A castração do bom senso

02-11-2014
marcar artigo

A castração do bom senso

Diretor de turma não quer que os alunos falem português nas aulas e a ministra da Família luxemburguesa apoia a decisão. Portugueses temem desvalorização da língua materna. O caso de um director de turma que proibiu os alunos de falar português nas aulas, uma decisão aplaudida pela ministra da Família do Luxemburgo, está a preocupar a comunidade portuguesa no país, que considera a medida “castradora”.

Para o presidente da Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL), a proibição pode levar também a um sentimento de desvalorização da língua materna, contrariando as políticas do Governo luxemburguês, que vem defendendo a importância do português para o sucesso escolar dos imigrantes.

“Eu compreendo que na escola os alunos se exprimam na língua em que estão a ser ensinados, mas proibir genericamente o português nas aulas é uma forma de castração”, disse à Lusa José Coimbra de Matos, sublinhando que “se as crianças partirem do princípio que a língua delas é proibida no sistema escolar, vão sentir-se inferiorizadas em relação aos outros”.

Em Portugal fala-se português nas aulas e não é suposto que nas aulas de geografia, matemática ou história os alunos falem uns com os outros em crioulo, russo, chinês ou ucraniano. A Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo está a prestar um péssimo serviço ao alimentar fantasmagorias de exclusão em vez de promover a inclusão. E de facto nas aulas os alunos devem falar a língua em que o ensino é ministrado. O resto não passa de conversa fiada para escamotear um dado incontornável: os alunos portugueses no Luxemburgo dominam mal o francês e sobretudo o alemão. O que em parte explicará o seu fraco desempenho escolar.

A castração do bom senso

Diretor de turma não quer que os alunos falem português nas aulas e a ministra da Família luxemburguesa apoia a decisão. Portugueses temem desvalorização da língua materna. O caso de um director de turma que proibiu os alunos de falar português nas aulas, uma decisão aplaudida pela ministra da Família do Luxemburgo, está a preocupar a comunidade portuguesa no país, que considera a medida “castradora”.

Para o presidente da Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL), a proibição pode levar também a um sentimento de desvalorização da língua materna, contrariando as políticas do Governo luxemburguês, que vem defendendo a importância do português para o sucesso escolar dos imigrantes.

“Eu compreendo que na escola os alunos se exprimam na língua em que estão a ser ensinados, mas proibir genericamente o português nas aulas é uma forma de castração”, disse à Lusa José Coimbra de Matos, sublinhando que “se as crianças partirem do princípio que a língua delas é proibida no sistema escolar, vão sentir-se inferiorizadas em relação aos outros”.

Em Portugal fala-se português nas aulas e não é suposto que nas aulas de geografia, matemática ou história os alunos falem uns com os outros em crioulo, russo, chinês ou ucraniano. A Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo está a prestar um péssimo serviço ao alimentar fantasmagorias de exclusão em vez de promover a inclusão. E de facto nas aulas os alunos devem falar a língua em que o ensino é ministrado. O resto não passa de conversa fiada para escamotear um dado incontornável: os alunos portugueses no Luxemburgo dominam mal o francês e sobretudo o alemão. O que em parte explicará o seu fraco desempenho escolar.

marcar artigo