as sotainas de costa

30-11-2014
marcar artigo

as sotainas de costa

O socialismo português nutriu desde sempre um fascínio mórbido pelo clericalismo e pelo catolicismo ditos de «esquerda». Só para nos situarmos nas proximidades do 25 de Abril para cá, tivemos que aturar os «católicos progressistas», os entusiastas da «teoria da libertação» do sinistro Boff, a «Juventude Universitária Católica Feminina», o Bispo do Porto, o «Grall», de Lurdes Pintasilgo e Teresa Santa Clara Gomes (um nome que era, em si mesmo, uma devoção), a «democracia-cristã» do Professor Freitas, um homem cheio de amor aos pobrezinhos e fadado, desde tenra idade, para ser ministro socialista socrático, a beatitude quase sacerdotal de António Guterres, a Opus Dei com «consciência social» de Maria do Rosário Carneiro, e o recentíssimo fascínio de personagens manifestamente anticlericais pelo Papa Francisco, como é o caso de Mário Soares, como se ali estivesse o anjo vingador de todas as por eles consideradas infâmias da Igreja Católica a que agora preside.

Para não ficar ao lado de tão honorável tradição, António Costa tem já o seu sacerdote de serviço, de seu nome António da Nóvoa. Nóvoa é candidato a candidato presidencial pelos socialistas, em nome de uma «nova política», advento das boas-venturanças que certamente revelarão também o «homem novo» cheio de consciência social e soldado da cruzada contra o «capitalismo selvagem», apóstolo de um «forte Estado Social» pleno de amor e devoção ao próximo. Foi isto mesmo que ontem transmitiu aos congressistas do PS, com a sua voz pautada e vagarosa de claustro de seminário e homilia de província. Que Deus os inspire em tão árdua tarefa!

as sotainas de costa

O socialismo português nutriu desde sempre um fascínio mórbido pelo clericalismo e pelo catolicismo ditos de «esquerda». Só para nos situarmos nas proximidades do 25 de Abril para cá, tivemos que aturar os «católicos progressistas», os entusiastas da «teoria da libertação» do sinistro Boff, a «Juventude Universitária Católica Feminina», o Bispo do Porto, o «Grall», de Lurdes Pintasilgo e Teresa Santa Clara Gomes (um nome que era, em si mesmo, uma devoção), a «democracia-cristã» do Professor Freitas, um homem cheio de amor aos pobrezinhos e fadado, desde tenra idade, para ser ministro socialista socrático, a beatitude quase sacerdotal de António Guterres, a Opus Dei com «consciência social» de Maria do Rosário Carneiro, e o recentíssimo fascínio de personagens manifestamente anticlericais pelo Papa Francisco, como é o caso de Mário Soares, como se ali estivesse o anjo vingador de todas as por eles consideradas infâmias da Igreja Católica a que agora preside.

Para não ficar ao lado de tão honorável tradição, António Costa tem já o seu sacerdote de serviço, de seu nome António da Nóvoa. Nóvoa é candidato a candidato presidencial pelos socialistas, em nome de uma «nova política», advento das boas-venturanças que certamente revelarão também o «homem novo» cheio de consciência social e soldado da cruzada contra o «capitalismo selvagem», apóstolo de um «forte Estado Social» pleno de amor e devoção ao próximo. Foi isto mesmo que ontem transmitiu aos congressistas do PS, com a sua voz pautada e vagarosa de claustro de seminário e homilia de província. Que Deus os inspire em tão árdua tarefa!

marcar artigo