal como com O Insurgente, fui leitor assíduo do Blasfémias muito antes de imaginar que me convidariam para blasfemar com eles (perdão, elxs, em mais uma cedência inaceitável ao politicamente correcto). Ao contrário do que fiz com O Insurgente, recuso-me a assinalar qualidades nos blasfemos, que não parecendo, são pessoas emotivas que facilmente vertem uma lágrima sempre que não são apodados de malucos.

O que vos posso dizer, em plena solenização aniversariante, é que quando se juntam pessoas destes dois grupos, não há risco para o comum transeunte na sua vidinha estatizada. Não, ao invés da dominação mundial e do controlo pulmonar centralizado de cada inspiração, são pessoas que discutem temas tão politicamente incorrectos como futebol, a superior qualidade da carne do Barroso e os méritos e deméritos do tinto do ano anterior.

Podia pedir a todos para continuarem por muitos e bons anos mas, conhecendo as peças, é muito mais provável que tal aconteça enquanto houver vontade governamental para regular o chouriço e a alheira.

Fássistas de todo o mundo, a desunião faz a força

Sendo eu o mais recente membro da Ilustre Casa Blasfema, sinto o prazer de assinalar esta quase celebração cigana com o mega-aniversário d’O Insurgente e Blasfémias, frutos do laborioso esforço invernal do mês de Fevereiro, época de cultivo de cebolas, couve galega, tronchuda e repolho, assim como de alfaces, agriões, coentros e beterrabas. Como há muitos anos dizia Miguel Esteves Cardoso enquanto candidato do PPM, “Portugal é uma horta” (cito de memória). Numa época em que se bradam as virtudes das redes sociais (ou denunciam, nos casos mais homotecnofóbicos) em detrimento dos blogues, é nos últimos que se fixam as memórias de ideias e discussões que transcendem o aqui-e-agora perene.

Primeira palavra, em perfeito espírito blasfemo, para os aniversariantes do dia, n’O Insurgente: ide próraisquevosparta. É que os gajxs (cedência altamente ofensiva ao politicamente correcto) são bons. Irritantes, provocantes, acutilantes, incisivos, enérgicos, vigorosos e expressivamente robustos, com tenacidade e ritmo impressionantes.

Segunda palavra para esta própria casa, que completa algures entre o dia de hoje e amanhã, naquele dia inexistente em 3/4 dos anos, o seu décimo aniversário. Tal como com O Insurgente, fui leitor assíduo do Blasfémias muito antes de imaginar que me convidariam para blasfemar com eles (perdão, elxs, em mais uma cedência inaceitável ao politicamente correcto). Ao contrário do que fiz com O Insurgente, recuso-me a assinalar qualidades nos blasfemos, que não parecendo, são pessoas emotivas que facilmente vertem uma lágrima sempre que não são apodados de malucos.

O que vos posso dizer, em plena solenização aniversariante, é que quando se juntam pessoas destes dois grupos, não há risco para o comum transeunte na sua vidinha estatizada. Não, ao invés da dominação mundial e do controlo pulmonar centralizado de cada inspiração, são pessoas que discutem temas tão politicamente incorrectos como futebol, a superior qualidade da carne do Barroso e os méritos e deméritos do tinto do ano anterior.

Podia pedir a todos para continuarem por muitos e bons anos mas, conhecendo as peças, é muito mais provável que tal aconteça enquanto houver vontade governamental para regular o chouriço e a alheira.

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