Para que serve o referendo grego?
Para que é que serve o referendo grego?
Bem, a pergunta será qualquer coisa como: “Concorda com a última proposta das instituições?”
Não se percebe ao certo quais seriam as consequências do sim ou do não.
Em caso de vitoria do “sim”, o governo grego já eu a entender que aplicará a proposta da troika, mas isso não é plausível e se calha nem sequer é possível. A última proposta da troika foi retirada. Há alguma possibilidade de o processo negocial recomeçar, mas já não será a mesma proposta nem sob as mesmas condições e possivelmente já não será com este governo grego.
Em caso de vitória do “não” o governo grego diz que quer continuar a negociar, mas é improvável que a União Europeia o queira fazer nos mesmos moldes e com o mesmo governo grego que interrompeu uma negociação no último dia para convocar um referendo.
Portanto, o referendo é apenas uma forma de o Syriza fugir às suas responsabilidades e de continuar a fazer o jogo inconsequente da luta contra a austeridade sem nunca ter de concretizar uma política alternativa. Se as coisas corressem bem ao Syriza para a semana estariam com o mesmo discurso a negociar com a UE, a culpar à vez a Alemanha, o FMI ou o BCE, e assim ficariam enquanto pudessem.
Para que serve o referendo grego?
Para que é que serve o referendo grego?
Bem, a pergunta será qualquer coisa como: “Concorda com a última proposta das instituições?”
Não se percebe ao certo quais seriam as consequências do sim ou do não.
Em caso de vitoria do “sim”, o governo grego já eu a entender que aplicará a proposta da troika, mas isso não é plausível e se calha nem sequer é possível. A última proposta da troika foi retirada. Há alguma possibilidade de o processo negocial recomeçar, mas já não será a mesma proposta nem sob as mesmas condições e possivelmente já não será com este governo grego.
Em caso de vitória do “não” o governo grego diz que quer continuar a negociar, mas é improvável que a União Europeia o queira fazer nos mesmos moldes e com o mesmo governo grego que interrompeu uma negociação no último dia para convocar um referendo.
Portanto, o referendo é apenas uma forma de o Syriza fugir às suas responsabilidades e de continuar a fazer o jogo inconsequente da luta contra a austeridade sem nunca ter de concretizar uma política alternativa. Se as coisas corressem bem ao Syriza para a semana estariam com o mesmo discurso a negociar com a UE, a culpar à vez a Alemanha, o FMI ou o BCE, e assim ficariam enquanto pudessem.