Para que serve o referendo grego?

28-06-2015
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Para que serve o referendo grego?

Para que é que serve o referendo grego?

Bem, a pergunta será qualquer coisa como: “Concorda com a última proposta das instituições?”

Não se percebe ao certo quais seriam as consequências do sim ou do não.

Em caso de vitoria do “sim”, o governo grego já eu a entender que aplicará a proposta da troika, mas isso não é plausível e se calha nem sequer é possível. A última proposta da troika foi retirada. Há alguma possibilidade de o processo negocial recomeçar, mas já não será a mesma proposta nem sob as mesmas condições e possivelmente já não será com este governo grego.

Em caso de vitória do “não” o governo grego diz que quer continuar a negociar, mas é improvável que a União Europeia o queira fazer nos mesmos moldes e com o mesmo governo grego que interrompeu uma negociação no último dia para convocar um referendo.

Portanto, o referendo é apenas uma forma de o Syriza fugir às suas responsabilidades e de continuar a fazer o jogo inconsequente da luta contra a austeridade sem nunca ter de concretizar uma política alternativa. Se as coisas corressem bem ao Syriza para a semana estariam com o mesmo discurso a negociar com a UE, a culpar à vez a Alemanha, o FMI ou o BCE, e assim ficariam enquanto pudessem.

Para que serve o referendo grego?

Para que é que serve o referendo grego?

Bem, a pergunta será qualquer coisa como: “Concorda com a última proposta das instituições?”

Não se percebe ao certo quais seriam as consequências do sim ou do não.

Em caso de vitoria do “sim”, o governo grego já eu a entender que aplicará a proposta da troika, mas isso não é plausível e se calha nem sequer é possível. A última proposta da troika foi retirada. Há alguma possibilidade de o processo negocial recomeçar, mas já não será a mesma proposta nem sob as mesmas condições e possivelmente já não será com este governo grego.

Em caso de vitória do “não” o governo grego diz que quer continuar a negociar, mas é improvável que a União Europeia o queira fazer nos mesmos moldes e com o mesmo governo grego que interrompeu uma negociação no último dia para convocar um referendo.

Portanto, o referendo é apenas uma forma de o Syriza fugir às suas responsabilidades e de continuar a fazer o jogo inconsequente da luta contra a austeridade sem nunca ter de concretizar uma política alternativa. Se as coisas corressem bem ao Syriza para a semana estariam com o mesmo discurso a negociar com a UE, a culpar à vez a Alemanha, o FMI ou o BCE, e assim ficariam enquanto pudessem.

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