O eventual regresso do CDS ao poder

09-07-2011
marcar artigo

A não obtenção, pelo PS, da maioria absoluta nas próximas legislativas, mais a exigência que se fará para a constituição de um governo com forte apoio parlamentar, empurrarão os socialistas para a teia das coligações. Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, todos, PSD, PCP, BE e CDS se apresentarão como viáveis para constituir governo. O tempo que apaga a memória e a viragem à esquerda, mais o regresso ao passado em matéria económica, serão demasiado tentadores para o PCP e o Bloco de Esquerda. Será difícil resistir a uma oportunidade única. PSD e CDS são partidos com os olhos fitos no poder e candidatos naturais para uma solução governamental.

No entanto, enquanto o PSD não estará muito interessado em repetir o Bloco Central (que Cavaco Silva, agora em Belém, desfez em 1985), já o CDS terá em 2009 uma oportunidade de ouro para mostrar a sua utilidade: A de um pequeno partido que viabiliza governos e impede os socialistas de caírem nas garras da esquerda menos moderada. Junte-se a isto, a salvação de Portas que há semanas atrás, se dizia politicamente morto. Uma coligação com o PS será a sua tábua de salvação, fazendo dele o dirigente centrista que conduziu o CDS, num curto espaço de tempo, a dois governos, depois de mais de 20 anos afastado do poder. E poderá colocar um problema à facção democrata-cristã que tem criticado a sua estratégia, numa atitude que parece esquecer para que serve um partido político.

Seria engraçado que Sócrates recuperasse parte dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes.

A não obtenção, pelo PS, da maioria absoluta nas próximas legislativas, mais a exigência que se fará para a constituição de um governo com forte apoio parlamentar, empurrarão os socialistas para a teia das coligações. Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, todos, PSD, PCP, BE e CDS se apresentarão como viáveis para constituir governo. O tempo que apaga a memória e a viragem à esquerda, mais o regresso ao passado em matéria económica, serão demasiado tentadores para o PCP e o Bloco de Esquerda. Será difícil resistir a uma oportunidade única. PSD e CDS são partidos com os olhos fitos no poder e candidatos naturais para uma solução governamental.

No entanto, enquanto o PSD não estará muito interessado em repetir o Bloco Central (que Cavaco Silva, agora em Belém, desfez em 1985), já o CDS terá em 2009 uma oportunidade de ouro para mostrar a sua utilidade: A de um pequeno partido que viabiliza governos e impede os socialistas de caírem nas garras da esquerda menos moderada. Junte-se a isto, a salvação de Portas que há semanas atrás, se dizia politicamente morto. Uma coligação com o PS será a sua tábua de salvação, fazendo dele o dirigente centrista que conduziu o CDS, num curto espaço de tempo, a dois governos, depois de mais de 20 anos afastado do poder. E poderá colocar um problema à facção democrata-cristã que tem criticado a sua estratégia, numa atitude que parece esquecer para que serve um partido político.

Seria engraçado que Sócrates recuperasse parte dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes.

marcar artigo